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O que o mundo falou sobre a final da Copa das Confederações

Brasil venceu a competição em meio às manifestações e interrompeu a série de vitórias da Espanha, uma das favoritas ao título

Neymar cercado de jogadores espanhóis no final da Copa das Confederações (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 16h27.

São Paulo – Contrariando as expectativas de muita gente, o Brasil venceu a seleção espanhola de futebol e conquistou a Copa das Confederações , que terminou no último domingo, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Além de se tornar tetra campeã na competição, a equipe de Luiz Felipe Scolari tirou a invencibilidade dos espanhóis, invictos havia 29 jogos oficiais.

A cereja do bolo foi o reconhecimento pela Fifa do bom desempenho dos jogadores brasileiros. Neymar levou o título “Bola de Ouro”, de melhor jogador da disputa, e “Chuteira de Bronze”, pela marcação de quatro gols durante os jogos. O atacante Fred levou o prêmio “Chuteira de Prata”, por seus cinco gols marcados, o goleiro Júlio César levou a “Luva de Ouro”, por ter deixado passar menos bolas, e o volante Paulinho recebeu a “Bola de Bronze”.

Esse sucesso, claro, repercutiu em várias publicações do mundo todo. A seguir, você confere o que os principais jornais do planeta (das grandes nações do futebol) destacaram sobre a vitória brasileira.

El País – Espanha

Os rivais espanhóis reconheceram a superioridade brasileira no jogo que deu a taça ao anfitrião da Copa de 2014. Em um texto sobre a final, o jornal El País não poupou palavras para mostrar isso. “Uma noite completamente fatal para o time espanhol, que levou uma surra que não esperava. Sua inferioridade era eloquente, inesperado pela forma como esta equipe tem competido”.

Outra análise publicada no periódico mostrou que seus conterrâneos foram vulneráveis, mas foi possível perceber uma ponta de crítica em relação ao futebol brasileiro. “Embora simbólico, o desafio era monumental: se o Maracanaço (termo referente à derrota brasileira para o Uruguai, na Copa de 1950, no Maracanã) pertence ao Uruguai, A Espanha esperava ganhar para merecer o status de herdeira do histórico jogo bonito do Brasil. Acontece que a verde-amarela renunciou já faz tempo ao seu passado futebolístico e hoje se apresenta como o pior dos animais competitivos para equipes virtuosas como a do técnico Del Bosque”, afirmou Ramon Besa, em seu texto.

L’Équipe – França

A p ublicação francesa L’Équipe, especializada em esportes, chamou a atenção para o fato de que o Brasil abalou a supremacia espanhola, conquistada ao longo dos últimos anos. O título não deixa mentir: “O Brasil Derrubou o Rei”. Logo em seguida, o texto mostra que a nação que receberá a próxima Copa não está para brincadeiras.

“Impulsionada por um Maracanã vulcânico e um enorme desejo de causar uma boa impressão em um ano de ‘sua’ Copa do Mundo, o Brasil varreu a Espanha na noite de domingo para vencer o seu terceiro título consecutivo da Copa das Confederações. Desde o início de sua supremacia, a Espanha nunca tinha passado uma noite tão negra na competição”, publicou o jornal.

Guardian – Inglaterra

Para o Guardian, da Inglaterra, o Brasil não só tirou a aura de invencibilidade da seleção espanhola como também fez a Copa do Mundo de 2014 parecer mais interessante. Logo no início do texto, o jornal afirma que o “regime tirânico” espanhol sobre o esporte foi ameaçado. “O império pode contra-atacar, mas pelo menos a maneira como a Espanha foi derrotada dá aos oprimidos uma esperança libertadora de que uma nova ordem poderia emergir. A Copa do Mundo do ano que vem se tornou, de repente, mais interessante”.


Clarín – Argentina

Os hermanos argentinos deixaram a rivalidade com o vizinho de lado e frisaram: “Brasil foi muito mais que Espanha”, no jornal Clarín. Segundo a publicação, o que ficou ao fim da disputa foi que o país “seguiu fazendo seu jogo diante de um rival que sofreu a partida como poucas vezes nos últimos anos”.

