Rita Lee é detida em show em Sergipe
Em sua turnê de despedida, cantora foi acusada de desacato e de apologia ao crime, depois de dizer a policiais que reprimiam uso de drogas para "fumar um baseadinho"
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 17h59.
A despedida da rainha do rock brasileiro dos palcos foi tão pungente quanto a sua longeva carreira musical. Ao final da apresentação, Rita Lee foi detida pela Polícia Militar de Aracaju, Sergipe, na madrugada deste domingo, no palco da praia de Atalaia Nova, montado para o ‘Verão Sergipe’, evento com grandes nomes da MPB organizado com apoio do governo local.
Inconformada com a presença de policiais militares, que revistavam os espectadores do show para reprimir o uso de drogas, Rita ironizou os soldados e pediu para eles se acalmarem e “fumarem um baseadinho”. Como os policias não se retiraram do local, a roqueira, de 67 anos, passou a agredi-los verbalmente.
Após os primeiros xingamentos – “cachorros e cavalos”, a cantora passou a usar termos mais pesados. Os palavrões pareceram surtir efeito, pois os homens cessaram a revista no público após a sexta música. Os policiais, no entanto, cercaram Rita ao final do show e a convidaram a comparecer à delegacia, sob acusação de fazer apologia de crime. Revoltada, a cantora se recusou a acompanhar os oficiais e também não quis falar com os jornalistas, que a esperavam para uma entrevista coletiva.
O governador do Sergipe, Marcelo Déda (PT), reclamou da postura da cantora com a imprensa. Presente ao show, Déda disse estar indignado com o anti-profissionalismo de Rita Lee, e falou que, apesar do direito à liberdade de expressão, ela não poderia ter xingado os policiais. O político exaltou o “bom trabalho da PM” e a importância da presença dos soldados em um evento para 20 mil pessoas
Déda acusou Rita de fazer uma jogada de marketing, já que sabia da presença dos policiais e, inclusive, teria exigido a presença deles para fazer a sua escolta pessoal do hotel até o local do show. Os mesmos policiais que a escoltaram acabaram levando a cantora à delegacia, onde ela prestou depoimento ao delegado Leoginis Corrêa por quase toda a madrugada. Corrêa afirmou que, em seu depoimento, Rita Lee alegou ter agido “por emoção” em seu show de despedida. Liberada, a roqueira vai responder por desacato a autoridade e apologia ao crime.
Após sair da DP, Rita usou sua página pessoal no Twitter para desabafar e dar a sua versão dos fatos. No microblog ela escreveu: “Polícia dando trabalho para mim, quer me prender, embasamento legal não há, não retiro uma palavra do que disse, o show era meu!” e, em seguida, criticou novamente os agentes de segurança: “Alô ‘twittlawyers’, polícia abusiva e abusada, não sou obrigada a fazer o que me pedem: ir à delegacia agora, ou amanhā às 9”, desafiou. Em seu último comentário sobre o episódio, até o inicio da tarde deste domingo, Rita agradeceu à vereadora Heloísa Helena. “Solta graças à vereadora Heloísa Helena que estava na plateia e prestou idêntica versão”, finalizou.
A despedida da rainha do rock brasileiro dos palcos foi tão pungente quanto a sua longeva carreira musical. Ao final da apresentação, Rita Lee foi detida pela Polícia Militar de Aracaju, Sergipe, na madrugada deste domingo, no palco da praia de Atalaia Nova, montado para o ‘Verão Sergipe’, evento com grandes nomes da MPB organizado com apoio do governo local.
Inconformada com a presença de policiais militares, que revistavam os espectadores do show para reprimir o uso de drogas, Rita ironizou os soldados e pediu para eles se acalmarem e “fumarem um baseadinho”. Como os policias não se retiraram do local, a roqueira, de 67 anos, passou a agredi-los verbalmente.
Após os primeiros xingamentos – “cachorros e cavalos”, a cantora passou a usar termos mais pesados. Os palavrões pareceram surtir efeito, pois os homens cessaram a revista no público após a sexta música. Os policiais, no entanto, cercaram Rita ao final do show e a convidaram a comparecer à delegacia, sob acusação de fazer apologia de crime. Revoltada, a cantora se recusou a acompanhar os oficiais e também não quis falar com os jornalistas, que a esperavam para uma entrevista coletiva.
O governador do Sergipe, Marcelo Déda (PT), reclamou da postura da cantora com a imprensa. Presente ao show, Déda disse estar indignado com o anti-profissionalismo de Rita Lee, e falou que, apesar do direito à liberdade de expressão, ela não poderia ter xingado os policiais. O político exaltou o “bom trabalho da PM” e a importância da presença dos soldados em um evento para 20 mil pessoas
Déda acusou Rita de fazer uma jogada de marketing, já que sabia da presença dos policiais e, inclusive, teria exigido a presença deles para fazer a sua escolta pessoal do hotel até o local do show. Os mesmos policiais que a escoltaram acabaram levando a cantora à delegacia, onde ela prestou depoimento ao delegado Leoginis Corrêa por quase toda a madrugada. Corrêa afirmou que, em seu depoimento, Rita Lee alegou ter agido “por emoção” em seu show de despedida. Liberada, a roqueira vai responder por desacato a autoridade e apologia ao crime.
Após sair da DP, Rita usou sua página pessoal no Twitter para desabafar e dar a sua versão dos fatos. No microblog ela escreveu: “Polícia dando trabalho para mim, quer me prender, embasamento legal não há, não retiro uma palavra do que disse, o show era meu!” e, em seguida, criticou novamente os agentes de segurança: “Alô ‘twittlawyers’, polícia abusiva e abusada, não sou obrigada a fazer o que me pedem: ir à delegacia agora, ou amanhā às 9”, desafiou. Em seu último comentário sobre o episódio, até o inicio da tarde deste domingo, Rita agradeceu à vereadora Heloísa Helena. “Solta graças à vereadora Heloísa Helena que estava na plateia e prestou idêntica versão”, finalizou.