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Registros sugerem que Jane Austen inventou os próprios casamentos

Jane, cujas heroínas lutam por não ter que encontrar estabilidade financeira e status social no casamento, permaneceu sozinha ao longo de sua vida

Jane Austen: documentos foram encontrados no cartório de Steventon, no sudeste da Inglaterra, onde ela passou sua juventude (Public Domain/Wikimedia Commons)

Jane Austen: documentos foram encontrados no cartório de Steventon, no sudeste da Inglaterra, onde ela passou sua juventude (Public Domain/Wikimedia Commons)

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AFP

Publicado em 21 de março de 2017 às 13h16.

A escritora inglesa Jane Austen, autora de romances mundialmente famosos que descrevem com lucidez e humor a sociedade inglesa do início do século XIX, criou suas próprias certidões de casamento com dois homens diferentes, revelam os arquivos de Hampshire.

Jane, cujas heroínas, sujeitas aos costumes patriarcais da época, lutam por não ter que encontrar estabilidade financeira e status social no casamento, permaneceu sozinha, sem encontrar sua alma gêmea.

Para marcar o bicentenário de sua morte, os arquivos de Hampshire anunciaram que vão expor as certidões de casamento escritas por ela própria proclamando sua união com dois homens diferentes, talvez imaginários.

Os documentos foram encontrados no cartório de registro de casamentos de Steventon, no sudeste da Inglaterra, onde passou sua juventude. Eles anunciam a união da escritora com um Henry Fitzwilliam de Londres e com Edmund Mortimer de Liverpool.

Jane tinha fácil acesso ao registro de casamentos porque seu pai era o pastor da paróquia de Steventon.

"Estes documentos únicos revelam um aspecto diferente da personalidade de Jane. Ela deveria ser adolescente quando escreveu esses certificados falsos, demonstrando um lado malicioso", comentou o assessor de cultura de Hampshire, Andrew Gibson, no site da prefeitura.

Jane Austen escreveu uma série de seis romances que se tornaram clássicos da literatura inglesa, ensinados em todas as escolas e regularmente adaptados para o cinema e televisão, incluindo "Razão e Sensibilidade" e "Orgulho e Preconceito".

Eles retratam realisticamente a vida da pequena nobreza inglesa da era georgiana.

Nascida em Steventon, passou toda a sua vida em Hampshire e morreu em julho de 1817 com 41 anos de idade.

Uma série de eventos vai marcar o aniversário de sua morte este ano no país.

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