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Netflix é acusada de glamorizar tráfico sexual com série "Baby"

Sobreviventes de tráfico sexual exigiram nesta quinta-feira que a Netflix suspenda a nova série chamada "Baby"

Netflix: a série é inspirada num escândalo em Roma no qual estudantes adolescentes teriam se prostituído para comprar roupas e telefones celulares (Daniel Acker/Bloomberg)

Netflix: a série é inspirada num escândalo em Roma no qual estudantes adolescentes teriam se prostituído para comprar roupas e telefones celulares (Daniel Acker/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 22h06.

Londres - Sobreviventes de tráfico sexual exigiram nesta quinta-feira que a Netflix suspenda uma nova série chamada "Baby", inspirada num escândalo sexual envolvendo adolescentes na Itália, acusando a empresa de normalizar o abuso contra crianças.

Em carta a executivos, eles acusam a Netflix de dois pesos e duas medidas por glamorizar a exploração sexual, semanas após ter despedido o ator Kevin Spacey, estrela de uma das suas principais séries, "House of Cards", após alegações de má conduta sexual.

"Baby", que vai ser produzida neste ano, é inspirada num escândalo em Roma no qual estudantes adolescentes teriam se prostituído para comprar roupas e telefones celulares.

O caso envolveu a exploração de meninas de 14 e 15 anos. A carta disse que oito traficantes foram presos, e o líder do grupo foi preso por 10 anos.

"A Netflix recentemente demitiu Kevin Spacey. Produzir agora um show que glorifica o tráfico sexual de menores e chamar isso de entretenimento ousado é o ápice da hipocrisia", disse Lisa Thompson, vice-presidente do Centro Nacional sobre Exploração Sexual dos Estados Unidos.

A Netflix não estava imediatamente disponível para comentar.

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