"Nevermind", álbum símbolo da "Geração X", completa 20 anos
O disco tem letras que sintetizavam o desgosto da primeira geração dos anos 1990, caracterizada por sua negação passiva do mundo
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2011 às 15h00.
Redação Central - Muito antes do grito dos jovens que levaram às ruas o 15-M (movimento social espanhol), outra geração, a do "Nevermind" do Nirvana, lançado há 20 anos, chegava à vida adulta desiludida e bem menos combativa.
O vocalista e guitarrista Kurt Cobain, ao lado do baixista Krist Novoselic e do baterista Dave Grohl, lançou em 24 de setembro de 1991 o segundo disco de estúdio do Nirvana, o primeiro por uma grande gravadora, que não soube prever o sucesso que aquele trio de desconhecidos faria e inicialmente distribuiu apenas 50 mil cópias.
Aquele novo rock mal cantado, diferente do som frenético dos Guns N'Roses, chegou ao 1º lugar em vendas em vários países, um posto nunca antes alcançado por nenhuma banda jovem de Seattle.
No total, foram vendidos 30 milhões de discos no mundo todo, com letras que sintetizavam o desgosto da primeira geração dos anos 1990, a chamada "Geração X", caracterizada por sua negação passiva do mundo e dos valores engessados que priorizavam a família em vez da amizade.
Neste universo, o imaginário de Kurt Cobain se encaixava bem. Filho de pais separados, escreveu canções que se tornaram hinos, como "Smells Like Teen Spirit", inspirada no fim de um namoro, "Come As You Are" e "Lithium".
Além das letras, "Nevermind" foi um marco por ter aproximado o universo pop do underground. A produção de Butch Vig, que mais tarde se incorporaria à banda Garbage, valorizou a percussão nas músicas que foram gravadas entre abril de 1900 e maio de 1991.
Cobain, às vezes inspirado, às vezes deprimido, chegou a destruir uma guitarra no estúdio Sound City de Los Angeles, onde as gravações começavam disciplinadas, mas se estendiam até a madrugada regadas a álcool.
O Nirvana foi o símbolo do movimento grunge, nascido nos anos 1980 e representado por outras bandas de peso como Pearl Jam e Soundgarden. O nome grunge é uma analogia a "sujo" e com esta estética desalinhada, na qual a camisa quadriculada de flanela era o uniforme, a banda consagrou a personalidade dos anos 1990.
Segundo relatos, Cobain vivia alheio à fama e se afundava nas drogas, principalmente a heroína, que lhe foi apresentada no começo da carreira.
Assim foi decaindo cada vez mais em sua vida pessoal, mas nunca na profissional. Quando foi encontrado morto em abril de 1994, supostamente por suicídio, havia acabado de lançar outro álbum, "In Utero" (1993), mais um sucesso de vendas.
Redação Central - Muito antes do grito dos jovens que levaram às ruas o 15-M (movimento social espanhol), outra geração, a do "Nevermind" do Nirvana, lançado há 20 anos, chegava à vida adulta desiludida e bem menos combativa.
O vocalista e guitarrista Kurt Cobain, ao lado do baixista Krist Novoselic e do baterista Dave Grohl, lançou em 24 de setembro de 1991 o segundo disco de estúdio do Nirvana, o primeiro por uma grande gravadora, que não soube prever o sucesso que aquele trio de desconhecidos faria e inicialmente distribuiu apenas 50 mil cópias.
Aquele novo rock mal cantado, diferente do som frenético dos Guns N'Roses, chegou ao 1º lugar em vendas em vários países, um posto nunca antes alcançado por nenhuma banda jovem de Seattle.
No total, foram vendidos 30 milhões de discos no mundo todo, com letras que sintetizavam o desgosto da primeira geração dos anos 1990, a chamada "Geração X", caracterizada por sua negação passiva do mundo e dos valores engessados que priorizavam a família em vez da amizade.
Neste universo, o imaginário de Kurt Cobain se encaixava bem. Filho de pais separados, escreveu canções que se tornaram hinos, como "Smells Like Teen Spirit", inspirada no fim de um namoro, "Come As You Are" e "Lithium".
Além das letras, "Nevermind" foi um marco por ter aproximado o universo pop do underground. A produção de Butch Vig, que mais tarde se incorporaria à banda Garbage, valorizou a percussão nas músicas que foram gravadas entre abril de 1900 e maio de 1991.
Cobain, às vezes inspirado, às vezes deprimido, chegou a destruir uma guitarra no estúdio Sound City de Los Angeles, onde as gravações começavam disciplinadas, mas se estendiam até a madrugada regadas a álcool.
O Nirvana foi o símbolo do movimento grunge, nascido nos anos 1980 e representado por outras bandas de peso como Pearl Jam e Soundgarden. O nome grunge é uma analogia a "sujo" e com esta estética desalinhada, na qual a camisa quadriculada de flanela era o uniforme, a banda consagrou a personalidade dos anos 1990.
Segundo relatos, Cobain vivia alheio à fama e se afundava nas drogas, principalmente a heroína, que lhe foi apresentada no começo da carreira.
Assim foi decaindo cada vez mais em sua vida pessoal, mas nunca na profissional. Quando foi encontrado morto em abril de 1994, supostamente por suicídio, havia acabado de lançar outro álbum, "In Utero" (1993), mais um sucesso de vendas.