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Rei do Blues, B.B. King é tema de mostra no MIS

“B.B. King: Um mundo melhor em algum lugar” pega emprestado parte do nome do disco de 1981 para tratar de temas de segregação e inclusão, proporcionando uma experiência sensorial

B.B. King: "Rei do Blues" é homenageado em mostra no MIS (Astrid Stawiarz/Getty Images)
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 12 de julho de 2023 às 15h03.

Última atualização em 12 de julho de 2023 às 15h09.

Após homenagear Rita Lee e Tina Turner , o Museu da Imagem e do Som (MIS) fará uma retrospectiva ao Rei do Blues, B.B. King , com a mostra “B.B. King: Um mundo melhor em algum lugar”.

O título da exposição pega emprestado parte do nome do disco de 1981 para tratar de temas de segregação e inclusão, proporcionando uma experiência sensorial.

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Primeira exposição inteiramente dedicada ao artista no Brasil, o projeto traz itens históricos da vida de B.B. King. Entre os destaques, estão imagens do acervo do B.B. King Museum, de diversas fases da carreira do artista, desde o jovem Riley Ben King, aos 23 anos, com o violão Gibson L48, de Michael Ocs, até seu retrato exibindo o prêmio de Melhor Álbum de Blues Tradicional na 42ª Cerimônia do Grammy, em 2000.

Além disso, a mostra ainda conta com as credenciais de todas as turnês realizadas por B.B. King no Brasil, nos últimos 30 anos, em diversos espaços e configurações, um pin exclusivo temático distribuído por B.B. para fãs ao final dos shows, o primeiro troféu Grammy recebido pelo cantor em 1971 e a icônica guitarra Gibson Lucille, assinada por King em seu show em São Paulo em 1993.

A trajetória de vida e superação de B.B. King é metáfora para tratar do tema maior da exposição: os preconceitos vivenciados por todos até os dias de hoje em nossa sociedade. Paralelamente à trajetória do artista, a mostra ilustra outros movimentos de luta contra a segregação ao redor do mundo, trazendo uma narrativa que se dá pela intersecção entre a vida do músico, o panorama de lutas pelo mundo e o projeto cenográfico, que narra a mudança do tempo rumo a um futuro mais plural e colorido.

Experiência sensorial

Para a criação conceitual do projeto, foi feita uma linha do tempo e do espaço que percorre a história do artista e dos desdobramentos social e cultural da segregação, fluxo inspirado no curso do rio Mississipi – onde está localizada, às margens, a cidade de Memphis, conhecida como a capital do blues.

No começo da exposição, o público se depara com uma geometria preta e branca que divide e separa, representando a segregação. Pouco a pouco, essa configuração se transforma em uma paleta multicolorida da diversidade de cores e conteúdos, criando uma praça que celebra a diversidade e convida ao diálogo, sem esquecer do que ainda precisa ser superado.

Rei do Blues

B.B. King é o nome artístico de Riley Ben King, nascido em 16 de setembro de 1925, em Berclair, no Mississipi (EUA), e morto em 15 de maio de 2015, aos 89 anos.

Sua infância nas plantações de algodão, o surgimento do blues e sua consagração como uma lenda do gênero estão dentro do contexto da segregação, uma separação causada pelos interesses políticos e econômicos da elite branca racista dos EUA, e legalizada até os anos 1960.

O cantor era conhecido como Rei do Blues e considerado o maior guitarrista do gênero de sua geração. Em quase 60 anos de carreira, B.B. King gravou mais de 50 discos. Entre seus hits, estão “Three O’Clock Blues”, “The Thrill Is Gone”, “Please Love Me” e muitas outras canções que marcaram gerações. O Rei influenciou grandes astros da música, como Jimi Hendrix e Carlos Santana.

Um artista que desde cedo sentiu as duras condições da segregação americana e alcançou o sucesso promovendo a cultura negra, tendo recebido grande reconhecimento em vida. Ele foi premiado com a medalha presidencial, o prêmio Kennedy e 15 Grammys. Em 2008, foi criado o B.B. King Museum no Mississippi, com um grande acervo sobre a vida do artista.

Serviço:
Museu da Imagem e do Som – MIS
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo| (11) 2117 4777 |http://www.mis-sp.org.br
Data: 26 de julho a 08 de outubro
Horários: terças a sextas, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 20h; domingos e feriados, das 10h às 18h
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) | Entrada gratuita às terças (retirada na bilheteria física do MIS)

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