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Pessoas ricas tendem a ser menos éticas, indica pesquisa

Pesquisa de professor do Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia (Berkeley), mostra que pessoas de classe mais alta são mais propensas a violar a lei

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 18h55.

Washington - As pessoas de classe social alta, com mais recursos econômicos e educação, tendem a comportamentos menos éticos do que as com menos recursos, disse nesta segunda-feira à Agência Efe o pesquisador Rodolfo Mendoza-Denton.

Mendoza-Denton, que tem origem mexicana e é professor do Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia (Berkeley), falou à Efe por telefone da Turquia, onde está por conta da publicação de um estudo de sua equipe na revista 'Proceedings of the National Academy of Sciences'.

'Realizamos sete estudos experimentais que nos levaram a conclusões surpreendentes, porque normalmente se pensa que as pessoas com menos recursos têm mais motivação para se comportar de maneira imoral, antiética e violar a lei', acrescentou.

A equipe, liderada por Paul Piff, efetuou dois testes em situações normais para avaliar as probabilidades de que motoristas fechassem o cruzamento de outros veículos em uma intersecção muito transitada de duas ruas, bem como de pedestres em uma esquina da mesma área de San Francisco.

O fator de referência foi a marca do veículo, a idade e aparência do motorista para apontar sua classe social.

Os autores descobriram que uma porcentagem mais alta dos motoristas de veículos caros - 'um Porsche ou uma Ferrari', disse Mendoza-Denton - se antecipava ao cruzamento de outros veículos ou dos pedestres, comparado com os motoristas de veículos de menos luxo.

Outros cinco experimentos realizados em laboratório com estudantes de licenciatura da universidade e pela internet com uma amostra de alcance nacional de adultos revelaram que os participantes que se consideravam de 'classe alta' tinham mais tendência a tomar decisões antiéticas do que os de 'classe baixa'.


Entre esses comportamentos está furtar objetos valiosos de outras pessoas, mentir em uma negociação ou para aumentar as possibilidades de ganhar um prêmio e dar aval a uma conduta incorreta no trabalho.

'As conclusões se aplicam independentemente da idade, do gênero, do grupo étnico, do credo religioso e da orientação política dos participantes', indicou o estudo.

'O importante não é apenas a conclusão de que as pessoas que estão mais acima tendem a se comportar menos eticamente, mas avaliar por que o fazem', declarou Mendoza-Denton.

'Descobrimos que as pessoas de classe baixa ou que se percebem como tal estão mais expostas a perigos, têm menos recursos e um trabalho que não é estável, o que torna suas vidas menos previsíveis', disse o pesquisador.

'Os cidadãos desse nível social trabalham mais para garantir que as relações humanas serão fortes e duradouras', acrescentou.

Por outro lado, os membros da classe alta, 'como têm mais recursos, se sentem mais seguros, têm o luxo de ser mais independentes, tendem a focar os pensamentos e as emoções em si mesmos e pensam menos nas consequências que seu comportamento tem para outros', concluiu.

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Washington - As pessoas de classe social alta, com mais recursos econômicos e educação, tendem a comportamentos menos éticos do que as com menos recursos, disse nesta segunda-feira à Agência Efe o pesquisador Rodolfo Mendoza-Denton.

Mendoza-Denton, que tem origem mexicana e é professor do Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia (Berkeley), falou à Efe por telefone da Turquia, onde está por conta da publicação de um estudo de sua equipe na revista 'Proceedings of the National Academy of Sciences'.

'Realizamos sete estudos experimentais que nos levaram a conclusões surpreendentes, porque normalmente se pensa que as pessoas com menos recursos têm mais motivação para se comportar de maneira imoral, antiética e violar a lei', acrescentou.

A equipe, liderada por Paul Piff, efetuou dois testes em situações normais para avaliar as probabilidades de que motoristas fechassem o cruzamento de outros veículos em uma intersecção muito transitada de duas ruas, bem como de pedestres em uma esquina da mesma área de San Francisco.

O fator de referência foi a marca do veículo, a idade e aparência do motorista para apontar sua classe social.

Os autores descobriram que uma porcentagem mais alta dos motoristas de veículos caros - 'um Porsche ou uma Ferrari', disse Mendoza-Denton - se antecipava ao cruzamento de outros veículos ou dos pedestres, comparado com os motoristas de veículos de menos luxo.

Outros cinco experimentos realizados em laboratório com estudantes de licenciatura da universidade e pela internet com uma amostra de alcance nacional de adultos revelaram que os participantes que se consideravam de 'classe alta' tinham mais tendência a tomar decisões antiéticas do que os de 'classe baixa'.


Entre esses comportamentos está furtar objetos valiosos de outras pessoas, mentir em uma negociação ou para aumentar as possibilidades de ganhar um prêmio e dar aval a uma conduta incorreta no trabalho.

'As conclusões se aplicam independentemente da idade, do gênero, do grupo étnico, do credo religioso e da orientação política dos participantes', indicou o estudo.

'O importante não é apenas a conclusão de que as pessoas que estão mais acima tendem a se comportar menos eticamente, mas avaliar por que o fazem', declarou Mendoza-Denton.

'Descobrimos que as pessoas de classe baixa ou que se percebem como tal estão mais expostas a perigos, têm menos recursos e um trabalho que não é estável, o que torna suas vidas menos previsíveis', disse o pesquisador.

'Os cidadãos desse nível social trabalham mais para garantir que as relações humanas serão fortes e duradouras', acrescentou.

Por outro lado, os membros da classe alta, 'como têm mais recursos, se sentem mais seguros, têm o luxo de ser mais independentes, tendem a focar os pensamentos e as emoções em si mesmos e pensam menos nas consequências que seu comportamento tem para outros', concluiu.

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