Mundo da comédia chora morte do inovador Robin Williams
Tanto colegas de Hollywood quanto líderes de Washington se declararam arrasados pelo falecimento de Robin Williams, aos 63 anos
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2014 às 08h41.
San Rafael - Comediantes, políticos e gerações de fãs lamentaram nesta terça-feira a morte do ator Robin Williams, famoso por seu estilo cômico frenético e desbocado e cujo aparente suicídio aos 63 anos desencadeou uma avalanche de homenagens.
Tanto colegas de Hollywood quanto líderes de Washington se declararam arrasados pelo falecimento de Williams na segunda-feira em sua casa perto de Tiburon, ao norte de San Francisco, onde foi encontrado inconsciente e sem respiração.
Sua agente afirmou que ultimamente ele vinha sofrendo de uma depressão profunda.
A notícia da morte do ator ecoou rapidamente nas mídias sociais, chocando fãs de todas as idades e comediantes influenciados por Williams desde seu surgimento na comédia de TV dos anos 1970 "Mork & Mindy" no papel de um estranho e adorável extraterrestre.
O apresentador de talk show norte-americano Conan O'Brien soube da morte do comediante durante a gravação de seu programa, na segunda-feira, e deu a notícia à plateia.
“Isto é absolutamente chocante, horrível, perturbador em todos os sentidos”, afirmou, visivelmente abalado, acrescentando que “estamos pensando em todos que ele comoveu ao redor do mundo ao longo de sua vida e em Robin esta noite”.
Williams sempre foi franco sobre sua luta com o álcool e a cocaína, e nos últimos meses se internou em uma clínica de reabilitação para se manter sóbrio.
Mas restam muitas dúvidas sobre esse período final de sua vida e sobre o que teria levado ao seu aparente suicídio.
O ator foi encontrado enforcado em sua casa por seu assistente pessoal, e a conclusão preliminar é de que ele morreu de asfixia por enforcamento, disse uma autoridade da polícia local nesta terça-feira.
Legado
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prestou sua homenagem a Williams na segunda-feira, dizendo que “ele entrou em nossas vidas como um alienígena, mas acabou tocando cada elemento da alma humana”.
Na Calçada da Fama, em Hollywood, dezenas de fãs se reuniram em torno da estrela de Williams no começo da terça-feira com velas e flores para lembrar o versátil ator.
O carisma de Williams conquistou gerações e gêneros de cinema variados, da voz do gênio azul da animação "Aladdin" à sua interpretação do terapeuta paternal do drama “Gênio Indomável”, pelo qual recebeu o Oscar de melhor ator coadjuvante em 1997.
Sua morte abalou seus colegas, que lamentaram a perda daquele que muitos descreveram como um homem de grande coração e um dos comediantes mais criativos de sua época.
Entre seus maiores sucesssos estão “Bom dia, Vietnã”, “Sociedade dos Poetas Mortos”, "Patch Adams", “Uma Babá Quase Perfeita” e “Uma Noite no Museu”, franquia de cuja terceira parte participou recentemente.
No circuito de comédia de Hollywood, aqueles que trabalharam e se inspiraram nele sofriam para processar a sua perda.
Jamie Masada, fundador e proprietário da The Laugh Factory, que conhecia Williams há 35 anos, chamou-o de "doutor da alma". Williams se casou três vezes, a última delas em 2011, com Susan Schneider, e deixa três filhos.