Trocas por drinques não alcoólicos são uma recomendação para completar o desafio. (krisanapong detraphiphat/Getty Images)
Julia Storch
Publicado em 3 de janeiro de 2023 às 07h00.
Para muitas pessoas o início de um novo ano é marcado por metas e planos. Praticar mais exercícios e ter uma dieta mais saudável são algumas das preocupações com a saúde que chegam com o ano novo. No Reino Unido e nos Estados Unidos, janeiro é marcado pelo movimento “Dry January”, em que é incentivado o não consumo de bebidas alcoólicas durante todo o mês, em prol do bem-estar.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, houve aumento do consumo de bebidas alcóolicas em todo o mundo. Nos Estados Unidos, segundo pesquisa publicada pelo International Journal of Environmental Research and Public Health, durante 30 dias, os 832 participantes relataram beber álcool em 12,2 dias e consumir quase 27 bebidas alcoólicas durante o período.
No mundo, segundo relatório da OMS de 2018, 55,5% da população maior de 15 anos já consumiu algum tipo de bebida alcóolica, no Brasil, este valor representa 78,6%. Além disso, 40,3% da mostra declarou consumir álcool no período.
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Lançado em 2013, o desafio "Dry January" aconteceu após a britânica Emily Robinson se inscrever para sua primeira meia maratona. A corrida aconteceria em fevereiro, e para facilitar o treinamento, ela decidiu desistir das bebidas alcoólicas em janeiro. Os efeitos foram positivos, Robinson perdeu peso, dormiu melhor e sentiu maior energia para correr.
Em janeiro de 2012, Emily decidiu cortar o consumo de álcool novamente e começou a trabalhar na organização Alcohol Change UK. Em 2013 o projeto “Dry January” foi lançado oficialmente com 4.000 participantes. Em 2021, mais de 130.000 pessoas se inscreveram para iniciativa.
Ainda que o consumo de bebidas alcoólicas tenha aumentado ao longo dos últimos dois anos, o projeto “Dry January” tem efeitos no longo prazo.
Segundo uma pesquisa encomendada pelo instituto britânico, após o término da campanha, sete entre dez pessoas diminuíram o consumo de bebidas alcoólicas, e “quase um quarto das pessoas que bebiam em níveis ‘prejudiciais’ antes da campanha está agora na categoria de baixo risco”.
Após o consumo, o álcool pode ficar por até 72 horas na corrente sanguínea. “Não é de um dia para o outro que o organismo fica limpo”, comenta Luanna Caramalac Munaro, nutricionista funcional integrativa.
Segundo Munaro, o corte no consumo de bebidas alcoólicas traz benefícios como a melhora na função hepática, na microbiota intestinal, com reparação do intestino, e na disposição física e mental, com uma melhora na qualidade do sono e na imunidade.
“Por ser uma substância inflamatória, a interrupção do consumo também é notada na estética, com a melhora da celulite, a diminuição da retenção hídrica, perda de gordura e uma pele mais saudável”, explica.
Para dar uma força aos que planejam ficar 31 sóbrios, o governo britânico lançou o aplicativo Try Dry, que auxilia no monitoramento do consumo de álcool, a definir metas pessoais, além de oferecer informações, como calorias e dinheiro economizado por não beber.
Trocas por drinques não alcoólicos são uma recomendação de Munaro, que listou três receitas. Confira.
Moscow Mule sem álcool
Ingredientes:
Suco de limão taiti
Suco de maracujá
Ginger Ale
Espuma cítrica de gengibre
Modo de preparo:
Em uma coqueteleira com gelo, coloque os ingredientes líquidos e bata. Coe a mistura em uma caneca de cobre. Finalize com a espuma de gengibre.
Refresh Drink
Ingredientes:
50 ml de suco da fruta
Água gaseificada
Gelo
Folhas de hortelã
Modo de preparo:
Escolha um copo alto. Coloque a dose do suco e o gelo. Complete com a água gaseificada e misture bem.
Antiox Drink
Ingredientes:
50 ml de suco de morango
25 ml de creme de leite fresco
Gelo
Modo de preparo:
Bata todos os ingredientes em uma coqueteleira e sirva em um copo no estilo long drink. Vale decorar com um morango na borda.