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Por Rio/2016, Scheidt confirma volta à classe Laser

Robert Scheidt e Bruno Prada tiveram que retornar as suas classes de origem porque a Star foi removida do programa olímpico e não será disputada no Rio

Bruno Prada e Robert Scheidt: apesar da resistência em voltar à Laser, Scheidt acumula grandes feitos na classe (Wander Roberto / Divulgação)

Bruno Prada e Robert Scheidt: apesar da resistência em voltar à Laser, Scheidt acumula grandes feitos na classe (Wander Roberto / Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 22h49.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2019 às 09h17.

São Paulo - O velejador Robert Scheidt confirmou nesta quarta-feira que vai retornar à classe Laser, após faturar o bronze em Londres/2012 e a prata em Pequim/2008 na Star, para poder estender sua carreira esportiva até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Bruno Prada, seu parceiro na Star, vai competir na Finn.

"O momento é feliz por comemorarmos mais uma medalha, a segunda da nossa dupla. Fizemos uma preparação próxima da perfeição. O ciclo foi vitorioso, incluindo dois títulos mundiais, e vitórias em quase todos os outros eventos disputados. Agora correr em outra classe é saudável, já que você não para e continua com táticas de regatas", afirmou Scheidt, que soma cinco medalhas olímpicas no currículo.

Scheidt e Prada tiveram que retornar as suas classes de origem porque a Star foi removida do programa olímpico e não será disputada no Rio. "Será uma readaptação dura e exige dedicação. Foi assim com a Star e, em três anos, conseguimos formar a dupla e levar a prata na China, em 2008", comentou Prada, emocionado.

Os velejadores, contudo, não descartam a possibilidade de seguir na Star desde que a Federação Internacional de Vela (ISAF, na sigla em inglês) volte atrás e mantenha a classe no programa olímpico em 2016. A decisão deverá ser anunciada em, no máximo, um ano.


"A Star aceita diversos biótipos, é extremamente técnica e tem os principais velejadores do mundo. Seria ideal o retorno da categoria no Rio de Janeiro, que terá vento fraco. Esse período de indefinição pode durar mais de um ano e a gente não pode ficar parado. Por isso vou retomar a Laser", afirmou Scheidt.

"Queremos ficar na Star, que está na nossa veia. Tomara que a ISAF recoloque a categoria na Rio/2016", reforçou Prada, que já prevê sacrifícios para poder voltar à classe Finn. "É uma decisão provisória da Finn, que pode se tornar definitiva. A readaptação será até o final do ano. Tenho que perder 10 quilos. Vou cortar as delícias como refrigerante, rodízio, lasanha e chocolate, além de pedalar três horas por dia", disse.

Apesar da resistência em voltar à Laser, Scheidt acumula grandes feitos na classe. Ele foi oito vezes campeão mundial e acumulou três medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, além de um tricampeonato pan-americano. A escolha pela Star aconteceu em 2004, após os Jogos de Atenas. Nela, Scheidt e Prada foram tricampeões mundiais e conquistaram duas medalhas olímpicas.

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