Ricky Martin leva plateia ao delírio em São Paulo
Além de se mostrar um neoativista, o cantor também protagonizou um tipo de ecumenismo sexual no show do Credicard Hall
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2011 às 11h01.
São Paulo - Ele canta de verdade, o que não é pouca coisa - Britney e Madonna, por exemplo, usam recursos de autoajuda eletrônica. Ele dança com estilo e originalidade - o que não é mixaria: Lady Gaga, Christina Aguilera, Nelly Furtado e Ke$ha, por exemplo, copiam Madonna.
No início do show, às 22h10 de sexta-feira, todo o palco do Credicard Hall - lotado até a tampa - está coberto com um telão gigante. Quando tudo começa, surge no telão a imagem de Ricky Martin amarrado com correntes, amordaçado, pendurado como mártir, uma espécie de São Sebastião de show de mágico. Então as correntes se quebram e começa a turnê "Música + Alma + Sexo" (nome também do mais recente CD do porto-riquenho), abrindo a turnê brasileira (as apresentações terminam amanhã, em Porto Alegre, no Gigantinho, às 21h).
Ao surgir numa das sacadas (um andaime de ferro com 9 "sacadas", onde os bailarinos dançavam), apresentando o número de abertura "Too Late Now", Ricky não decepcionou, foi contundente em seu manifesto - extensão da letra da música. "Não tenha medo, São Paulo. Não tenha medo de ser feliz. Sejam homens, mulheres, gays, não tenham medo, sejam felizes", discursou, sempre em português correto, para delírio da plateia.
Além de se mostrar um neoativista, Ricky Martin também protagonizou um tipo de ecumenismo sexual no Credicard Hall. Sua estratégia de sedução é abrangente e infalível. As meninas choravam e se esgoelavam quando ele rebolava, e os gays (havia centenas na plateia) também deliravam. Ricky entregou tudo que seu show prometia - o erotismo calculado e pansexual de suas coreografias, levadas a cabo por 8 bailarinos excepcionais, perpassa todo o espetáculo. As seguidoras de fãs-clubes, que o acompanham desde o Menudo e hoje estão quarentonas, estavam lá - muitas choravam copiosamente.
No show, com 18 músicas, comparecem o pop, a música eletrônica, a salsa, as baladas. A abordagem cênica de tudo isso começa com um clima de All That Jazz, passa por Porto Rico, vai a New Orleans (por sinal, o cenário principal, com as "sacadas" de ferro, sugerem um passeio pela permissiva Bourbon Street de New Orleans), vira um desfile de Hells Angels de butique. É obviamente um desses shows de viagem da Broadway, mas sua riqueza está justamente em sua competência, seu timing perfeito entre dança e música.
Aos 40 anos, 25 de carreira, a forma física e a simpatia de Ricky Martin não mostram sinais de esgotamento. Com trompete, sax, trombone, trompa, dois percussionistas, bateria, piano, muitos teclados e DJs, "Música + Alma + Sexo" mantém a mística de um showman. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Repertório
Too Late Now
Dime que me Quieres
It's Alright
Vuelve
Livin' La Vida Loca
She Bangs
Shake Your Bon Bon
Loaded
María
Frio
I'm/I Don't Care
Más
Lola Lola
La Bomba
Pegate
Cup of Life
Best Thing About Me is You
María (Remix)
São Paulo - Ele canta de verdade, o que não é pouca coisa - Britney e Madonna, por exemplo, usam recursos de autoajuda eletrônica. Ele dança com estilo e originalidade - o que não é mixaria: Lady Gaga, Christina Aguilera, Nelly Furtado e Ke$ha, por exemplo, copiam Madonna.
No início do show, às 22h10 de sexta-feira, todo o palco do Credicard Hall - lotado até a tampa - está coberto com um telão gigante. Quando tudo começa, surge no telão a imagem de Ricky Martin amarrado com correntes, amordaçado, pendurado como mártir, uma espécie de São Sebastião de show de mágico. Então as correntes se quebram e começa a turnê "Música + Alma + Sexo" (nome também do mais recente CD do porto-riquenho), abrindo a turnê brasileira (as apresentações terminam amanhã, em Porto Alegre, no Gigantinho, às 21h).
Ao surgir numa das sacadas (um andaime de ferro com 9 "sacadas", onde os bailarinos dançavam), apresentando o número de abertura "Too Late Now", Ricky não decepcionou, foi contundente em seu manifesto - extensão da letra da música. "Não tenha medo, São Paulo. Não tenha medo de ser feliz. Sejam homens, mulheres, gays, não tenham medo, sejam felizes", discursou, sempre em português correto, para delírio da plateia.
Além de se mostrar um neoativista, Ricky Martin também protagonizou um tipo de ecumenismo sexual no Credicard Hall. Sua estratégia de sedução é abrangente e infalível. As meninas choravam e se esgoelavam quando ele rebolava, e os gays (havia centenas na plateia) também deliravam. Ricky entregou tudo que seu show prometia - o erotismo calculado e pansexual de suas coreografias, levadas a cabo por 8 bailarinos excepcionais, perpassa todo o espetáculo. As seguidoras de fãs-clubes, que o acompanham desde o Menudo e hoje estão quarentonas, estavam lá - muitas choravam copiosamente.
No show, com 18 músicas, comparecem o pop, a música eletrônica, a salsa, as baladas. A abordagem cênica de tudo isso começa com um clima de All That Jazz, passa por Porto Rico, vai a New Orleans (por sinal, o cenário principal, com as "sacadas" de ferro, sugerem um passeio pela permissiva Bourbon Street de New Orleans), vira um desfile de Hells Angels de butique. É obviamente um desses shows de viagem da Broadway, mas sua riqueza está justamente em sua competência, seu timing perfeito entre dança e música.
Aos 40 anos, 25 de carreira, a forma física e a simpatia de Ricky Martin não mostram sinais de esgotamento. Com trompete, sax, trombone, trompa, dois percussionistas, bateria, piano, muitos teclados e DJs, "Música + Alma + Sexo" mantém a mística de um showman. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Repertório
Too Late Now
Dime que me Quieres
It's Alright
Vuelve
Livin' La Vida Loca
She Bangs
Shake Your Bon Bon
Loaded
María
Frio
I'm/I Don't Care
Más
Lola Lola
La Bomba
Pegate
Cup of Life
Best Thing About Me is You
María (Remix)