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Cardiologistas baixam os níveis aceitáveis de LDL no sangue

Medida faz parte de aumento de rigor contra o colesterol

Colesterol: nível ideal de colesterol-LDL em pacientes de alto risco baixa de 100 miligramas por decilitro para 70 mg por decilitro (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 11h30.

São Paulo - Os índices de tolerância do chamado colesterol ruim, um dos vilões da saúde , vão ficar mais rígidos para os brasileiros. A partir de agora, segundo a nova diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o nível ideal de colesterol-LDL em pacientes de alto risco baixa de 100 miligramas por decilitro para 70 mg por decilitro. O objetivo é garantir tanto aos médicos como a pacientes, o melhor tratamento e os benefícios da redução do risco cardiovascular.

As orientações da 5ª Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose para classificar o risco dos pacientes também mudaram, e neste ponto as mulheres são as mais atingidas. Até hoje, pessoas do sexo feminino são classificadas como pacientes de alto risco quando têm mais de 20% de possibilidade de morte ou infarto do miocárdio nos próximos 10 anos. Com a nova diretriz, uma chance maior do que 10% já deve acender o sinal amarelo no consultório médico para o risco de doença aterosclerótica coronária, derrame, insuficiência vascular periférica ou insuficiência cardíaca.

Esta probabilidade é calculada de acordo com a presença e a magnitude dos fatores como idade, níveis de pressão arterial sistólica, valores iniciais do colesterol total e HDL-colesterol, tabagismo e a presença de diabetes mellitus. Aquelas consideradas de baixo risco (<5%) se tiverem história familiar de doença coronária precoce passam a risco intermediário, onde a meta do LDL-colesterol é < 100 mg/dL. No risco intermediário (entre 5 e 10%) podem ser usados fatores agravantes, como marcadores inflamatórios, exames para detecção de aterosclerose sub-clínica, que quando presentes, reclassificam estas mulheres em risco intermediário para alto risco.

“A nova Diretriz procura reduzir a chance de erro ao se estimar o risco individual, com maior rigor em todos esses aspectos, pois antes os escores de risco não contemplavam a história familiar de doença cardiovascular prematura, também subestimavam o risco entre as mulheres, os indivíduos jovens - naqueles com fatores de risco muito alterados ou extremos - e na avaliação em longo prazo. Além disso, os escores não contemplavam a síndrome metabólica, condição que associa a obesidade abdominal.


A nova diretriz também propõe metas lipídicas mais agressivas com base em evidências de que reduções de cerca de 40 mg/dL no LDL-colesterol são acompanhadas de taxas de eventos cardiovasculares 20% menores, porém, reduções de 80 ou até de 120 mg/dL se acompanham de redução de eventos da ordem de 40 a 50%, com segurança”, afirma a Dra. Maria Cristina Izar, cardiologista, Livre Docente em Cardiologia e Professora afiliada da Disciplina de Cardiologia da UNIFESP.

As mudanças no estilo de vida e na alimentação são a primeira linha de defesa contra o colesterol elevado. A redução do peso, e menor ingestão de gordura saturada e gordura trans desempenham um papel importante neste contexto. Como também, a ingestão de fibras solúveis e fitoesteróis que são aliados na redução do colesterol alto. Hoje em dia, existem alimentos enriquecidos com a quantidade necessária de fitoesteróis por dia, como por exemplo, cremes vegetais. Sendo necessário o consumo de apenas duas porções para atingir a recomendação, que é de 1,6 a 2 g por dia.

“Os fitoesteróis, também chamados de esteróis vegetais, são um grupo de compostos naturalmente presentes em leguminosas, sementes, frutas, hortaliças, nozes e cereais. Têm estruturas e funções semelhantes às do colesterol e, por isso, quando consumidos, ocupam o lugar do colesterol nas micelas (responsáveis pelo transporte das gorduras até as células do intestino), diminuindo assim sua absorção, sendo eliminados através das fezes. Essas substâncias, aliadas a uma dieta balanceada e hábitos de vida saudáveis, promovem a redução do colesterol ruim (LDL) no sangue”, finaliza a Dra. Maria Cristina.
A prática regular de exercícios físicos em conjunto com dieta balanceada são componentes chave de uma vida mais saudável.

