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Os melhores lugares do mundo para tomar cerveja, segundo este livro

Livro de Jeppe Jarnit-Bjergsø, uma celebridade do mundo da cerveja, mostra mais de 1.600 estabelecimentos espalhados pelo mundo

(Peter Nicholls/Reuters)

Júlia Lewgoy

Publicado em 5 de outubro de 2018 às 05h00.

Última atualização em 5 de outubro de 2018 às 10h12.

Where to Drink Beer (“Onde beber cerveja”, não publicado em português) é um novo manual que destaca os melhores lugares para o consumo da bebida, com mais de 1.600 estabelecimentos espalhados pelo mundo. O volume inclui lugares idiossincráticos como uma barraca ao lado do Central Ferry Pier, em Hong Kong, uma cervejaria anexada a uma loja de brinquedos, em Maryland, e uma lavanderia no Brooklyn, ambos nos EUA.

O que torna este livro notável, contudo, é o autor: Jeppe Jarnit-Bjergsø, uma celebridade do mundo da cerveja, conhecido pelas empolgantes cervejas Evil Twin e por ter popularizado o conceito de produção cigana, ou nômade, em todo o mundo.

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Para o primeiro guia de cervejas - um desdobramento da série de guias Phaidon que inclui Where Chefs Eat (“Onde os chefs comem”, também sem tradução ao português), que está na terceira edição e já vendeu mais de 250 mil cópias -, Bjergsø consultou 500 pares, de cervejarias de Pequim até redatores especializados do Brasil e donos de pubs de Londres.

Grosso, estilo livro didático, o volume não traz imagens atraentes de brown ales, nem de bares com dezenas de chopeiras. Está voltado aos geeks: as únicas decorações são mapas básicos e citações onde a palavra “incrível” aparece com frequência. O livro está cheio de nomes de lugares e de categorias nas quais eles se encaixam (entre elas, “jardim da cerveja”, “lugar favorito” e “gostaria de ter aberto”).

Baseado na pesquisa, Bjergsø fez uma escolha surpreendente como melhor cidade cervejeira do mundo: nem Londres, nem Munique, nem mesmo San Diego, a meca da cerveja artesanal. É Nova York.

“Se você tivesse me perguntado cinco anos atrás, eu jamais teria dito que Nova York é a melhor cidade cervejeira do mundo”, diz Bjergsø, embora, sendo justo, ele tenha grande interesse nessa resposta. O cervejeiro nascido na Dinamarca é dono do Tørst, um aclamado bar inaugurado há cinco anos no Brooklyn, e está abrindo uma grande taberna em Ridgewood, no Queens. Mas Bjergsø observa que a Lei de Produtos Artesanais de Nova York, de 2014, que reduziu as restrições aos produtores, facilitou a ascensão de Nova York.

“A principal razão pela qual Nova York estava atrasada é que era muito caro ter uma fábrica de cerveja aqui”, diz. A cerveja sempre foi um produto barato em comparação com outras bebidas alcoólicas. A lei permitiu que os cervejeiros vendessem canecas, e não apenas amostras, diretamente de suas torneiras. A cerveja também se transformou em item de luxo, passando do padrão de US$ 5 para até US$ 20 por litro.

-(EXAME/Reprodução)

“Há 10 anos, quem fabricava 2.000 barris tinha dificuldade para sobreviver. Agora, dá para ganhar muito dinheiro com essa quantidade”, diz Bjergsø. “O lucro vai de 15 por cento a 80 por cento se você vender diretamente em uma fábrica de cerveja.” Ele acrescenta que seleções Evil Twin como a Harlan’s Even More Jesus custam mais de US$ 40 a garrafa nas prateleiras das lojas. “As pessoas as compram como loucas.”

Serviço

Livro: Where to Drink Beer (“Onde beber cerveja”, não publicado em português)
Editora: Phaidon
Preço: US$ 30

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