Israel: Mais de 55% da população israelense está vacinada. (Corinna Kern/Reuters)
Matheus Doliveira
Publicado em 25 de junho de 2021 às 17h20.
Bandeiras de arco-íris tremularam na brisa do Mediterrâneo enquanto festeiros tomavam as ruas de Tel Aviv nesta sexta-feira para a Parada do Orgulho LGBT anual, mas houve quem expressasse preocupação com um pico recente de casos de Covid-19.
A campanha de vacinação rápida de Israel permitiu que a marcha à beira-mar acontecesse – no ano passado ela foi cancelada por causa do temor do coronavírus. Estima-se que 100 mil pessoas compareceram.
"Ainda é surreal. É muito louco ver tantas pessoas fora, e a música, e a felicidade... ainda estou me acostumando", disse Mor Eliezri, de 26 anos, entre uma minoria de manifestantes com máscaras.
Mais de 55% da população israelense está vacinada, as novas infecções de Covid-19 despencaram e o país ameniza a maioria das restrições de saúde.
Mas um aumento recente de casos atribuído à variante Delta altamente infecciosa levou as autoridades de saúde a exigirem máscaras em ambientes fechados novamente nesta sexta-feira e a recomendar que sejam usadas em grandes eventos ao ar livre – mencionando especificamente a Parada do Orgulho Gay.
"Existe uma sensação em Israel de que tudo está feito e a Covid ficou para trás. Mas parece que não está... será que isso acaba um dia? Não tenho tanta certeza", disse Eliezri.
Enquanto a multidão agitava bandeiras azuis e brancas de Israel decoradas com corações e dançava pelas ruas, alguns disseram que as adversidades sofridas durante a pandemia os deixou menos temerosos de um novo surto.
"Podemos superar isto também", disse Maayan Sharet, de 33 anos.