Sem esquecer o momento conturbado que o país tem passado, com as várias manifestações populares, o periódico assinalou que Neymar foi o grande responsável pela alegria da torcida no estádio, enquanto, do lado de fora, o clima social era mais pesado, com os protestos.

El Observador – Uruguai

O jornal El Observador, do Uruguai, foi outro que considerou a vitória brasileira como algo além do título e garantiu: “O Brasil voltou a ser rei”. Em sua análise da final da Copa das Confederações, o periódico considerou que o jogo deste domingo marcou um período “antes” e “depois”. “Brasil pôs as coisas em seu lugar. Terminou com o reinado espanhol. E mandou calar muitos jornalistas espanhóis que falaram com uma soberba, como se tivessem 12 títulos e apenas têm uma estrela no escudo”.

O jornal publicado no país que ficou em quarto lugar na competição não poupou elogios. “Brasil foi dono e senhor do torneio que organizou com milhares de problemas. Seu povo, castigado e em meio a revoltas sociais, teve um instante de felicidade”.

Corriere della Sera – Itália

De acordo com análise do Corriere della Sera, da Itália, tanto nas ruas, quanto no campo de futebol, o “gigante acordou”. Apesar de reconhecer que os espanhóis podem ter sofrido com o clima tropical brasileiro, o jornal não negou a superioridade brasileira na disputa. O Brasil, para eles, estava humilhado e ofendido com a 22ª posição no ranking da Fifa, mas não só isso. “Abençoado por uma nova geração que parece novamente beijado por talento infinito. Mas isso não teria vencido sem o velho leão Felipe Scolari. (...) Se não fosse por ele, esta vitória não viria. Ou pelo menos, não assim”.

The New York Times - Estados Unidos

Já o New York Times, dos Estados Unidos, considerou que a vitória não foi apenas do Brasil, mas também do jorgador Neymar. Diante das dúvidas que ele gerou sobre seu real talento, o jornal afirmou que, depois da competição, não há mais o que questionar. "Ninguém vai falar dele mais como superestimado. Certamente não os 73 mil fãs vestidos com as camisas amarelas onipresentes do Brasil, os fãs que saudaram a sua meta com um rugido ensurdecedor. Neymar atingiu a maioridade."

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São Paulo – Contrariando as expectativas de muita gente, o Brasil venceu a seleção espanhola de futebol e conquistou a Copa das Confederações , que terminou no último domingo, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Além de se tornar tetra campeã na competição, a equipe de Luiz Felipe Scolari tirou a invencibilidade dos espanhóis, invictos havia 29 jogos oficiais.

A cereja do bolo foi o reconhecimento pela Fifa do bom desempenho dos jogadores brasileiros. Neymar levou o título “Bola de Ouro”, de melhor jogador da disputa, e “Chuteira de Bronze”, pela marcação de quatro gols durante os jogos. O atacante Fred levou o prêmio “Chuteira de Prata”, por seus cinco gols marcados, o goleiro Júlio César levou a “Luva de Ouro”, por ter deixado passar menos bolas, e o volante Paulinho recebeu a “Bola de Bronze”.

Esse sucesso, claro, repercutiu em várias publicações do mundo todo. A seguir, você confere o que os principais jornais do planeta (das grandes nações do futebol) destacaram sobre a vitória brasileira.

El País – Espanha

Os rivais espanhóis reconheceram a superioridade brasileira no jogo que deu a taça ao anfitrião da Copa de 2014. Em um texto sobre a final, o jornal El País não poupou palavras para mostrar isso. “Uma noite completamente fatal para o time espanhol, que levou uma surra que não esperava. Sua inferioridade era eloquente, inesperado pela forma como esta equipe tem competido”.

Outra análise publicada no periódico mostrou que seus conterrâneos foram vulneráveis, mas foi possível perceber uma ponta de crítica em relação ao futebol brasileiro. “Embora simbólico, o desafio era monumental: se o Maracanaço (termo referente à derrota brasileira para o Uruguai, na Copa de 1950, no Maracanã) pertence ao Uruguai, A Espanha esperava ganhar para merecer o status de herdeira do histórico jogo bonito do Brasil. Acontece que a verde-amarela renunciou já faz tempo ao seu passado futebolístico e hoje se apresenta como o pior dos animais competitivos para equipes virtuosas como a do técnico Del Bosque”, afirmou Ramon Besa, em seu texto.

