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O enigma do "miojo que emagrece"

O itokonnyaku, feito de um tipo de batata, tem apenas 10 calorias por porção. Alguma surpresa ele ter virado mais uma dieta "milagrosa"?

Diferente do miojo, o "miojo milagroso" é composto apenas de água e fibras, sem ter carboidratos, gorduras ou nutrientes (Alexey Aleshkin / Dreamstime)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2012 às 13h09.

São Paulo – Em dezembro de 2011, o segredo da chef de cozinha e apresentadora inglesa Nigella Lawson para emagrecer consideravelmente em pouco tempo foi revelado. Sem dizer quantos quilos perdeu, ela  declarou que passou a consumir o macarrão “itokonnyaku” (feito a partir de um tipo de batata, também chamado de “konjac”, “konnyaku”, “shirataki”).

No Brasil, ele ganhou o apelido de “miojo milagroso” por ter apenas 10 calorias por porção e ser composto basicamente por água e fibras, e nenhum carboidrato ou nutriente. Isso dá a esse alimento a capacidade de aumentar a saciedade, por causa das fibras, e, consequentemente, reduzir o consumo de calorias diárias. O que parece milagre, no entanto, pode ser uma armadilha, se não for consumido adequadamente.

Por não ter nutrientes em sua composição, nutricionistas não recomendam uso indiscriminado e constante do “miojo milagroso”, que pode ter efeito laxativo e reduzir a capacidade do organismo de absorver vitaminas como a A, D, E e K. Por isso, é recomendado que esse ingrediente não substitua alimentos nutritivos e saudáveis, como verduras (folhas), legumes, frutas e cereais, mas seja combinado a eles nas receitas. Isso vale para qualquer outra dieta considerada “milagrosa”.

“Essas dietas normalmente apresentam muito baixo valor calórico e nutricional. Quando seguidas por muito tempo, podem levar a deficiências nutricionais importantes, prejudicar o ritmo de crescimento de crianças e adolescentes, comprometer a composição corporal (em especial a massa muscular). E ainda podem desencadear transtornos alimentares como anorexia e bulimia”, afirma Thiago Sacchetto, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Ele garante que não existe fórmula instantânea para perder peso e que, na maioria das vezes, essas dietas não se sustentam em longo prazo. “Porque não temos uma causa específica para o excesso de peso ou obesidade, diversos fatores estão envolvidos, como genéticos, hormonais, metabólicos, psicológicos e os fatores ambientais do mundo moderno”, diz.

Baseando-se na máxima que diz que “saco vazio não para em pé”, Sacchetto defende a adoção de uma dieta com todos os nutrientes - carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, vitaminas e minerais nas quantidades certas para cada idade, gênero e peso. E, para não correr o risco de pecar pelo excesso ou pela falta, ele afirma: “O nutricionista é o profissional capaz de avaliar a alimentação de maneira quantitativa e qualitativa, auxiliando-o a chegar aos resultados esperados com saúde ”.

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No Brasil, ele ganhou o apelido de “miojo milagroso” por ter apenas 10 calorias por porção e ser composto basicamente por água e fibras, e nenhum carboidrato ou nutriente. Isso dá a esse alimento a capacidade de aumentar a saciedade, por causa das fibras, e, consequentemente, reduzir o consumo de calorias diárias. O que parece milagre, no entanto, pode ser uma armadilha, se não for consumido adequadamente.

Por não ter nutrientes em sua composição, nutricionistas não recomendam uso indiscriminado e constante do “miojo milagroso”, que pode ter efeito laxativo e reduzir a capacidade do organismo de absorver vitaminas como a A, D, E e K. Por isso, é recomendado que esse ingrediente não substitua alimentos nutritivos e saudáveis, como verduras (folhas), legumes, frutas e cereais, mas seja combinado a eles nas receitas. Isso vale para qualquer outra dieta considerada “milagrosa”.

“Essas dietas normalmente apresentam muito baixo valor calórico e nutricional. Quando seguidas por muito tempo, podem levar a deficiências nutricionais importantes, prejudicar o ritmo de crescimento de crianças e adolescentes, comprometer a composição corporal (em especial a massa muscular). E ainda podem desencadear transtornos alimentares como anorexia e bulimia”, afirma Thiago Sacchetto, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Ele garante que não existe fórmula instantânea para perder peso e que, na maioria das vezes, essas dietas não se sustentam em longo prazo. “Porque não temos uma causa específica para o excesso de peso ou obesidade, diversos fatores estão envolvidos, como genéticos, hormonais, metabólicos, psicológicos e os fatores ambientais do mundo moderno”, diz.

Baseando-se na máxima que diz que “saco vazio não para em pé”, Sacchetto defende a adoção de uma dieta com todos os nutrientes - carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, vitaminas e minerais nas quantidades certas para cada idade, gênero e peso. E, para não correr o risco de pecar pelo excesso ou pela falta, ele afirma: “O nutricionista é o profissional capaz de avaliar a alimentação de maneira quantitativa e qualitativa, auxiliando-o a chegar aos resultados esperados com saúde ”.

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