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Quatro dicas culturais para o fim de semana

Nova série brasileira na Netflix e exposições estão entre as dicas de EXAME VIP para o fim de semana

Guilherme Dearo

Publicado em 8 de novembro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 8 de novembro de 2019 às 14h28.

Irmandade

A série estrelada pelo Seu Jorge ombreia com os filmes Cidade de Deus (2002) e Tropa de Elite (2007), que se notabilizaram por esmiuçar as origens da violência no Rio de Janeiro sem poupar os espectadores de cenas cruentas.

“Irmandade”, porém, se passa em São Paulo e foca nas engrenagens que levam ao nascimento de facções criminosas como o PCC.

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Seu Jorge dá vida a um preso já com vinte anos de cadeia e à espera de um novo julgamento. O motivo são os crimes que cometeu na prisão, onde ascendeu a líder. “Senhor juiz, o crime funciona assim: ‘cagueta’ morre”, diz ele ao magistrado.

A atriz Naruna Costa interpreta a irmã do bandido, uma advogada obrigada por um policial a se infiltrar na facção aninhada na cadeia.

O seriado é o primeiro desenvolvido pela produtora O2 para a Netflix . Pedro Morelli, que co-dirigiu o longa “Entre nós” com o pai, Paulo Morelli, assina a direção.

Onde assistir: Netflix, já disponível

Irmandade: série da Netflix (Netflix/Divulgação)

Mais a mais ou menos, de Fernando Lemos

Nascido em Lisboa há 93 anos, Fernando Lemos ficou conhecido pela fotografias surrealistas, embora ele também tenha realizado desenhos, cartões postais e pinturas desde a década de 1940 até os dias atuais.

Com curadoria de Rosely Nakagawa, a mostra em cartaz no Sesc Bom Retiro reúne 86 obras do artista.

Ela coincide com a incorporação de mais de duas mil criações do português ao acervo do Instituto Moreira Salles, o IMS.

A relação de Lemos com o Brasil começou nos anos 50, quando, em visita ao país, se aproximou de intelectuais como Sérgio Buarque de Holanda e Antonio Candido.

Pouco antes do golpe militar de 1964 expôs pela primeira vez no Rio de Janeiro e acabou radicado por aqui.

Onde: Sesc Bom Retiro, Alameda Nothmann, 185, Bom Retiro, São Paulo, (11) 3332-3600. Até 26 de janeiro.

Mais a mais ou menos, de Fernando Lemos (Fernando Lemos/Divulgação)

Cabeça de Tempo, de Mário Cravo Júnior

A madeira que resistiu ao incêndio do Mercado Modelo de Salvador, em 1984, foi a matéria-prima usada por Mário Cravo Júnior para a série de esculturas chamadas de “Cabeças”.

São 35 peças desenvolvidas ao longo de quatro décadas. Elas fazem referência ao culto de orixás e permitem vislumbrar olhos, bocas e narizes.

Morto no ano passado, o artista soteropolitano ajudou a talhar o modernismo na Bahia e ocupa papel de destaque na história da arte brasileira.

De acordo com os organizadores, as obras expostas na mostra Cabeça de Tempo resumem o interesse do artista em denunciar “o que o tempo faz em terras que não cultuam o passado”.

Onde: Galeria Lema/AD, Avenida Valdemar Ferreira, 130,  Butantã, São Paulo. Até 21 de dezembro.

Cabeça de Tempo, de Mário Cravo Júnior (Mário Cravo Júnior/Divulgação)

Nem mesmo os mortos sobreviverão, de Adrià Julià

Nascido em Barcelona, em 1974, o artista Adrià Julià ganha sua primeira individual no Brasil. Com curadoria de Fernanda Pitta, a mostra na Pinacoteca do Estado de São Paulo ocupa o pátio e duas salas contíguas no segundo andar.

O catalão se vale de instalações, filmes, fotografias e publicações para discutir a obsessão atual pela precisão da imagem, a documentação e a cópia perfeita, bem como o impacto disso nas relações humanas e com a natureza.

Onde: Pinacoteca de São Paulo, Praça da Luz 2, São Paulo. Até 16 de fevereiro.

Nem mesmo os mortos sobreviverão, de Adrià Julià (Adrià Julià/Divulgação)

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