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Portela quer acabar com jejum de títulos

A agremiação azul e branco, que desfilará na noite do dia 19 de fevereiro, na Marquês de Sapucaí, apresentará o enredo inspirado na Bahia

Centrado na 'baianidade', o samba deste ano fala do Senhor de Bonfim, de Yemanyá, dos orixás, das batucadas e da capoeira (Creative Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2012 às 19h56.

Rio de Janeiro - A escola de samba Portela, uma das mais tradicionais do carnaval carioca, espera pôr fim ao jejum de quase 30 anos sem títulos com um samba inovador, inspirado no sincretismo e nas festas da Bahia.

A agremiação azul e branco, que desfilará na noite do dia 19 de fevereiro, na Marquês de Sapucaí, apresentará o enredo 'E o povo na rúa cantando. É feito uma reza, um ritual...', o qual pretende mostrar a alegria e a espontaneidade do povo baiano através de suas festas populares.

Segundo o diretor artístico da Portela, o carnavalesco Paulo Menezes, 'a Bahia tem o dom de encantar porque é a terra na qual se misturam em um só o branco e o negro, o sagrado e o profano, o afro e o barroco'.

Centrado na 'baianidade', o samba deste ano fala do Senhor de Bonfim, de Yemanyá, dos orixás, das batucadas e da capoeira, verdadeiros símbolos da Bahia.

'Já que o tema está inspirado na Bahia, quis incluir o universo baiano no universo do carnaval', disse à agência Efe Paulo Menezes durante uma visita à Cidade do Samba, localizada na Gamboa, onde as escolas preparam os carros alegóricos e as fantasias do carnaval.

Menezes confirmou que visitou Salvador para mergulhar na cultura dessa região, além de que muitas das figuras preparadas para o desfile são, na verdade, replicas de obras de artistas baianos.


Fundada em 1923, no popular bairro de Madureira, a Portela não leva o título do carnaval carioca desde 1984, ano no qual se impôs com o tema 'Contos da Areia' ('Contos da areia'), que, por sinal, também era inspirado na Bahia e seus encantos.

Da mesma forma que naquela ocasião, o samba deste ano também cita a 'Clara guerreira', em referência à Clara Nunes. Um verdadeiro símbolo da Portela, a cantora morreu em abril de 1983, aos 40 anos - um ano antes do último título da escola.

Clara Nunes ficou marcada pela interpretação do verdadeiro hino 'Portela na Avenida', assinada por Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro, que desde 1981 enche de orgulho os seguidores dessa popular escola.

Segundo a imprensa, o samba que Portela cantará este ano é antológico, e os críticos consideram a letra como uma das melhores compostas na última década para o carnaval carioca.

Para Wanderley Monteiro, um dos quatro compositores do samba enredo, o êxito do samba Portela - que reúne multidões na quadra escola, situada na rúa Clara Nunes -, é relacionado com sua estrutura musical, que se sai foge um pouco dos tradicionais enredos de carnaval.

A composição em questão tem três refrãos e 37 versos, mais que os que costuma ter um samba tradicional, o que faz com que seu ritmo seja mais ágil e seja apreciada pelos foliões. Mesmo faltando duas semanas para o começo das festas, a Portela já aparece como uma das favoritas ao título que não é conquistado há 26 anos.

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Rio de Janeiro - A escola de samba Portela, uma das mais tradicionais do carnaval carioca, espera pôr fim ao jejum de quase 30 anos sem títulos com um samba inovador, inspirado no sincretismo e nas festas da Bahia.

A agremiação azul e branco, que desfilará na noite do dia 19 de fevereiro, na Marquês de Sapucaí, apresentará o enredo 'E o povo na rúa cantando. É feito uma reza, um ritual...', o qual pretende mostrar a alegria e a espontaneidade do povo baiano através de suas festas populares.

Segundo o diretor artístico da Portela, o carnavalesco Paulo Menezes, 'a Bahia tem o dom de encantar porque é a terra na qual se misturam em um só o branco e o negro, o sagrado e o profano, o afro e o barroco'.

Centrado na 'baianidade', o samba deste ano fala do Senhor de Bonfim, de Yemanyá, dos orixás, das batucadas e da capoeira, verdadeiros símbolos da Bahia.

'Já que o tema está inspirado na Bahia, quis incluir o universo baiano no universo do carnaval', disse à agência Efe Paulo Menezes durante uma visita à Cidade do Samba, localizada na Gamboa, onde as escolas preparam os carros alegóricos e as fantasias do carnaval.

Menezes confirmou que visitou Salvador para mergulhar na cultura dessa região, além de que muitas das figuras preparadas para o desfile são, na verdade, replicas de obras de artistas baianos.


Fundada em 1923, no popular bairro de Madureira, a Portela não leva o título do carnaval carioca desde 1984, ano no qual se impôs com o tema 'Contos da Areia' ('Contos da areia'), que, por sinal, também era inspirado na Bahia e seus encantos.

Da mesma forma que naquela ocasião, o samba deste ano também cita a 'Clara guerreira', em referência à Clara Nunes. Um verdadeiro símbolo da Portela, a cantora morreu em abril de 1983, aos 40 anos - um ano antes do último título da escola.

Clara Nunes ficou marcada pela interpretação do verdadeiro hino 'Portela na Avenida', assinada por Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro, que desde 1981 enche de orgulho os seguidores dessa popular escola.

Segundo a imprensa, o samba que Portela cantará este ano é antológico, e os críticos consideram a letra como uma das melhores compostas na última década para o carnaval carioca.

Para Wanderley Monteiro, um dos quatro compositores do samba enredo, o êxito do samba Portela - que reúne multidões na quadra escola, situada na rúa Clara Nunes -, é relacionado com sua estrutura musical, que se sai foge um pouco dos tradicionais enredos de carnaval.

A composição em questão tem três refrãos e 37 versos, mais que os que costuma ter um samba tradicional, o que faz com que seu ritmo seja mais ágil e seja apreciada pelos foliões. Mesmo faltando duas semanas para o começo das festas, a Portela já aparece como uma das favoritas ao título que não é conquistado há 26 anos.

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