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Quem são os porta-bandeiras da Paralimpíada?

Evelyn de Oliveira e Petrúcio Ferreira representam o Brasil na abertura dos Jogos; ambos ganharam o ouro na Rio 2016

Ambos os atletas estão felizes com a oportunidade e se sentiram honrados nessa ocasião (CPB/Divulgação)

Ambos os atletas estão felizes com a oportunidade e se sentiram honrados nessa ocasião (CPB/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2021 às 19h34.

Última atualização em 24 de agosto de 2021 às 07h11.

A dupla de atletas Evelyn de Oliveira e Petrúcio Ferreira é a responsável por representar o Brasil na abertura dos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 como porta-bandeiras, segundo informações divulgadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Ambos são medalhistas olímpicos e ganharam o ouro nos jogos Rio 2016 — Petrúcio, inclusive, é o atual recordista mundial nos 100 metros do atletismo. Ao lado deles, no desfile, também participam a técnica da classe BC4 da bocha e staff da atleta Evelyn, Ana Carolina Alves, e o diretor técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Alberto Martins. A cerimônia de abertura está marcada para esta terça-feira, às 8 horas (horário de Brasília), no Estádio Nacional do Japão.

Aos 44 anos, Evelyn compete há mais de 20 anos no esporte — em que iniciou após um convite de uma professora do Sesi. Ela foi diagnosticada com uma doença congênita chamada atrofia muscular espinhal e não possui os movimentos dos membros inferiores, além de ter limitação e comprometimento de força nos movimentos dos membros superiores.

Nos Jogos, ela atua na classe BC3 e necessita de calhas (que também são chamadas de rampas ou canaletas) para realizar os lançamentos das bolas. A calha escolhida para a disputa foi comprada em 2019 e representa a realização de um sonho, já que em 2016 ela competiu com uma rampa caseira, feita pelo próprio pai, junto com um serralheiro, um marceneiro e com outros profissional que trabalhava com acrílico.

Mesmo assim, nos Jogos Rio 2016, Evelyn trouxe a medalha de ouro para o país, junto com Antonio Leme e Evani da Silva. A expectativa é subir ao pódio novamente, já que o time está bastante entrosado — e as calhas são melhores.

Petrúcio

O atleta de 24 anos também ganhou a medalha de ouro nos Jogos Rio 2016, logo em sua estreia na competição. Ele é velocista da classe T47 (para amputados de braço), antes, já tinha ganhado dois ouros nos jogos ParaPan-Americanos de Toronto. É, atualmente, considerado o atleta paralímpico mais rápido do mundo, com o recorde de 10s42 na semifinal dos 100 metros do Mundial de Atletismo.

"Na minha segunda edição de Jogos e já ter essa honra. Fica difícil descrever o tamanho da alegria, representar toda uma nação, todos os atletas, e todo o Movimento Paralímpico e para as pessoas com deficiência. Seria ainda mais legal se tivesse público [no estádio], mas é um privilégio só estar lá com a bandeira do nosso país, fico sem palavras", afirmou Petrúcio em entrevista.

A amputação no braço foi causada ainda quando era pequeno: ele subiu em uma máquina de moer capim quando tinha 2 anos e, por causa disso, perdeu parte do braço esquerdo.

Ao todo, o Brasil terá 260 atletas, sendo 164 homens e 96 mulheres, além das comissões técnicas e médicas. Essa será a maior delegação do país na história dos Jogos Paralímpicos, com 434 pessoas.

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