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Morre aos 91 anos o filósofo Zygmunt Bauman

Bauman foi um dos intelectuais chaves do século 20 e se manteve ativo até os seus últimos dias. Um de seus livros de maior sucesso é "amor líquido"

Bauman: no Brasil, sua obra era amplamente publicada pela Editora Zahar, que antes da notícia já planejava para janeiro uma nova obra, Estranhos À Nossa Porta (Zahar/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 15h49.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2018 às 11h32.

O sociólogo e filósofo polaco Zygmunt Bauman morreu nesta segunda-feira, 9, aos 91 anos. Ele vivia em Leeds, na Inglaterra , há décadas, e foi o criador do conceito "modernidade líquida".

Bauman foi um dos intelectuais chaves do século 20 e se manteve ativo até os seus últimos dias.

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Ele nasceu na Polônia em 1925, e quando criança teve que fugir com a família por conta do Nazismo. Em seguida, ele foi também exilado da URSS, expulso pelo Partido Comunista, em uma confusão marcada pelo antisemitismo envolvendo conflitos em Israel.

Ele se mudou para Tel Aviv, e mais tarde se instalou na Universidade de Leeds, na Inglaterra, onde permaneceu a maior parte da sua carreira.

Sua obra, que ganhou proeminência nos anos 1960, foi reconhecida com diversos prêmios, entre eles o Príncipe de Asturias de comunicação e humanidades, em 2010.

A informação foi divulgada pelo jornal polonês Gazeta Wyborzca.

No Brasil, sua obra era amplamente publicada pela Editora Zahar, que antes da notícia já planejava para janeiro uma nova obra, Estranhos À Nossa Porta, uma reflexão sobre a crise migratória na Europa.

Segundo a editora, Bauman analisa neste livro as origens, os contornos e o impacto desse "pânico moral" que os refugiados despertam em algumas pessoas.

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