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Mulher com poliomielite lança livro escrito com a boca

No hospital que virou seu lar, Eliana lança hoje o livro "Pulmão de Aço - Uma vida no maior hospital do Brasil"

Entre 1955 e o final da década de 1970 quase seis mil crianças com pólio passaram pelo Hospital das Clínicas, sendo que sete sofriam a variação mais severa da doença (Antônio Milena/Site Exame)
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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 17h30.

São Paulo - Uma paciente de 38 anos do Hospital das Clínicas de São Paulo, que teve paralisia infantil e perdeu os movimentos do pescoço para baixo, apresenta nesta terça-feira sua autobiografia escrita com a boca.

Eliana Zagui vive há 36 anos na unidade de ortopedia do hospital desde que a poliomielite lhe causou graves paralisias que lhe impedem de movimentar-se e respirar sozinha, segundo o jornal "Folha de São Paulo".

Mesmo assim, a paciente estudou, aprendeu inglês, italiano e fez cursos de arte - tudo graças à boca que usa para escrever, pintar e digitar.

No hospital que virou seu lar, Eliana lança hoje o livro "Pulmão de Aço - Uma vida no maior hospital do Brasil", memórias que escreveu usando uma caneta amarrada a uma espátula e mais adiante no computador.

O livro, de 240 páginas, cujo título saiu de uma máquina inventada em 1920 na qual colocavam as pessoas com insuficiência respiratória, narra as experiência da paciente no hospital e as poucas vezes que saiu dali.

Entre 1955 e o final da década de 1970 quase seis mil crianças com pólio passaram pelo Hospital das Clínicas, sendo que sete sofriam a variação mais severa da doença.

"Nós nos apegávamos um ao outro, como numa grande família. Era a única maneira de suportar aquilo tudo", lembrou Eliana.

Entre todos eles, só sobreviveram a própria Eliana e Paulo Machado, de 43 anos, que divide o quarto com a amiga e cuja história também aparece no livro.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou em 1988 a Iniciativa Mundial pela Erradicação da Pólio, um programa que reduziu a incidência desta doença em 99%.

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Mesmo assim, a paciente estudou, aprendeu inglês, italiano e fez cursos de arte - tudo graças à boca que usa para escrever, pintar e digitar.

No hospital que virou seu lar, Eliana lança hoje o livro "Pulmão de Aço - Uma vida no maior hospital do Brasil", memórias que escreveu usando uma caneta amarrada a uma espátula e mais adiante no computador.

O livro, de 240 páginas, cujo título saiu de uma máquina inventada em 1920 na qual colocavam as pessoas com insuficiência respiratória, narra as experiência da paciente no hospital e as poucas vezes que saiu dali.

Entre 1955 e o final da década de 1970 quase seis mil crianças com pólio passaram pelo Hospital das Clínicas, sendo que sete sofriam a variação mais severa da doença.

"Nós nos apegávamos um ao outro, como numa grande família. Era a única maneira de suportar aquilo tudo", lembrou Eliana.

Entre todos eles, só sobreviveram a própria Eliana e Paulo Machado, de 43 anos, que divide o quarto com a amiga e cuja história também aparece no livro.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou em 1988 a Iniciativa Mundial pela Erradicação da Pólio, um programa que reduziu a incidência desta doença em 99%.

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