Melhores vinícolas: premiação, que ocorreria em Sonoma, na Califórnia, será substituída por uma cerimônia online (Divulgação/Divulgação)
Guilherme Dearo
Publicado em 14 de abril de 2020 às 10h37.
Última atualização em 14 de abril de 2020 às 21h11.
Se já impediu a realização dos mais aguardados desfiles de moda do primeiro semestre e de todas as feiras de arte do período, para não falar no fechamento momentâneo de infindáveis instituições culturais e nas lamentáveis mortes e internações, o novo coronavírus não teria como não contaminar as premiações do mundo gastronômico.
A mais conhecida delas, a que elege os 50 melhores restaurantes do mundo, cancelou não só sua festa, marcada para o dia 2 de junho na Antuérpia, na Bélgica, como a própria lista atribuída a 2020. Agora só em 2021, se o mundo (toc, toc, toc) entrar nos trilhos até lá.
“Dadas as circunstâncias globais, colocaremos todos os nossos esforços em 2020 para ajudar o setor de restaurantes a lutar por seu futuro, além de ajudar no trabalho que chefs e restaurateurs criaram para se apoiar”, afirmou William Drew, diretor de conteúdo do prêmio inglês.
O ranking que elege as melhores vinícolas do mundo optou por outro caminho. A premiação de 2020, marcada para o dia 13 de julho, está mantida. Mas será online, e não com direito a uma festa em Sonoma, na Califórnia, conforme previsto originalmente.
Os organizadores esperam que a manutenção seja vista como uma mensagem de esperança para as comunidades que dependem do enoturismo e como um reconhecimento dos esforços empregados até aqui.
“Não devemos esquecer do impacto que o enoturismo tem em economias locais, fornecendo emprego para dezenas de milhares de pessoas”, declarou Andrew Reed, diretor de eventos do grupo de mídia William Reed, que organiza a premiação. “Com o anúncio do novo ranking, esperamos que os esforços das vinícolas vencedoras sejam reconhecidos e proporcionar a elas uma plataforma para ajudá-las a se reerguer quando a indústria de viagens se recuperar”.
No ano passado, a vinícola vencedora foi a Zuccardi Valle de Uco, situada na região de Mendoza, na Argentina. A Bodega Garzón, no Uruguai, ficou em segundo lugar, seguida da espanhola R. López de Heredia Viña Tondonia; da portuguesa Quinta do Crasto; e da argentina Catena Zapata.
Em sexto lugar houve empate entre as chilenas Montes e Clos Apalta. A posição seguinte coube à vinícola Rippon, da Nova Zelândia, seguida da espanhola Marqués de Riscal e da alemã Weingut Dr. Loosen. O ranking completo pode ser conferido em worldsbestvineyards.com, onde a premiação online será transmitida.