O que está na moda e o que é pecado na hora de usar gravata
Para não fazer feio em nenhuma ocasião, confira o que se deve usar e o que não é recomendado na hora de escolher a gravata
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2013 às 12h54.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h29.
São Paulo – Seja do tipo borboleta, seja do modelo tradicional, a gravata é o ponto central do visual de um homem . Por isso é essencial que ele saiba usar isso a seu favor para não fazer feio nas várias ocasiões em que pode usar o acessório. EXAME.com conversou com Otávio Pereira Lima, coordenador do Master em Negócios e Varejo da Moda da Universidade Anhembi Morumbi, que indicou o que está na moda e o que é um verdadeiro pecado na hora de se vestir. Confira.
Os três principais modelos de gravata continuam, como sempre, em alta. Tudo vai depender do estilo de quem usa e da ocasião para cada item. A borboleta, segundo Lima, é mais propícia para festas “black tie”, onde há muita formalidade, ou para o guarda-roupas do homem mais descolado. “Não é hábito do brasileiro usar essa gravata ainda, mas ela está em alta no público mais jovem. Ela pode ser usada, por exemplo, com uma camiseta jeans ou xadrez”, diz.
“Algumas pessoas dizem que a gravata é o ponto fálico da roupa de um homem”, afirma o especialista. Além de mostrar a masculinidade presente em quem veste, essa peça confere um ar de elegância, mas é preciso ser escolhida de acordo com o tipo de corpo. O formato mais largo costuma dar certo para todos os biótipos. Já o slim, mais fino e “moderninho”, não combina com homens de pescoço largo, obesos ou fortes demais, de acordo com Otávio Lima.
Os homens que gostam de cores vibrantes não precisam sufocar esse traço com um visual morno. Otávio Lima diz que o ideal, quando se usa uma gravata mais vibrante, é fazer um contraste com a cor da camisa e o contrário também vale. Nesse momento, o bom senso é o que deve prevalecer. “O que não dá para fazer é usar uma camisa azul listrada e colocar uma gravata do mesmo jeito da camisa”, afirma.
Ao mesmo tempo em que o contraste é importante para compor um terno, a mistura de estampas também está na moda e pode deixar o figurino mais moderno e elegante. No entanto, existem regras para que isso não se torne um show de horrores. Segundo Lima, as estampas podem ser misturadas contanto que a cor da gravata (estampa ou do fundo) e da camisa seja semelhante.
Não adianta acertar as cores, estampas e a qualidade da roupa se, na hora de vestir, o tamanho fica desproporcional. Uma gravata cuja ponta fica alta ou baixa demais causa um estranhamento considerável. Por isso, o especialista afirma que a altura ideal para a ponta é o meio do cinto.
As gravatas coloridas e com estampas florais são divertidas e podem até ser usadas em reuniões de trabalho, para o ambiente ficar um pouco mais descontraído. Mas um pecado mortal na hora de escolher o modelo é exagerar na dose em ocasiões que pedem maior formalidade ou se esquecer do princípio que indica que ou a estampa ou o fundo da gravata deve combinar com a camisa.
Se você não tem a idade do ator Cooper Timberline (foto), que interpretou Clark Kent aos 9 anos no filme “O Homem de Aço”, não há razões para usar gravatas com grandes desenhos de personagens infantis – a não ser que não queira ser levado a sério. “As que têm estampas de Papai-Noel, Piu-Piu, Frajola tinham que ir para o lixo. Se eu vejo alguém com uma gravata que demonstra certo mau-gosto, isso pode comprometer a imagem que eu tenho da pessoa”, afirma Otávio Lima.
Algumas pessoas podem pensar que, por ser um acessório relativamente pequeno, a gravata pode ser de qualquer tecido, material ou marca que não fará tanta diferença na hora de montar o figurino. Quem acredita nisso está enganado. Basta um close para mostrar se a qualidade das peças é boa, como no caso desta foto do ator Ryan Gosling. “O que não dá para fazer é comprar um bom costume ou uma boa camisa, por exemplo, e usar uma gravata de má qualidade”, afirma Otávio Lima. Algumas marcas que, na opinião dele, valem a pena são Ermenegildo Zegna, Armani, Gucci, Aramis, Brooksfield e Prada.
Arriscar uma cor diferente pode ser desconfortável, mas se manter na neutralidade em excesso pode expor o homem a outro risco: o da monotonia. “Gravata muito escura, como cinza, preta e azul marinho, são para ambientes extremamente formais, como casamentos e velórios. Mas, se a pessoa, de repente, cisma de colocar gravata preta, camisa preta e terno preto, tudo fica monótono”, diz o especialista. Para evitar esse erro, recorrer a estampas, xadrez ou listras por exemplo, pode resolver o problema - como na foto.
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