Nova prefeitura de BH terá design que favorece uso da cidade
Parques, ciclovias, integração com nova linha do metrô são alguns dos pontos fortes do projeto do arquiteto Gustavo Penna, que venceu concurso nacional
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2014 às 15h08.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h06.
São Paulo – Belo Horizonte já tinha uma grande obra da arquitetura brasileira como sede do governo estadual, a Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, projetada por Oscar Niemeyer . Agora, a prefeitura também terá um prédio feito por um arquiteto renomado, o mineiro Gustavo Penna. Penna ganhou o concurso nacional para o novo Centro Administrativo de Belo Horizonte. O resultado foi divulgado na última terça-feira, 22, em sessão pública na Secretaria Municipal de Planejamento da cidade e o projeto venceu outros 79 inscritos. A obra será feita por meio de uma PPP (parceria público-privada) e é estimada em R$ 450 milhões. Após a conclusão da sede, a empresa vencedora da licitação poderá explorar serviços no complexo, como o estacionamento e o centro comercial. O modelo final da PPP ainda está sendo estudado pela prefeitura de BH. No início de junho, foi aberto o edital para as construtoras manifestarem interesse pela obra, o que deverá ser feito até o dia 9 de outubro. Ainda não há previsão para o início da construção do novo centro admnistrativo. *Atualizado pela última vez às 11h14min do dia 01/08/14
O novo centro foi escolhido por ter um design moderno que se integra à cidade. O prédio transparente de linhas horizontais será sustentado por três pilares sobre um vão de 20 metros e, com o espaço livre, será criada uma praça pública. A obra será feita onde hoje está o estacionamento do terminal rodoviário da capital mineira , terá 13 pavimentos e uma área construída de 100.000m². Por causa da sustentação por três pilares, o prédio terá formato parecido com um triângulo.
O edifício pretende incentivar o uso do transporte público e formas alternativas de locomoção. Uma passarela vai servir como ligação para uma ciclovia que sairá do térreo e percorrerá todo o edifício. Ainda está previsto que a futura estação de metrô da linha 3 de Belo Horizonte fique no subsolo do centro. Também será criada uma esplanada por cima do complexo da Lagoinha, permitindo a ligação da rodoviária com a Praça do Peixe e facilitando o trajeto de pessoas a pé, sem obstáculos como o viaduto e a linha férrea. Conta na ata final que o projeto se destaca "pelo estímulo a modos alternativos de mobilidade urbana, com o edifício sendo envolvido pela circulação em rampas para uso de pedestres e ciclistas".
A ciclovia projetada não irá apenas até o térreo, mas percorrerá todo o prédio de 13 pavimentos. O incentivo ao uso da bicicleta e do transporte público se torna maior com a pouca oferta de vagas de estacionamento: serão apenas 300, para um centro que abrigará quase 8.000 mil servidores públicos.
O vão livre na parte de baixo do edifício funcionará como uma praça pública e um espaço de circulação de pessoas, a exemplo do que acontece em São Paulo com o vão livre do MASP.
A parte interna do edifício também terá um vão central vertical no seu interior, que ajudará na ventilação e trará luminosidade natural na parte interna do prédio.
O novo centro administrativo abrigará todas as secretárias municipais e autarquias e receberá mais de 8.000 servidores. Para isso, o projeto prevê espaços internos únicos e horizontais que diminuem as distâncias entre as repartições.
À noite, as luzes vão iluminar o edifício translúcido de dentro para fora, ressaltando ainda mais os aspectos diferenciados do projeto arquitetônico.
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