O que Tony Blair tem a ver com o divórcio de Murdoch
Revista Vanity Fair publicou um relatório extenso sobre suposto caso que ex-esposa de Rupert Murdoch, Wendi Deng, teria tido com o ex-primeiro ministro britânico
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2014 às 19h53.
São Paulo – Os últimos anos não têm sido fáceis para o empresário Rupert Murdoch . Após ser pivô de um escândalo de escutas telefônicas do tabloide News of the World, em 2011 e 2012, o que culminou com sua saída da direção de jornais britânicos como “The Sun”, “The Times” e “The Sunday Times”, o bilionário passou por outros baques emocionais que envolveram seu casamento com Wendi Deng.
Em uma extensa reportagem, a revista Vanity Fair expôs os bastidores de um escandaloso triângulo amoroso entre Murdoch, Wendi e o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, que até o estouro do caso era um amigo próximo da família. Wendi foi a terceira esposa de Murdoch, com quem ele ficou casado por 14 anos, de 1999 a 2013, e com quem teve duas filhas (Grace, nascida em 2001, e afilhada de Blair, e Chloe, em 2003).
A amizade entre o político e o empresário foi um pouco mais longa, já que, de acordo com a publicação, de 1997 a 2007, os dois “comandavam” juntos a Grã Bretanha. Entre as evidências que deram suporte para a suspeita de traição estão bilhetes que ela costumava escrever e depoimentos de empregados do casal.
Em uma das mensagens redigidas por ela, Wendi parecia uma jovem apaixonada. “Oh droga, oh droga, por que razão eu sinto tanto a falta de Tony. Porque suas roupas são tão boas. Ele tem um corpo tão bom e ele tem pernas muito, muito boas. Olhos azuis perfurantes que eu amo. Amo seus olhos. Além disso, eu amo seu poder no palco... e o que mais e o que mais e o que mais...”, diz um dos textos escritos por ela.
Quando confrontado sobre essa profunda admiração, Tony Blair (casado desde 1980) afirmou, na época, que nunca se relacionou com Wendi além da amizade e que era um confidente do casal, que passava por uma crise. No entanto, relatos colhidos pela revista indicaram que sua presença era constante mesmo quando Murdoch não estava.
Segundo a Vanity Fair, em uma ocasião, Wendi teria dito ao marido que iria fazer um “fim de semana das meninas”, em que chamaria algumas amigas para seu rancho, em Carmel, na Califórnia, apenas como pretexto para ficar sozinha com Blair. Sua casa em Londres também teria sido palco do relacionamento clandestino. Em uma dessas vezes, funcionários ficaram desconcertados ao verem Wendi e Blair dando comida um para o outro.
E Tony Blair não foi o único a figurar como amante da ex-esposa de Murdoch. A mesma reportagem da Vanity Fair revela que um dos bilhetes escritos por ela para si mesma se refere ao presidente do conselho do Google, Eric Schmidt, como sendo um ex-amante não muito querido. “Eric fez sexo com Lisa (a executiva Lisa Shields). Lisa nunca terá meu estilo, graça... Eu alcancei meu propósito de Eric me ver tão maravilhosa e tão fantástica e tão jovem, tão legal, chique, estilosa, tão divertida e ele não pode me ter. Eu não me sinto triste nunca... sobre perder Eric... Além disso, ele está realmente feio. Pouco atraente... e gordo”.
De acordo com o Daily News, o fim do relacionamento de Murdoch com Wendi não deixará um prejuízo tão grande quanto o do divórcio anterior de Murdoch (feito em 1999), que custou nada menos que 1,7 bilhão de dólares. Apesar de toda essa repercussão, o casal Rupert Murdoch e Wendi Deng preferiu não comentar sobre o divórcio.