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Mulheres executivas loiras, de 33 anos, são as que mais traem

Estudo feito pelo site de traição Ashley Madison mostra que brasileiras traem mais por vingança e preferem homens mais velhos

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2011 às 15h52.

São Paulo – Casada há 7 anos, executiva do alto escalão, 33 anos de idade, 53 quilos, 1,63 metro de altura. É esse o perfil da mulher que mais trai, de acordo com uma pesquisa feita entre as pessoas do sexo feminino cadastradas no site especializado em traição Ashley Madison, lançado oficialmente no Brasil no dia 15 deste mês.

O levantamento mostrou que 39% delas são mulheres de negócios, 59% são casadas e têm pelo menos um filho, 36% traem por vingança e 67% preferem homens entre 40 e 50 anos de idade. Segundo Jas Kaur, diretora do Ashley Madison Brasil, por enquanto, 30% dos 100.000 brasileiros inscritos no site são mulheres, mas ela espera que esse número cresça para 40%.

O site entrou no ar no início de agosto com uma versão beta e, já nos primeiros 10 dias de funcionamento, os moradores da cidade de São Paulo superaram todas as outras capitais no mundo, com 53.107 visitas. Em segundo lugar, ficou Nova York, com 41.203 visitas. Logo após o Dia dos Pais (14/08), o fluxo de brasileiros no site subiu 524%, enquanto nos Estados Unidos, o crescimento foi de 244%.

Em entrevista a EXAME.com, Jas Kaur fala um pouco da traição no contexto brasileiro e do que leva pessoas em um relacionamento estável a buscarem novos parceiros em sites de traição como o Ashley Madison.

EXAME.com - Já era esperado que o Brasil tivesse um grande público interessado em site de traição?

Jas Kaur – Sim. Uma das razões pelas quais viemos para o Brasil foi que, antes do site existir aqui, os brasileiros já tinham conseguido arrumar uma maneira de entrar no Ashley Madison por outros países, pelos Estados Unidos e Europa. Nós soubemos disso por causa do endereço de IP dos computadores usados. Além disso, um estudo recente feito na América Latina mostrou que os brasileiros são os que mais traem na região. Pelo menos 70% dos homens e, o mais impressionante, 56% das mulheres no Brasil já traíram pelo menos uma vez.

EXAME.com – As mulheres têm traído mais, em sua opinião?

Kaur – Trair, todo mundo trai, mas não sei se o número é alto por que elas se abrem mais (e nos outros lugares há mais hipocrisia) ou se elas traem mais mesmo. Agora queremos conhecer mais. Sabemos que mulheres traem por motivos diferentes. Muitas vezes é por vingança, depois de ver que o marido a estava traindo e quis dar o troco. Outra razão é não ter a vida sexual ativa com o marido. Elas amam o companheiro, então procuram uma aventura em outro lugar.

EXAME.com – O número de homens em um site para traição será sempre maior do que o de mulheres? Como é isso atualmente no mundo?

Kaur - A média global é 70% homens e 30% mulheres, mas varia de acordo com a região. Na Austrália, a proporção é 60% homens e 40% mulheres, na Espanha, é 65% e 35%. No Brasil é 70% e 30%, mas acredito que o número vai ficar igual ao da Austrália. Não acho que um dia ficará igual, mas pode aproximar. A mulher vê a traição de uma forma muito diferente do homem.


EXAME.com – Você acha que os relacionamentos realmente podem durar muito depois de um dos cônjuges se cadastrar no site e ter um caso?

Kaur - Os relacionamentos podem durar se a traição for discreta. Não dá para fazer como o jogador de golf Tiger Woods e o congressista nova-iorquino Anthony Weiner, que usou o Facebook e Twitter para trair. Eu conheci o caso de uma mulher que quis trair porque sua relação estava ruim, entrou no site e, depois, se sentiu melhor, ficou mais confiante e não sentiu mais vontade de trair.

EXAME.com – Há solteiros no Ashley Madison? O site é proibido para eles?

