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MIS celebra a contribuição de Georges Méliès ao cinema

Georges Méliès voltou com força no ano passado. Contribuiu para isso o longa "A Invenção de Hugo Cabret", de Martin Scorsese, que retrata sua fase final no cinema

Georges Méliès: depois de produzir mais de 500 filmes, ele foi à falência e é justamente esse período que aparece em "Hugo Cabret" (Wikimedia Commons)

Georges Méliès: depois de produzir mais de 500 filmes, ele foi à falência e é justamente esse período que aparece em "Hugo Cabret" (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2012 às 11h35.

São Paulo - Todo mundo sabe que o cinema, entre todas as artes, é a única que tem dia e hora de nascimento. Embora a projeção que os irmãos Lumière realizaram no Grand Caffé, de Paris, em 28 de dezembro de 1895, fosse a culminação de um longo processo, a data ficou para a posteridade. O cinematógrafo dos Lumière é o marco zero do cinema, mas eles - os irmãos Auguste e Louis - não acreditavam muito em seu invento. Diziam que não tinha futuro. Foi preciso que um mágico, Georges Méliès, com a sua mítica viagem à Lua, em 1902, afirmasse o potencial do cinematógrafo como máquina para fazer sonhar acordado.

Georges Méliès voltou com força no ano passado. Contribuiu, e muito, para isso o longa "A Invenção de Hugo Cabret", de Martin Scorsese, que retrata a fase final do inventor genial. Depois de produzir mais de 500 filmes, ele foi à falência e é justamente esse período que aparece em "Hugo Cabret". Antes disso, em maio de 2011, Cannes Classics se antecipara às comemorações dos 110 anos de "Viagem à Lua", exibindo a versão restaurada do filme. Historiadores lembraram que o cinema nasceu realista e documentário com os irmãos Lumière, mas que foi Méliès que lhe o formato aventuresco com que é identificado pelo público - e Méliès fez isso pensando no público das feiras populares, que era o seu público, pois ele era mágico.

Um grande evento que começa nesta terça no MIS, Museu da Imagem e do Som, reabre a discussão sobre quem, afinal de contas, foi esse homem - e artista - chamado Georges Méliès. A exposição "Mágico do Cinema" começou na Cinemateca Francesa, hoje presidida por Serge Toubiana, ex-redator chefe de "Cahiers du Cinéma". Seis seções reconstituem a trajetória do cineasta e de suas invenções revolucionárias. São elas: "Méliès Mágico", "Méliès Mágico e Cineasta", "O Estúdio Méliès", "O Universo Fantástico de Méliès", "A Viagem à Lua" e "Fim".

Painéis, pinturas, imagens em movimento. O público poderá conferir objetos originais dos filmes de Méliès, como figurinos, e também poderá assistir a 11 projeções de suas obras nas paredes do MIS. De uma forma um tanto reducionista, Méliès costuma ser apresentado como o grande precursor dos efeitos especiais. Ele, realmente, foi isso - e muito mais. Seu grande mérito, e foi o que fez dele uma figura fundamental, foi ter compreendido a natureza das novas técnicas da imagem, e em especial o movimento, num período em que a tecnologia e a ciência estavam mudando, e descortinando horizontes. Méliès intuiu o valor da montagem, antecipando-se a David W. Griffith e a Sergei M. Eisenstein As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Georges Méliès, mágico do cinema

MIS (Av. Europa, 158). Tel. (011) 2117-4777. 12 h/ 21 h (dom., 11 h/ 20 h; fecha 2ª). R$ 4. Até 16/9. Abertura terça, 19h, para convidados.

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