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Salas de degustação de vinho exclusivas surgem nos Estados Unidos

Em Napa e Sonoma, o ambiente de um longo bar pontilhado por garrafas abertas e baldes de plástico para cuspir, que ninguém usa, ficou para trás

Sala de degustação da Quintessa: três pavilhões de madeira e vidro de 23 metros quadrados para degustações privativas (Quintessa/Divulgação)

Sala de degustação da Quintessa: três pavilhões de madeira e vidro de 23 metros quadrados para degustações privativas (Quintessa/Divulgação)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 3 de setembro de 2018 às 15h17.

Última atualização em 4 de setembro de 2018 às 12h11.

Na última década, as vinícolas começaram a repensar toda a experiência de degustação e a investir em ambientes sofisticados, com preços condizentes.

Se você imagina que as salas de degustação em Napa ou Sonoma consistem em um longo bar pontilhado por garrafas abertas e baldes de plástico para cuspir, que ninguém usa, você está desatualizado. Novas salas de degustação estão abrindo duas vezes mais que novas vinícolas, uma tendência que nem sempre é bem recebida pelos moradores locais, que reclamam do trânsito.

Um point entre os millennials, Scribe é uma pitoresca fazenda vinícola em Sonoma, inaugurada em 2007, que ajudou a mudar o paradigma. Pouco depois, outras vinícolas pequenas e remotas começaram a optar por bares de vinho que parecem salas de estar em lugares mais urbanos, longe dos vinhedos: Outland, no centro de Napa, é uma colaboração entre três pequenas produtoras - Farella, Poe e Forlorn Hope. A poucos quarteirões fica a sala de degustação da Blackbird, chamada RiverHouse por Bespoke Collection, e também há por perto locais encantadores de nomes como Acumen, Brown Estate, e Mark Herold.

Por quê? Vender diretamente aos consumidores é essencial para as vinícolas de pequeno e médio porte, porque elimina os intermediários do atacado e do varejo que embolsam parcelas substanciais dos lucros. E este se tornou um modo de consolidar o relacionamento com os clientes, de convencê-los a participar de clubes de vinho e continuar comprando suas marcas.

A seguir, três vinícolas com salas de degustação novas e muito diferentes. Para a maioria delas, é necessário fazer reserva.

Silver Oak Alexander Valley

A Silver Oak Alexander Valley, famosa produtora de cabernets luxuosos e colecionáveis de Napa (LeBron James e Oprah são fãs), abriu uma vinícola sustentável e uma sala de degustação em seu vinhedo Alexander Valley em Sonoma.

Um passeio inclui dar uma olhada no biorreator de membrana de US$ 1 milhão que filtra 100 por cento da água (17.790 litros por dia) da adega e ver uma tela que mostra quanta água foi usada naquele dia. As degustações apresentam a mais recente safra de cabernets de Napa e de Sonoma da Silver Oak.

Custo: de US$ 30 a US$ 300

Quintessa

Cada vez mais vinícolas apostam alto no design, e isso vale também para as salas de degustação. A produtora de cabernet Quintessa, uma propriedade de 113 hectares em Rutherford, criou três pavilhões de madeira e vidro de 23 metros quadrados para degustações privativas, com vistas privilegiadas para os vinhedos na colina de Dragon’s Hill.

Custo: US$ 75 a US$ 125

Prisoner Wine Company

Lounge da Prisoner Wine Company

Lounge da Prisoner Wine Company (Prisoner Wine Company)

Em outubro, a cultuada etiqueta Prisoner Wine Company abrirá sua primeira sala de degustação, projetada como um destino de um dia em Napa e chamada "Makery". Comprada pela Constellation Brands em 2016 por US$ 285 milhões, a marca oferecerá degustações de vinhos, sim, mas também oferecerá aos hóspedes a oportunidade de conversar em estúdios individuais com artesãos locais residentes, de fabricantes de sabão a ceramistas, e tomar aulas com eles. O local também incluirá um centro de culinária. Haverá música ao vivo, seminários sobre vinhos de corte, um forno a lenha ao ar livre e muito mais.

Custo: ainda não decidido.

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