Pixar apresenta a primeira princesa de sua filmografia
Essa também é a primeira vez que o estúdio de animação confia o papel principal a um personagem feminino
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2012 às 15h03.
Los Angeles - Primeiro vieram os brinquedos, depois os animais, os super-heróis e os monstros. Mas em "Valente" ("Brave", no original), pela primeira vez o estúdio Pixar mostra uma princesa, uma figura dominante no cinema de animação desde "A Bela Adormecida" da Disney.
A Pixar, que construiu sua reputação com filmes que subvertem os padrões da animação tradicional, demorou sete anos para produzir "Brave", que estreia na sexta-feira nos Estados Unidos e em 20 de julho no Brasil.
O processo foi excepcionalmente longo para um filme, que provocou algumas dores de cabeça nos executivos do estúdio. Por muito tempo eles manifestaram insatisfação com o longa.
Após cinco anos de desenvolvimento, o americano Mark Andrews retomou o controle do projeto das mãos de Brenda Chapman - uma veterana da animação que passou pela Disney e DreamWorks antes de chegar a Pixar -, com o lema "me apresentem uma boa história", como contou à AFP.
A Pixar, geralmente elogiada pela qualidade dos roteiros, enfrentou um desafio duplo com "Valente": fazer um filme sobre uma princesa (um gênero trabalhado durante décadas pela Disney, a casa matriz da Pixar) e confiar o papel principal, pela primeira vez na história do estúdio, a um personagem feminino.
Andrews garante que não é mais difícil trabalhar com uma heroína que com um herói.
"Sempre é um desafio, independente do personagem, sempre é um problema caracterizá-lo", disse.
"Que o personagem seja um homem, uma mulher, um pássaro ou um lagarto não tem importância. A questão é qual é a mensagem, como provocar empatia no público. Isto sempre é difícil", completou.
"Brave" segue as aventuras da princesa escocesa Merida, uma jovem de caráter forte que rejeita as tradições familiares, em particular o casamento acertado com um dos herdeiros da corte.
Decidida a convencer a mãe, Elinor, guardiã das tradições, a mudar de ideia, pede a ajuda de uma bruxa, que lança um feitiço sobre a rainha tão poderoso como indesejado e obriga assim Merida a revisar suas prioridades.
Andrews se sentiu cômodo com o universo escocês do filme.
"Sou descendente de escoceses e sempre fui fanático pela história da Idade Média", disse.
Antes mesmo da produção, ele usava um kilt (típica saia escocesa) nas festas da Pixar. Também é arqueiro.
Também atuou como assessor oficioso de Brenda Chapman, quando ela ainda estava no comando do filme. E quando recebeu a direção do projeto, "o estúdio sabia que conservaria a honestidade e o amor cultivados por Brenda pela época e o local", disse.
"Brave", uma espécie de viagem de iniciação, trata da relação mãe-filha, ao abordar temas como a transformação, a aceitação do outro e o preço a ser pago pela maturidade.
Para Andrews, o centro do conflito entre Merida e sua mãe é que "elas não querem ouvir uma a outra. Querem que a outra renuncie a tudo porque cada uma considera que sua maneira de ver as coisas é, evidentemente, a melhor".
O filme multiplica as proezas técnicas que caracterizam a Pixar, em particular com a fascinante animação dos cabelos ruivos da princesa e a representação das paisagens escocesas.
Com "Valente", o estúdio espera deixar para trás o revés sofrido com "Carros 2" (2011), uma produção que sofreu com a crítica e foi ignorada pelo Oscar, além de ter arrecadado 'apenas' 550 milhões de dólares em todo o mundo, ou seja, metade do arrecadado por "Toy Story 3" (2010).
Los Angeles - Primeiro vieram os brinquedos, depois os animais, os super-heróis e os monstros. Mas em "Valente" ("Brave", no original), pela primeira vez o estúdio Pixar mostra uma princesa, uma figura dominante no cinema de animação desde "A Bela Adormecida" da Disney.
A Pixar, que construiu sua reputação com filmes que subvertem os padrões da animação tradicional, demorou sete anos para produzir "Brave", que estreia na sexta-feira nos Estados Unidos e em 20 de julho no Brasil.
O processo foi excepcionalmente longo para um filme, que provocou algumas dores de cabeça nos executivos do estúdio. Por muito tempo eles manifestaram insatisfação com o longa.
Após cinco anos de desenvolvimento, o americano Mark Andrews retomou o controle do projeto das mãos de Brenda Chapman - uma veterana da animação que passou pela Disney e DreamWorks antes de chegar a Pixar -, com o lema "me apresentem uma boa história", como contou à AFP.
A Pixar, geralmente elogiada pela qualidade dos roteiros, enfrentou um desafio duplo com "Valente": fazer um filme sobre uma princesa (um gênero trabalhado durante décadas pela Disney, a casa matriz da Pixar) e confiar o papel principal, pela primeira vez na história do estúdio, a um personagem feminino.
Andrews garante que não é mais difícil trabalhar com uma heroína que com um herói.
"Sempre é um desafio, independente do personagem, sempre é um problema caracterizá-lo", disse.
"Que o personagem seja um homem, uma mulher, um pássaro ou um lagarto não tem importância. A questão é qual é a mensagem, como provocar empatia no público. Isto sempre é difícil", completou.
"Brave" segue as aventuras da princesa escocesa Merida, uma jovem de caráter forte que rejeita as tradições familiares, em particular o casamento acertado com um dos herdeiros da corte.
Decidida a convencer a mãe, Elinor, guardiã das tradições, a mudar de ideia, pede a ajuda de uma bruxa, que lança um feitiço sobre a rainha tão poderoso como indesejado e obriga assim Merida a revisar suas prioridades.
Andrews se sentiu cômodo com o universo escocês do filme.
"Sou descendente de escoceses e sempre fui fanático pela história da Idade Média", disse.
Antes mesmo da produção, ele usava um kilt (típica saia escocesa) nas festas da Pixar. Também é arqueiro.
Também atuou como assessor oficioso de Brenda Chapman, quando ela ainda estava no comando do filme. E quando recebeu a direção do projeto, "o estúdio sabia que conservaria a honestidade e o amor cultivados por Brenda pela época e o local", disse.
"Brave", uma espécie de viagem de iniciação, trata da relação mãe-filha, ao abordar temas como a transformação, a aceitação do outro e o preço a ser pago pela maturidade.
Para Andrews, o centro do conflito entre Merida e sua mãe é que "elas não querem ouvir uma a outra. Querem que a outra renuncie a tudo porque cada uma considera que sua maneira de ver as coisas é, evidentemente, a melhor".
O filme multiplica as proezas técnicas que caracterizam a Pixar, em particular com a fascinante animação dos cabelos ruivos da princesa e a representação das paisagens escocesas.
Com "Valente", o estúdio espera deixar para trás o revés sofrido com "Carros 2" (2011), uma produção que sofreu com a crítica e foi ignorada pelo Oscar, além de ter arrecadado 'apenas' 550 milhões de dólares em todo o mundo, ou seja, metade do arrecadado por "Toy Story 3" (2010).