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Oscar 2019 pode ser o primeiro em 30 anos sem apresentador

Embora os organizadores ainda não tenham confirmado os planos, fontes do mundo do entretenimento dizem que os produtores estão avançando com os preparativos

Oscar: o formato - o mesmo desde 1953 - precisa mudar, e eles estão tentando reduzir o tempo de duração (Carlo Allegri/Reprodução)

Oscar: o formato - o mesmo desde 1953 - precisa mudar, e eles estão tentando reduzir o tempo de duração (Carlo Allegri/Reprodução)

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AFP

Publicado em 19 de janeiro de 2019 às 17h17.

Última atualização em 21 de janeiro de 2019 às 08h45.

A noite mais importante para Hollywood, a do Oscar, está programada para acontecer no próximo mês, mas, pela primeira vez em 30 anos, pode não ter um apresentador, depois que o comediante Kevin Hart deixou a cerimônia e nenhum substituto adequado foi encontrado.

Embora os organizadores ainda não tenham confirmado os planos, fontes do mundo do entretenimento dizem que os produtores estão avançando com os preparativos para o 91º Oscar, em 24 de fevereiro, sem nenhum mestre de cerimônias.

Seria a primeira cerimônia do Oscar sem um anfitrião desde a de 1989 - amplamente considerada uma das mais embaraçosas da história da premiação, cuja abertura contou com um número infame do ator Rob Lowe com... "Branca de Neve".

Enquanto os organizadores da cerimônia lutam para superar um declínio constante na audiência, muitos dizem que o fracasso em encontrar um anfitrião é, na verdade, uma boa notícia.

"É uma bênção disfarçada", sugeriu Tim Gray, editor para a premiação na revista de entretenimento "Variety", à AFP.

"As pessoas vêm dizendo há anos que o formato - o mesmo desde 1953 - precisa mudar, e eles estão tentando reduzir o tempo de duração. Então, pessoalmente, acho que é uma ótima ideia não ter um apresentador."

Hart, que contracena com Bryan Cranston no recém-lançado "Amigos para Sempre", foi escolhido para apresentar o Oscar no começo de dezembro.

Mas a reação foi rápida - os tuítes homofóbicos que ele fez há anos vieram à tona, provocando protestos nas mídias sociais, e ele se retirou dias depois.

"Eu fiz a escolha de renunciar a apresentar o Oscar deste ano (...) porque eu não quero ser uma distração em uma noite que deve ser celebrada por tantos artistas talentosos e incríveis", tuitou.

"Eu sinceramente peço desculpas à comunidade LGBT pelas minhas palavras insensíveis no passado".

- "Trabalho ingrato" -

Então, por que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas não pode encontrar outra pessoa?

As duas cerimônias anteriores foram apresentadas pelo comediante Jimmy Kimmel. O comediante Chris Rock foi o mestre de cerimônias em 2005 e 2016, e a apresentadora de talk show Ellen DeGeneres foi a anfitriã em 2007 e 2014.

Todos, aparentemente, indicaram que não estavam interessados em apresentar o Oscar este ano.

"Eu acho que, hoje em dia, não vale a pena aceitar apresentar o Oscar, por causa do escrutínio", disse Gray. "É meio que um trabalho ingrato", acrescentou.

"Muitos apresentadores disseram que é um trabalho difícil, porque você entra naquela sala, tem 3.000 pessoas e tudo o que eles querem saber é quem ganhou em cada categoria".

A Academia recusou vários pedidos da AFP para comentar a questão de se haverá ou não apresentador e o possível formato do programa.

Mas de acordo com várias revistas especializadas, os organizadores estão considerando a possibilidade de ter várias celebridades - provavelmente atores - para introduzir alguns segmentos e os apresentadores dos prêmios.

"Os prêmios da Academia regularmente tiveram vários apresentadores nas décadas de 1970 e 1980 e a transmissão funcionou muito bem", disse Dave Karger, correspondente especial do IMDb (Internet Movie Database).

"Então, se os produtores deste ano puderem contratar grandes estrelas para fazer esquetes e apresentar os prêmios, eu não acho que o programa seria prejudicado".

Gray disse que o grande desafio será como tornar o programa divertido - tanto para os presentes quanto para as pessoas que estiverem assistindo pela televisão - mantendo uma transmissão de três horas.

"Eu acho que a situação sem apresentador vai forçá-los a pensar em algo criativo", disse. "E o fato de que a cerimônia será diferente pode manter a energia fluindo".

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