Kaur - Sim, há solteiros e nós não evitamos sua presença. 25% das mulheres do site são solteiras e 10% dos homens são solteiros. Geralmente, as solteiras saíram recentemente de um relacionamento sério e querem só uma aventura, sem ninguém saber. Não há tantos solteiros porque os homens têm outras opções para ter uma relação sem vínculo, como as garotas de programa, por exemplo. Entre as solteiras, há também as mulheres que são amantes por excelência e querem homens casados porque não têm a cobrança deles e são vistos como melhores amantes.

EXAME.com – Você já sofreu resistência por trabalhar em um site de traição?

Kaur - Já. Algumas vezes, quando a gente fez o trabalho e marketing. Teve emissoras de TV que disseram não às propagandas, mas 100% das novelas mostram infidelidade. Não estou dizendo o que é certo e o que é errado. O Ashley Madison não inventou a infidelidade. O que fazemos é falar com pessoas que já decidiram entrar nesse caminho. Se vai fazer, que faça direito.

EXAME.com – Você é casada, está em um relacionamento sério?

Kaur - Saí recentemente de um relacionamento sério.

EXAME.com – Já traiu? Teria coragem de trair?

Kaur – Ainda não traí, mas se estivesse em um relacionamento, até se tivesse um filho e a relação não estivesse boa, não sei o que faria em uma situação como essa. As coisas acontecem porque não há comunicação com o parceiro. A tentação física todo mundo tem. Eu já fiquei tentada, mas a gente não é visual como o homem. A mulher faz, em geral, porque está com raiva, ela é mais ligada emocionalmente do que ele.

EXAME.com – Sabe se já foi traída? Se sim, qual sua reação?

Kaur - Não sei. Se fui, a traição foi muito bem-feita. Se soubesse, eu ficaria arrasada como qualquer outra pessoa, mas antes de reagir ou ficar louca, eu iria procurar saber por que aconteceu, o que faltou.

EXAME.com – Você perdoaria uma traição?

Kaur - Se eu fiz alguma coisa, se foi uma falta do meu lado, sim. Eu até entenderia. É parte do ser humano, sei que a monogamia não está na nossa origem. Sei também que o homem é mais visual. No dia seguinte a datas especiais, como Dia dos Pais, das Mães, dos Namorados, o Ashley Madison sempre apresenta fluxo de acessos de cinco a dez vezes maior que o normal. Isso acontece porque as pessoas criam uma expectativa, mas são frustradas e acabam recorrendo à traição.

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São Paulo – Casada há 7 anos, executiva do alto escalão, 33 anos de idade, 53 quilos, 1,63 metro de altura. É esse o perfil da mulher que mais trai, de acordo com uma pesquisa feita entre as pessoas do sexo feminino cadastradas no site especializado em traição Ashley Madison, lançado oficialmente no Brasil no dia 15 deste mês.

O levantamento mostrou que 39% delas são mulheres de negócios, 59% são casadas e têm pelo menos um filho, 36% traem por vingança e 67% preferem homens entre 40 e 50 anos de idade. Segundo Jas Kaur, diretora do Ashley Madison Brasil, por enquanto, 30% dos 100.000 brasileiros inscritos no site são mulheres, mas ela espera que esse número cresça para 40%.

O site entrou no ar no início de agosto com uma versão beta e, já nos primeiros 10 dias de funcionamento, os moradores da cidade de São Paulo superaram todas as outras capitais no mundo, com 53.107 visitas. Em segundo lugar, ficou Nova York, com 41.203 visitas. Logo após o Dia dos Pais (14/08), o fluxo de brasileiros no site subiu 524%, enquanto nos Estados Unidos, o crescimento foi de 244%.

Em entrevista a EXAME.com, Jas Kaur fala um pouco da traição no contexto brasileiro e do que leva pessoas em um relacionamento estável a buscarem novos parceiros em sites de traição como o Ashley Madison.

EXAME.com - Já era esperado que o Brasil tivesse um grande público interessado em site de traição?

Jas Kaur – Sim. Uma das razões pelas quais viemos para o Brasil foi que, antes do site existir aqui, os brasileiros já tinham conseguido arrumar uma maneira de entrar no Ashley Madison por outros países, pelos Estados Unidos e Europa. Nós soubemos disso por causa do endereço de IP dos computadores usados. Além disso, um estudo recente feito na América Latina mostrou que os brasileiros são os que mais traem na região. Pelo menos 70% dos homens e, o mais impressionante, 56% das mulheres no Brasil já traíram pelo menos uma vez.