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São Paulo - Os índices de tolerância do chamado colesterol ruim, um dos vilões da saúde , vão ficar mais rígidos para os brasileiros. A partir de agora, segundo a nova diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o nível ideal de colesterol-LDL em pacientes de alto risco baixa de 100 miligramas por decilitro para 70 mg por decilitro. O objetivo é garantir tanto aos médicos como a pacientes, o melhor tratamento e os benefícios da redução do risco cardiovascular.

As orientações da 5ª Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose para classificar o risco dos pacientes também mudaram, e neste ponto as mulheres são as mais atingidas. Até hoje, pessoas do sexo feminino são classificadas como pacientes de alto risco quando têm mais de 20% de possibilidade de morte ou infarto do miocárdio nos próximos 10 anos. Com a nova diretriz, uma chance maior do que 10% já deve acender o sinal amarelo no consultório médico para o risco de doença aterosclerótica coronária, derrame, insuficiência vascular periférica ou insuficiência cardíaca.

Esta probabilidade é calculada de acordo com a presença e a magnitude dos fatores como idade, níveis de pressão arterial sistólica, valores iniciais do colesterol total e HDL-colesterol, tabagismo e a presença de diabetes mellitus. Aquelas consideradas de baixo risco (<5%) se tiverem história familiar de doença coronária precoce passam a risco intermediário, onde a meta do LDL-colesterol é < 100 mg/dL. No risco intermediário (entre 5 e 10%) podem ser usados fatores agravantes, como marcadores inflamatórios, exames para detecção de aterosclerose sub-clínica, que quando presentes, reclassificam estas mulheres em risco intermediário para alto risco.

“A nova Diretriz procura reduzir a chance de erro ao se estimar o risco individual, com maior rigor em todos esses aspectos, pois antes os escores de risco não contemplavam a história familiar de doença cardiovascular prematura, também subestimavam o risco entre as mulheres, os indivíduos jovens - naqueles com fatores de risco muito alterados ou extremos - e na avaliação em longo prazo. Além disso, os escores não contemplavam a síndrome metabólica, condição que associa a obesidade abdominal.


A nova diretriz também propõe metas lipídicas mais agressivas com base em evidências de que reduções de cerca de 40 mg/dL no LDL-colesterol são acompanhadas de taxas de eventos cardiovasculares 20% menores, porém, reduções de 80 ou até de 120 mg/dL se acompanham de redução de eventos da ordem de 40 a 50%, com segurança”, afirma a Dra. Maria Cristina Izar, cardiologista, Livre Docente em Cardiologia e Professora afiliada da Disciplina de Cardiologia da UNIFESP.

As mudanças no estilo de vida e na alimentação são a primeira linha de defesa contra o colesterol elevado. A redução do peso, e menor ingestão de gordura saturada e gordura trans desempenham um papel importante neste contexto. Como também, a ingestão de fibras solúveis e fitoesteróis que são aliados na redução do colesterol alto. Hoje em dia, existem alimentos enriquecidos com a quantidade necessária de fitoesteróis por dia, como por exemplo, cremes vegetais. Sendo necessário o consumo de apenas duas porções para atingir a recomendação, que é de 1,6 a 2 g por dia.

“Os fitoesteróis, também chamados de esteróis vegetais, são um grupo de compostos naturalmente presentes em leguminosas, sementes, frutas, hortaliças, nozes e cereais. Têm estruturas e funções semelhantes às do colesterol e, por isso, quando consumidos, ocupam o lugar do colesterol nas micelas (responsáveis pelo transporte das gorduras até as células do intestino), diminuindo assim sua absorção, sendo eliminados através das fezes. Essas substâncias, aliadas a uma dieta balanceada e hábitos de vida saudáveis, promovem a redução do colesterol ruim (LDL) no sangue”, finaliza a Dra. Maria Cristina.
A prática regular de exercícios físicos em conjunto com dieta balanceada são componentes chave de uma vida mais saudável.

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