Repórter de Lifestyle
Publicado em 2 de junho de 2024 às 07h10.
O Descorchados é um consolidado guia de vinhos que traz, anualmente, avaliações de rótulos da Argentina, Chile, Uruguai, Brasil, Peru e Bolívia. Na edição de 2024, foram mais de 4.000 vinhos degustados de mais de 230 vinícolas argentinas, 210 chilenas, 35 vinícolas uruguaias , 40 brasileiras, 20 vinícolas peruanas e 5 vinícolas bolivianas.
No recorte feito com espumantes Moscatel do Brasil, três rótulos ficaram em primeiro lugar, dividindo a pontuação de 92. Foram eleitos os melhores: Monte Paschoal Moscatel Rosé Espumante N/V, Santa Augusta Moscatel Espumante 2023, e o Vallontano Moscatel Espumante N/V.
O guia Descorchados está à venda por R$ 295. Cada volume é separado por região, sendo um dedicado à Argentina e outro ao Chile. O terceiro é uma união entre Brasil, Uruguai, Bolívia e Peru.
No recorte feito apenas com espumantes brasileiros, elaborados pelo método charmat, o que recebeu a melhor pontuação foi o Ponto Nero Cult Nature, produzido na Serra Gaúcha. Na avaliação feita com espumantes elaborados pelo método tradicional, o Cave Geisse Terroir Nature 2020, Chardonnay, Pinot Noir, ficou com uma pontuação de 95, destacando-se em primeiro lugar.
Na elaboração de vinhos de borbulha, o método charmat é quando a segunda fermentação do espumante ocorre em tanques de inox. Já pelo método tradicional, essa fermentação é feita na garrafa.
No recorte feito apenas com vinhos tintos brasileiros, 24 estão entre os melhores (veja mais abaixo). A primeira colocação foi dividida entre dois rótulos que receberam 93 pontos – em uma escala que vai até 100. Foram os melhores o Baron Assemblage 2020, da Adolfo Lona, e o Sacramentos Sabina 2023, da Sacramentos Vinifer.
O vinho da célebre vinícola Catena é feito na região de Mendoza a cerca de 1.400 metros acima do nível do mar, ao norte do Vale do Gualtallary. O que mais chama a atenção neste rótulo é que ele não é envelhecido em barris de madeira, mas em tanques de concreto, processo feito pela primeira vez desde 2011. Isso tirou dele o aroma de madeira, mas conferiu uma explosão de aromas mais minerais e salinos. No Brasil chega importado pela Mistral.
O rótulo é elaborado na região de Altamira a cerca de 1.100 metros de altitude. O experiente enólogo Sebastián Zuccardi teve a ideia de eliminar toda a doçura do Malbec, recorrendo a colheitas precoces e solos ricos em cal. Isso tudo resultou em aromas extremamente florais e frutados, nada pesado. No Brasil é importado pela Grand Cru.