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Neymar engrossa coro antirracista de atletas e clubes por todo o mundo

Craque se manifesta no Instagram; Fifa é contra punição de protestos

Neymar: depois de dias, atleta se une a outros jogadores e falou sobre protestos antirracistas (Peter Cziborra/Reuters)

Neymar: depois de dias, atleta se une a outros jogadores e falou sobre protestos antirracistas (Peter Cziborra/Reuters)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 3 de junho de 2020 às 17h12.

Última atualização em 3 de junho de 2020 às 17h58.

O grito antirracista segue ecoando pelo mundo do futebol. Depois de vários jogadores e clubes se posicionarem a favor da causa, Neymar, principal astro brasileiro da bola, também decidiu se manifestar publicamente nesta terça-feira (2). Em sua conta no Instagram, o craque do PSG publicou duas imagens. A primeira apresenta um fundo preto, símbolo dos protestos que começaram após a morte do afro-americano George Floyd, por um policial, na cidade de Minneapolis (Estados Unidos), no último dia 25. A outra imagem é uma foto de um braço tatuado onde se lê a palavra Fé. Ao lado de ambas as imagens, Neymar escreveu o lema da campanha - black lives matter (vidas negras importam) - e a hashtag #blackouttuesday.

Após a publicação do jogador, Ivan More, um dos 132 milhões de seguidores do camisa 10 do PSG e da seleção brasileira comentou: “super importante seu posicionamento em situações assim! Quando o ídolo toma partido, faz diferença pela forma de pensar e agir”.

No Brasil, Talles Magno (Vasco), Igor Julião (Fluminense), Gabriel Barbosa (Flamengo) já tinham postado mensagens abordando o tema. Na noite de ontem (1º de junho), o capitão do Rubro-Negro carioca, Everton Ribeiro, se manifestou com uma sequência de mensagens em sua conta pessoal no Twitter. Em uma das publicações o meia-atacante abordou o tema do racismo estrutural: “não é normal que um país onde a maioria da população é negra, eles sejam a minoria em universidades e grandes empresas”.

Na última postagem, afirmou: “Não quero ficar em silêncio e compactuar com um país que mata um negro a cada 23 minutos”.

Por meio de nota oficial, a Fifa tambem se manifestou hoje (2), a respeito dos protestos feitos por atletas, inclusive durante as partidas. A entidade maior do futebol profissional afirmou que "se manifesta repetidamente contra o racismo e a discriminação de qualquer tipo e recentemente fortaleceu suas próprias regras disciplinares com o objetivo de ajudar a erradicar esse comportamento".

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, ainda ressaltou que "para evitar dúvidas, em uma competição da FIFA, as recentes manifestações de jogadores em partidas da Bundesliga merecem aplausos e não punição".

Segundo o comunicado, "a aplicação das Leis do Jogo, aprovadas pela IFAB, fica a cargo dos organizadores das competições, que devem usar o bom senso e levar em consideração o contexto em torno dos eventos".

Ao final da nota, Gianni Infantino ainda defendeu: "Todos devemos dizer não ao racismo e a qualquer forma de discriminação. Todos devemos dizer não à violência. Qualquer forma de violência".

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