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Sem extravagâncias, Metallica faz um dos melhores shows

Atraso de 30 minutos não foi o suficiente para desanimar a platéia no primeiro dia de rock pesado do Rock in Rio

James Hetfield, Robert Trujillo e Kirk Hammett, da banda americana Metallica, durante apresentação no festival Rock in Rio, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

James Hetfield, Robert Trujillo e Kirk Hammett, da banda americana Metallica, durante apresentação no festival Rock in Rio, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 09h16.

Rio - Não houve fogos nem figurinos extravagantes. Só o baterista Lars Ulrich de pé diante de sua bateria, como se estivesse ali para anunciar a hora da vingança. Sentou-se então ao mesmo tempo em que explodiu a baqueta em sua caixa para iniciar uma entrada instrumental que deve ter chegado em Copacabana. James Hetfield tomou o centro do palco E tornou-se, a partir dali, o centro de uma celebração que o mundo do metal faz com honras de estado. O Metallica atrasou mais de 30 minutos para entrar ao palco do Rock in Rio como se quisesse entrar erguido pelos gritos do público. Eles não vieram, mas o grupo flutuou assim mesmo.

Antes de tudo, as caixas de som começaram a tocar mais alto que o normal a música Long Way to the Top, do AC/DC. Uma semiabertura que o grupo tem usado para seus shows. Cenas de Três Homens e um Conflito, de Sergio Leone, são exibidas ao som uma música de Enio Morricone, o que a banda tem usado na abertura de seu shows.

Já havia sido o melhor show da edição do festival de 2011, eleito por várias publicações. Agora, o Metallica volta conhecendo seu território, tem o público mais uma vez nas mãos. Mostra que quer tudo lá em cima logo no começo do show, com Hit the Lights, leva a plateia junto com Master of Puppets e, mais uma vez, pede para "fazerem isso juntos com ele" antes de iniciar Holier than Thou. É um jogo ganho desde o começo.

Hetfield diz que se sente em família, bate as mãos no peito, mira o mar de cabeças com ar de incredulidade, apesar da expressão sempre sisuda, e deixa a plateia cantar o quanto quer. "Espero que vocês estejam se sentindo tão bem quanto eu estou me sentindo. Estamos vivendo nosso sonho aqui", repete.

Kirk Hammet exibe sua guitarra com adesivos da banda White Zombie e faz um solo monumental para Harvester of Sorrow. "Está bom para vocês? Estamos tocando alto o bastante?", pergunta. A banda vem à frente do palco para ver a plateia cantar sozinha até que eles voltem a seus postos para iniciarem Wherever I May Roam. Mais uma vez, um dos indicados a melhor show do Rock in Rio.

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