L’Équipe – França

A p ublicação francesa L’Équipe, especializada em esportes, chamou a atenção para o fato de que o Brasil abalou a supremacia espanhola, conquistada ao longo dos últimos anos. O título não deixa mentir: “O Brasil Derrubou o Rei”. Logo em seguida, o texto mostra que a nação que receberá a próxima Copa não está para brincadeiras.

“Impulsionada por um Maracanã vulcânico e um enorme desejo de causar uma boa impressão em um ano de ‘sua’ Copa do Mundo, o Brasil varreu a Espanha na noite de domingo para vencer o seu terceiro título consecutivo da Copa das Confederações. Desde o início de sua supremacia, a Espanha nunca tinha passado uma noite tão negra na competição”, publicou o jornal.

Guardian – Inglaterra

Para o Guardian, da Inglaterra, o Brasil não só tirou a aura de invencibilidade da seleção espanhola como também fez a Copa do Mundo de 2014 parecer mais interessante. Logo no início do texto, o jornal afirma que o “regime tirânico” espanhol sobre o esporte foi ameaçado. “O império pode contra-atacar, mas pelo menos a maneira como a Espanha foi derrotada dá aos oprimidos uma esperança libertadora de que uma nova ordem poderia emergir. A Copa do Mundo do ano que vem se tornou, de repente, mais interessante”.


Clarín – Argentina

Os hermanos argentinos deixaram a rivalidade com o vizinho de lado e frisaram: “Brasil foi muito mais que Espanha”, no jornal Clarín. Segundo a publicação, o que ficou ao fim da disputa foi que o país “seguiu fazendo seu jogo diante de um rival que sofreu a partida como poucas vezes nos últimos anos”.

Sem esquecer o momento conturbado que o país tem passado, com as várias manifestações populares, o periódico assinalou que Neymar foi o grande responsável pela alegria da torcida no estádio, enquanto, do lado de fora, o clima social era mais pesado, com os protestos.

El Observador – Uruguai

O jornal El Observador, do Uruguai, foi outro que considerou a vitória brasileira como algo além do título e garantiu: “O Brasil voltou a ser rei”. Em sua análise da final da Copa das Confederações, o periódico considerou que o jogo deste domingo marcou um período “antes” e “depois”. “Brasil pôs as coisas em seu lugar. Terminou com o reinado espanhol. E mandou calar muitos jornalistas espanhóis que falaram com uma soberba, como se tivessem 12 títulos e apenas têm uma estrela no escudo”.

O jornal publicado no país que ficou em quarto lugar na competição não poupou elogios. “Brasil foi dono e senhor do torneio que organizou com milhares de problemas. Seu povo, castigado e em meio a revoltas sociais, teve um instante de felicidade”.

Corriere della Sera – Itália

De acordo com análise do Corriere della Sera, da Itália, tanto nas ruas, quanto no campo de futebol, o “gigante acordou”. Apesar de reconhecer que os espanhóis podem ter sofrido com o clima tropical brasileiro, o jornal não negou a superioridade brasileira na disputa. O Brasil, para eles, estava humilhado e ofendido com a 22ª posição no ranking da Fifa, mas não só isso. “Abençoado por uma nova geração que parece novamente beijado por talento infinito. Mas isso não teria vencido sem o velho leão Felipe Scolari. (...) Se não fosse por ele, esta vitória não viria. Ou pelo menos, não assim”.

The New York Times - Estados Unidos

Já o New York Times, dos Estados Unidos, considerou que a vitória não foi apenas do Brasil, mas também do jorgador Neymar. Diante das dúvidas que ele gerou sobre seu real talento, o jornal afirmou que, depois da competição, não há mais o que questionar. "Ninguém vai falar dele mais como superestimado. Certamente não os 73 mil fãs vestidos com as camisas amarelas onipresentes do Brasil, os fãs que saudaram a sua meta com um rugido ensurdecedor. Neymar atingiu a maioridade."

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