São Marcos foi um craque do não gol
Ídolo dos palestrinos e admirado pelos adversários, goleiro deixará uma lacuna no futebol brasileiro
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 09h41.
São Paulo - Titular absoluto do gol do Palmeiras desde março de 1999, o recém-aposentado Marcos é um caso raro no futebol brasileiro, lotado de rivalidades. É ídolo dos palestrinos e admirado pelos adversários, sem exceção clubística. Sempre falou o que o torcedor (sentado no sofá de casa ou berrando na arquibancada) queria ouvir.
São Marcos defendia com a mesma habilidade com que dava entrevistas. Quando as coisas desandavam, Marcos não poupava uma declaração “queimando” um companheiro de equipe. Os puxões de orelha no time transformaram um homem caipira em um cara boa praça. Mas as defesas o transformaram em mito. É santo, mas é de carne osso. E, em breve, deverá ganhar um busto de bronze no Parque Antarctica.
Para deixar claro meu ponto: Marcos está para Senna assim como Rogério Ceni está para Prost. Sempre que um é citado, o outro é lembrado. Porém, o palmeirense é simpático e provoca risos. Rogério causa arrepios. Goleiros como Rogério aparecem em todas as gerações. Manga, Leão, Ronaldo… Sua corriola o idolatra, mas segue odiado por todos.
O torcedor – com exceção do são paulino, é claro – não quer saber de goleiro-artilheiro. Marcos, por exemplo, é o coautor do maior não gol da história do futebol moderno. Marcelinho Carioca deu a Marcos a primazia de colocar o Palmeiras na final da Libertadores, em 2000. Daqui a 100 anos ainda haverá nostálgicos declamando a narração de José Silvério na rádio Jovem Pan. Na época, Marcelinho havia sido eleito, pela revista Placar, o jogador mais odiado do Brasil. Marcos fez justiça com as próprias mãos. O mais querido mostrou que o bem também vence. Marcos venceu Marcelinho e Rogério, os mais vencedores de Corinthians e São Paulo. O carioca caiu no campo. Já Ceni perdeu fora dele.
Depois disso Marcos foi santificado. Ganhou Copa do Mundo como titular. Fez jogos sensacionais. Furou a bola, perdeu de 7 e continuou amado. Foi dono da camisa 1 da Seleção na época em que disputava a segundona com o Palmeiras. Negou o poderoso Arsenal para ficar no time que aprendeu a gostar. Ganhou e é adorado por todos (exceto pelo líder da bancada corintiana na mídia, Neto ).
O Palmeiras perde muito sem Marcos. Perde em espaço na mídia, perde em referência, perde em carisma, simpatia e também o elo com o último período vencedor do clube. Unanimidade nacional, como São Marcos do Palestra, nunca mais.
São Paulo - Titular absoluto do gol do Palmeiras desde março de 1999, o recém-aposentado Marcos é um caso raro no futebol brasileiro, lotado de rivalidades. É ídolo dos palestrinos e admirado pelos adversários, sem exceção clubística. Sempre falou o que o torcedor (sentado no sofá de casa ou berrando na arquibancada) queria ouvir.
São Marcos defendia com a mesma habilidade com que dava entrevistas. Quando as coisas desandavam, Marcos não poupava uma declaração “queimando” um companheiro de equipe. Os puxões de orelha no time transformaram um homem caipira em um cara boa praça. Mas as defesas o transformaram em mito. É santo, mas é de carne osso. E, em breve, deverá ganhar um busto de bronze no Parque Antarctica.
Para deixar claro meu ponto: Marcos está para Senna assim como Rogério Ceni está para Prost. Sempre que um é citado, o outro é lembrado. Porém, o palmeirense é simpático e provoca risos. Rogério causa arrepios. Goleiros como Rogério aparecem em todas as gerações. Manga, Leão, Ronaldo… Sua corriola o idolatra, mas segue odiado por todos.
O torcedor – com exceção do são paulino, é claro – não quer saber de goleiro-artilheiro. Marcos, por exemplo, é o coautor do maior não gol da história do futebol moderno. Marcelinho Carioca deu a Marcos a primazia de colocar o Palmeiras na final da Libertadores, em 2000. Daqui a 100 anos ainda haverá nostálgicos declamando a narração de José Silvério na rádio Jovem Pan. Na época, Marcelinho havia sido eleito, pela revista Placar, o jogador mais odiado do Brasil. Marcos fez justiça com as próprias mãos. O mais querido mostrou que o bem também vence. Marcos venceu Marcelinho e Rogério, os mais vencedores de Corinthians e São Paulo. O carioca caiu no campo. Já Ceni perdeu fora dele.
Depois disso Marcos foi santificado. Ganhou Copa do Mundo como titular. Fez jogos sensacionais. Furou a bola, perdeu de 7 e continuou amado. Foi dono da camisa 1 da Seleção na época em que disputava a segundona com o Palmeiras. Negou o poderoso Arsenal para ficar no time que aprendeu a gostar. Ganhou e é adorado por todos (exceto pelo líder da bancada corintiana na mídia, Neto ).
O Palmeiras perde muito sem Marcos. Perde em espaço na mídia, perde em referência, perde em carisma, simpatia e também o elo com o último período vencedor do clube. Unanimidade nacional, como São Marcos do Palestra, nunca mais.