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Morre o cineasta francês René Vautier

Diretor viveu uma vida movimentada, entre fuga, prisão, greve de fome, ameaças e condenações, e se auto-proclamava "o cineasta francês mais censurado"

O cineasta francês René Vautier: diretor de cinema morreu num hospital da Bretanha, no oeste da França (Marcel Mochet/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 10h02.

Paris - René Vautier, cineasta francês conhecido por seu envolvimento em causas políticas e diretor do filme "20 anos nos montes Aurès", sobre os horrores da guerra da Argélia, morreu neste domingo aos 86 anos - informou sua família.

Vautier morreu num hospital da Bretanha (oeste da França), região onde morava, disse à AFP sua esposa, Soazig Chappedelaine Vautier.

O diretor viveu uma vida movimentada, entre fuga, prisão, greve de fome, ameaças e condenações, e se auto-proclamava "o cineasta francês mais censurado".

Ele também filmou "África 50", curta-metragem dirigido por ele aos 20 anos, que tornou-se o primeiro filme anticolonialista do cinema francês e foi censurado por quarenta anos - além de render a Vautier a condenação a um ano de prisão.

Sua temática foi sempre bastante voltada para a guerra da Argélia, especialmente com "Uma nação a Argélia" (1954), pelo qual foi processado por "atentado à segurança interior do Estado", "Argélia em chamas" (1958), e "20 anos nos montes Aurès".

Carro-chefe de sua filmografia, "20 anos nos montes Aurès" lhe rendeu o prêmio da crítica internacional no Festival de Cannes de 1972.

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Paris - René Vautier, cineasta francês conhecido por seu envolvimento em causas políticas e diretor do filme "20 anos nos montes Aurès", sobre os horrores da guerra da Argélia, morreu neste domingo aos 86 anos - informou sua família.

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O diretor viveu uma vida movimentada, entre fuga, prisão, greve de fome, ameaças e condenações, e se auto-proclamava "o cineasta francês mais censurado".

Ele também filmou "África 50", curta-metragem dirigido por ele aos 20 anos, que tornou-se o primeiro filme anticolonialista do cinema francês e foi censurado por quarenta anos - além de render a Vautier a condenação a um ano de prisão.

Sua temática foi sempre bastante voltada para a guerra da Argélia, especialmente com "Uma nação a Argélia" (1954), pelo qual foi processado por "atentado à segurança interior do Estado", "Argélia em chamas" (1958), e "20 anos nos montes Aurès".

Carro-chefe de sua filmografia, "20 anos nos montes Aurès" lhe rendeu o prêmio da crítica internacional no Festival de Cannes de 1972.

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