A obra impressionista "Meules" foi pintada em 1890 (John Lamparski/Getty Images)
EFE
Publicado em 15 de maio de 2019 às 12h03.
Nova York — A obra "Meules", pintada por Claude Monet, em 1890, marcou um novo recorde do artista ao ser vendida por mais de US$ 110 milhões em um leilão realizado na casa de leilões Sotheby's, em Nova York.
A peça, considerada um dos ícones do Impressionismo, foi avaliada pelos especialistas da casa de leilões em cerca de US$ 55 milhões, um preço que foi superado poucos segundos depois de sair à venda na tarde de Arte Moderna e Impressionista da Sotheby's.
Após uma oferta que durou mais de oito minutos em que seis licitantes participaram, "Meules" alcançou um preço de martelo de US$ 97 milhões, uma quantia que chega a US$ 110,7 milhões - o dobro da estimativa - depois de adicionar impostos e comissões.
Os US$ 110 milhões são 44 vezes o preço que alcançou a última vez que a peça foi à leilão, na Christie's, realizada em Nova York, no ano de 1986, e também marca um recorde para qualquer obra da corrente impressionista.
Este exemplar é um dos poucos da série "Almiares", de Monet, que foram colocadas em leilão neste século e que ainda é propriedade privada, já que das 25 obras, um total de 17 já estão em mãos de instituições públicas, entre elas o Museu Metropolitano de Arte (Nova York), Museu de Orsay (Paris), e o Instituto de Arte (Chicago).
"Meules" foi inicialmente adquirida pela distinta e rica família Palmer de Chicago, diretamente do representante de Monet na década de 1890.
Outro protagonista do leilão foi "Femme au chien", de Pablo Picasso, cujo valor foi estimado entre US$ 25 e US$ 30 milhões, mas vendido por US$ 54,9 milhões após atingir um preço de martelo de US$ 48 milhões.
Pintado em 1962, o trabalho é um retrato de seu cachorro Kaboul e sua segunda esposa, Jacqueline Roque, com quem foi casado até sua morte, em 1973, e é o trabalho de Picasso depois de 1960 que alcançou o maior preço em um leilão.