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Por mais diversidade no Oscar, Academia anuncia 819 novos membros

Dos 819 convidados 36% não são brancos, 45% são mulheres e sete são brasileiros

Zendaya: convite para entidade que organiza o Oscar (Axelle/Bauer-Griffin/FilmMagic/Getty Images)

Zendaya: convite para entidade que organiza o Oscar (Axelle/Bauer-Griffin/FilmMagic/Getty Images)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 1 de julho de 2020 às 18h21.

Última atualização em 1 de julho de 2020 às 22h11.

A atriz Zendaya, de Euphoria, o diretor Matthew Cherry, do curta-metragem Hair Love e o ator Choi Woo-Shik, de Parasita, são alguns dos nomes que receberam convites para integrar as fileiras da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar. Dos 819 convidados o trio faz parte dos 36% que não são brancos. Do total, 45% são mulheres e 49% são estrangeiros, mais precisamente de 68 países que não os Estados Unidos.

É mais uma medida da entidade em prol da diversidade que visa equilibrar a lista de vencedores das cobiçadas estatuetas. Nas edições de 2015 e 2016 nenhum ator ou atriz negro figurou entre os 20 indicados nas quatro categorias de atuação, o que motivou a hashtag #OscarsSoWhite. Com atores latinos não foi diferente.

"Nós nos orgulhamos muito do que temos feito desde 2016 para expandir nossas metas de inclusão, mas reconhecemos que a estrada é longa", afirmou Dawn Hudson, diretora executiva da instituição. "Nós sempre abraçamos talentos extraordinários que refletem a riqueza variedade da comunidade do cinema global, e agora mais do que nunca", emendou David Rubin, que preside a entidade.

No ano passado, a Academia era formada por 8.946 associados, 8.733 dos quais aptos a votar no Oscar. Com os novos membros a lista passou a ter mais de 10 mil membros, com mais de 9.600 autorizados a participar das votações. A entidade é dividida em 17 áreas e cada uma delas é responsável pelas indicações que lhe diz respeito, com uma exceção ou outra. Atores indicam atores, diretores indicam diretores e por aí vai.

Entre os convidados há sete brasileiros. A editora Cristina Amaral (Um filme de verão), os diretores Julia Bacha (Budrus) e Vincent Carelli (Martírio), e os produtores Mariana Oliva e Tiago Pavan, de Democracia em vertigem, foram chamados para participar da categoria de documentário. O diretor Otto Guerra, de A cidade dos piratas, foi incluído no setor de animação. A categoria de Marketing e Relações Públicas agora conta com Marcos Waltenberg, da Netflix.

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