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Projeto de moda Naked Lady discute os direitos das mulheres

O site que discute o feminismo na sociedade brasileira e conta com um e-commerce que vende peças de mais de 30 empresas


	Naked Lady: "São marcas que não tem muita visibilidade e uma loja como a nossa pode ajudar essas pessoas", conta Karen
 (Facebook Oh K / Divulgação)

Naked Lady: "São marcas que não tem muita visibilidade e uma loja como a nossa pode ajudar essas pessoas", conta Karen (Facebook Oh K / Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 20h55.

São Paulo - Amaryllis Belladona é uma flor de origem sul africana altamente venenosa. Seu nome popular, Naked Lady (Mulher Nua, em inglês), batiza também um novo e-commerce de moda que foca nos direitos das mulheres

"Comecei a me perguntar por que uma planta tão venenosa é associada à nudez feminina e o que isso representa na nossa sociedade patriarcal", conta Karen Hofstetter, idealizadora do projeto.

O site que discute o feminismo na sociedade brasileira e conta com um e-commerce que vende peças de mais de 30 empresas selecionadas por Karen e por sua sócia, Lavínia Porto.

"São marcas que não tem muita visibilidade e uma loja como a nossa pode ajudar essas pessoas", conta Karen. "É um projeto que lida majoritariamente com mulheres empoderadas, que de alguma forma já são autônomas com seu próprio negócio."

Na loja, há produtos de arte, decoração, design e moda que, de alguma forma, colocam em pauta o papel da mulher na sociedade.

A grife de acessórios Anacapri, madrinha do projeto, lançou uma coleção com o tema "O peito do pé também é livre", enquanto a designer Loo Nascimento criou uma peça única que pode ser usada de diversas formas - como calça, macacão ou kimono - com estampas geométricas inspiradas na anatomia feminina.

O corpo da mulher também foi o ponto de partida dos vasos da Olive e dos brincos da Afrozunduri, que fez bijuterias em forma de mamilo.

A ONG Think Olga desenvolveu pôsteres temáticos e metade do valor das vendas será revertido para o site que trabalha com questões do empoderamento feminino.

Mas o projeto não é só uma loja online. O site fez quase uma enciclopédia do movimento feminista, contando sua história desde 600 A.C. até os dias atuais com a militância na internet e as principais pautas do movimento, como o fim da indústria pornográfica, a discussão de gêneros e a quebra de padrões estéticos.

"Entender o papel que temos no mundo e a maneira com que afetamos as pessoas é minha filosofia de vida", diz Karen Hofstetter.

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