Casual

Pressionado, Brasil enfrenta uma Colômbia sem complexos

A seleção brasileira precisa reencontrar seu jogo nas quartas de final, contra a Colômbia, umas das sensações da Copa


	Felipão: técnico chamou às pressas psicóloga para devolver a confiança aos jogadores
 (Vanderlei Almeida/AFP)

Felipão: técnico chamou às pressas psicóloga para devolver a confiança aos jogadores (Vanderlei Almeida/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2014 às 13h23.

Fortaleza - A seleção brasileira, que mostrou muito nervosismo na classificação dramática contra o Chile, precisa reencontrar seu jogo nas quartas de final, sexta-feira em Fortaleza, contra a Colômbia, uma das sensações da Copa apesar do desfalque do astro Falcao García.

Diante da fragilidade emocional demonstrada contra os chilenos, o técnico Luiz Felipe Scolari chamou às pressas a psicóloga Regina Brandão para devolver a confiança aos jogadores. A imagem de Thiago Silva isolado durante a disputa de pênaltis gerou muitas de críticas e os jogadores vão precisar mais do que nunca do apoio da torcida no Castelão.

Enquanto Neymar e companhia sentem a pressão de lutar pelo hexa em casa, os colombianos estão soltos nos gramados brasileiros, exibindo um futebol vistoso, sob a comando do craque James Rodríguez, artilheiro da competição com cinco gols marcados em quatro partidas.

"Agora, vamos enfrentar um adversário muito difícil, que possui grandes jogadores, mas acho que eles também devem estar pensando isso da gente", avisou o meia do Mônaco, que já recebeu elogios até de Diego Maradona.

Favorito x revelação

O jogo de sexta-feira será um duelo de jovens camisas 10. Neymar e James têm 22 anos. Apesar da pouca idade, eles não demonstram medo de chamar a responsabilidade e corresponderam às expectativas com ótimas atuações na primeira fase.

Vítima de pancadas logo no início do duelo com os chilenos, o brasileiro não brilhou como nas partidas anteriores, mas teve a frieza de converter a última cobrança na disputa de pênaltis que classificou a seleção.

Já o colombiano deu um verdadeiro show e foi o maestro do jogo "cafetero", baseado no toque refinado, com os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre o Uruguai, o primeiro deles uma verdadeira pintura.

As duas equipes geraram bastante expectativa antes do torneio. Apontado como grande favorito por ser o anfitrião e por ter impressionado a todos na Copa das Confederações, o Brasil de Felipão deixou a desejar, mostrando bastante nervosismo e menos pegada do que no ano passado, quando atropelava os adversários com muita agressividade.

Com a Colômbia, aconteceu exatamente o contrário. A equipe comandada pelo argentino José Pekerman era muito badalada por conta da ótima campanha nas eliminatórias muitos apostavam em uma boa campanha.


A lesão de Falcao, que rompeu os ligamentos do joelho em janeiro, chegou a abalar este otimismo, mas os outros jogadores deram conta do recado e James Rodríguez desempenhou com naturalidade o papel de estrela da companhia no lugar do atacante, seu colega de Mônaco.

Neymar abre mão do show

Enquanto isso, aos trancos e barrancos, a seleção brasileira deixou o futebol-arte com os colombianos e, apesar das críticas, permanece viva na luta pelo hexa.

"Eu não quero dar show, dar espetáculo, quero ganhar. Não importa se não vamos dar chapéu ou drible e fazer todo mundo rir ou se vamos ter que dar carrinho. A gente quer sair vencedor. E eu não quero jogar nada neste jogo, só quero que o Brasil ganhe de 1 a 0. Pra mim isso já está maravilhoso", avisou Neymar.

O atacante do Barcelona, que chegou a preocupar por aparecer mancando na saída do ônibus que levou os jogadores de volta à Granja Comary, no domingo, treinou normalmente nos últimos dias e deve entrar em campo sem problemas.

A verdadeira dor de cabeça de Felipão é o meio de campo. Suspenso por ter recebido o segundo cartão amarelo contra os chilenos, Luiz Gustavo, um dos melhores da equipe nesta Copa, deve ser substituído por Fernandinho na posição de primeiro volante, com Paulinho voltando à equipe titular.

A dupla terá a difícil missão de conter a magia de James Rodríguez e de acelerar a saída de bola para que Neymar possa brilhar e levar o Brasil às semifinais. Já a Thiago Silva e David Luiz não terá vida fácil com os perigosos atacantes Jackson Martínez e Teófilo Gutiérrez.

Um dado pode devolver o otimismo aos brasileiros: no comando da Argentina em 2006, Pekerman foi eliminado nas quartas de final pela seleção anfitriã, a Alemanha. A classificação alemã, porém, não foi nada fácil. As duas equipes empataram em 1 a 1 e a vaga só foi decidida nos pênaltis, o mesmo roteiro vivido pelo Brasil diante do Chile nas oitavas.

Prováveis escalações:

Brasil: Julio César - Daniel Alves, Thiago Silva (C), David Luiz, Marcelo - Fernandinho, Paulinho - Neymar, Oscar, Hulk - Fred. T: Luiz Felipe Scolari.

Colombia: David Ospina - Juan Camilo Zúñiga, Cristián Zapata, Mario Yepes (C), Pablo Armero - James Rodríguez, Abel Aguilar, Carlos Sánchez, Juan Cuadrado - Teófilo Gutiérrez, Jackson Martínez. T: José Pekerman.

Árbitro: Carlos Velasco (ESP)

*Atualizada às 13h23 do dia 03/07/2014

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaCopa do MundoEsportesFutebolSeleção Brasileira de Futebol

Mais de Casual

O dia em que joguei tênis na casa do Ronaldo Fenômeno

Torra fresca: novidades para quem gosta de café

Leilão de relógios de luxo tem Rolex com lance a partir de R$ 50

O carro mais desejado do Brasil até R$ 150 mil, segundo ranking EXAME Casual