Polícia interroga Strauss-Khan por novo escândalo
Ex-diretor do FMi teria participado de orgias em Paris e Washington pagas por dois empresários
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2012 às 08h02.
França - A polícia da França deteve o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn para questioná-lo nesta terça-feira sobre acusações de que ele teria participação em orgias em Paris e Washington pagas por dois empresários. O ex-ministro do Partido Socialista, de 62 anos, apontado até o ano passado como favorito para suceder o presidente Nicolas Sarkozy, é interrogado como suspeito no caso, segundo promotores.
Strauss-Khan apresentou-se voluntariamente a uma delegacia em Lille, no norte do país, pouco antes das 9h (hora local) para ser questionado sobre seu papel no mais recente escândalo em que se envolve. Pouco antes da chegada dele, os promotores disseram que ele seria detido como suspeito em "cumplicidade com a caftinagem" e "mau uso de fundos de companhias". Segundo os promotores, Strauss-Khan pode ser alvo de um mandado de prisão com duração de 96 horas. Caso o juiz concorde, ele ficaria sob custódia aguardando um eventual julgamento, ou seria liberado após pagar fiança.
Juízes investigadores apuram se o ex-chefe do FMI sabia que mulheres que o entretinham em festas em restaurantes, hotéis e clubes de suingue em Paris, Washington e várias capitais europeias eram prostitutas pagas. Eles também querem determinar se Strauss-Kahn sabia que as acompanhantes eram pagas com fundos fraudulentos obtidos por seus anfitriões de uma companhia francesa para o qual um deles trabalhava como alto executivo.
Pagar uma prostituta não é algo ilegal na França, porém obter lucro com essa atividade ou fraudar fundos de companhias para pagar por sexo pode levar a acusações judiciais.
O ex-diretor do FMI admite que levava uma vida sexual agitada, mas nega estar implicado em qualquer caso de corrupção ou caftinagem e indicou que negará qualquer irregularidade.
Dois empresários do norte da França, Fabrice Paszkowski, do setor de equipamentos médicos e ligado ao Partido Socialista, e David Roquet, ex-diretor da subsidiária local da gigante do setor de construções BTP Eiffage, foram acusados no caso. Os dois teriam vínculos com uma rede de prostitutas belgas e francesas que tinham como um de seus locais de atuação o Hotel Carlton em Lille. No total, oito pessoas já foram acusadas no caso, incluindo três executivos do próprio hotel, um advogado e o vice-chefe da polícia local.
Em 14 de maio, a carreira de Strauss-Kahn recebeu um duro golpe após um camareira, Nafissatou Diallo, acusar o então chefe do FMI de estuprá-la em um quarto de hotel de Nova York. Ele acabou renunciando ao posto para se defender. O caso foi arquivado, quando surgiram várias dúvidas sobre a credibilidade da funcionária. Além disso, a escritora e jornalista francesa Tristane Banon, de 32 anos, acusou-o de tentar abusar dela em 2003, em outro caso que acabou arquivado. Ele sempre afirmou ser inocente. As informações são da Dow Jones.
França - A polícia da França deteve o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn para questioná-lo nesta terça-feira sobre acusações de que ele teria participação em orgias em Paris e Washington pagas por dois empresários. O ex-ministro do Partido Socialista, de 62 anos, apontado até o ano passado como favorito para suceder o presidente Nicolas Sarkozy, é interrogado como suspeito no caso, segundo promotores.
Strauss-Khan apresentou-se voluntariamente a uma delegacia em Lille, no norte do país, pouco antes das 9h (hora local) para ser questionado sobre seu papel no mais recente escândalo em que se envolve. Pouco antes da chegada dele, os promotores disseram que ele seria detido como suspeito em "cumplicidade com a caftinagem" e "mau uso de fundos de companhias". Segundo os promotores, Strauss-Khan pode ser alvo de um mandado de prisão com duração de 96 horas. Caso o juiz concorde, ele ficaria sob custódia aguardando um eventual julgamento, ou seria liberado após pagar fiança.
Juízes investigadores apuram se o ex-chefe do FMI sabia que mulheres que o entretinham em festas em restaurantes, hotéis e clubes de suingue em Paris, Washington e várias capitais europeias eram prostitutas pagas. Eles também querem determinar se Strauss-Kahn sabia que as acompanhantes eram pagas com fundos fraudulentos obtidos por seus anfitriões de uma companhia francesa para o qual um deles trabalhava como alto executivo.
Pagar uma prostituta não é algo ilegal na França, porém obter lucro com essa atividade ou fraudar fundos de companhias para pagar por sexo pode levar a acusações judiciais.
O ex-diretor do FMI admite que levava uma vida sexual agitada, mas nega estar implicado em qualquer caso de corrupção ou caftinagem e indicou que negará qualquer irregularidade.
Dois empresários do norte da França, Fabrice Paszkowski, do setor de equipamentos médicos e ligado ao Partido Socialista, e David Roquet, ex-diretor da subsidiária local da gigante do setor de construções BTP Eiffage, foram acusados no caso. Os dois teriam vínculos com uma rede de prostitutas belgas e francesas que tinham como um de seus locais de atuação o Hotel Carlton em Lille. No total, oito pessoas já foram acusadas no caso, incluindo três executivos do próprio hotel, um advogado e o vice-chefe da polícia local.
Em 14 de maio, a carreira de Strauss-Kahn recebeu um duro golpe após um camareira, Nafissatou Diallo, acusar o então chefe do FMI de estuprá-la em um quarto de hotel de Nova York. Ele acabou renunciando ao posto para se defender. O caso foi arquivado, quando surgiram várias dúvidas sobre a credibilidade da funcionária. Além disso, a escritora e jornalista francesa Tristane Banon, de 32 anos, acusou-o de tentar abusar dela em 2003, em outro caso que acabou arquivado. Ele sempre afirmou ser inocente. As informações são da Dow Jones.