EXAME.com – As mulheres têm traído mais, em sua opinião?

Kaur – Trair, todo mundo trai, mas não sei se o número é alto por que elas se abrem mais (e nos outros lugares há mais hipocrisia) ou se elas traem mais mesmo. Agora queremos conhecer mais. Sabemos que mulheres traem por motivos diferentes. Muitas vezes é por vingança, depois de ver que o marido a estava traindo e quis dar o troco. Outra razão é não ter a vida sexual ativa com o marido. Elas amam o companheiro, então procuram uma aventura em outro lugar.

EXAME.com – O número de homens em um site para traição será sempre maior do que o de mulheres? Como é isso atualmente no mundo?

Kaur - A média global é 70% homens e 30% mulheres, mas varia de acordo com a região. Na Austrália, a proporção é 60% homens e 40% mulheres, na Espanha, é 65% e 35%. No Brasil é 70% e 30%, mas acredito que o número vai ficar igual ao da Austrália. Não acho que um dia ficará igual, mas pode aproximar. A mulher vê a traição de uma forma muito diferente do homem.


EXAME.com – Você acha que os relacionamentos realmente podem durar muito depois de um dos cônjuges se cadastrar no site e ter um caso?

Kaur - Os relacionamentos podem durar se a traição for discreta. Não dá para fazer como o jogador de golf Tiger Woods e o congressista nova-iorquino Anthony Weiner, que usou o Facebook e Twitter para trair. Eu conheci o caso de uma mulher que quis trair porque sua relação estava ruim, entrou no site e, depois, se sentiu melhor, ficou mais confiante e não sentiu mais vontade de trair.

EXAME.com – Há solteiros no Ashley Madison? O site é proibido para eles?

Kaur - Sim, há solteiros e nós não evitamos sua presença. 25% das mulheres do site são solteiras e 10% dos homens são solteiros. Geralmente, as solteiras saíram recentemente de um relacionamento sério e querem só uma aventura, sem ninguém saber. Não há tantos solteiros porque os homens têm outras opções para ter uma relação sem vínculo, como as garotas de programa, por exemplo. Entre as solteiras, há também as mulheres que são amantes por excelência e querem homens casados porque não têm a cobrança deles e são vistos como melhores amantes.

EXAME.com – Você já sofreu resistência por trabalhar em um site de traição?

Kaur - Já. Algumas vezes, quando a gente fez o trabalho e marketing. Teve emissoras de TV que disseram não às propagandas, mas 100% das novelas mostram infidelidade. Não estou dizendo o que é certo e o que é errado. O Ashley Madison não inventou a infidelidade. O que fazemos é falar com pessoas que já decidiram entrar nesse caminho. Se vai fazer, que faça direito.

EXAME.com – Você é casada, está em um relacionamento sério?

Kaur - Saí recentemente de um relacionamento sério.

EXAME.com – Já traiu? Teria coragem de trair?

Kaur – Ainda não traí, mas se estivesse em um relacionamento, até se tivesse um filho e a relação não estivesse boa, não sei o que faria em uma situação como essa. As coisas acontecem porque não há comunicação com o parceiro. A tentação física todo mundo tem. Eu já fiquei tentada, mas a gente não é visual como o homem. A mulher faz, em geral, porque está com raiva, ela é mais ligada emocionalmente do que ele.

EXAME.com – Sabe se já foi traída? Se sim, qual sua reação?

Kaur - Não sei. Se fui, a traição foi muito bem-feita. Se soubesse, eu ficaria arrasada como qualquer outra pessoa, mas antes de reagir ou ficar louca, eu iria procurar saber por que aconteceu, o que faltou.

EXAME.com – Você perdoaria uma traição?

Kaur - Se eu fiz alguma coisa, se foi uma falta do meu lado, sim. Eu até entenderia. É parte do ser humano, sei que a monogamia não está na nossa origem. Sei também que o homem é mais visual. No dia seguinte a datas especiais, como Dia dos Pais, das Mães, dos Namorados, o Ashley Madison sempre apresenta fluxo de acessos de cinco a dez vezes maior que o normal. Isso acontece porque as pessoas criam uma expectativa, mas são frustradas e acabam recorrendo à traição.

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