Médico diz que USADA sugeriu que ele acusasse Armstrong
Segundo o médico, o órgão ofereceu a ele "ficar fora das acusações, caso desse declarações contra o ciclista"
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2012 às 11h25.
Madri - O médico espanhol Luis García del Moral, que recebeu uma suspensão perpétua pela Agência Americana Antidoping (USADA) por suposta participação no caso de doping de Lance Armstrong , afirma que o órgão ofereceu a ele "ficar fora das acusações, caso desse declarações contra o ciclista".
Em comunicado no qual rejeita "qualquer participação" e não aceita as sanções da USADA, pelas quais recorrerá perante a Corte Arbitral do Esporte (CAS), del Moral afirma que tal pedido foi formulado em junho a seu representante legal. Segundo o médico, ele teria nove dias para dar uma resposta.
Del Moral defende que a USADA não tem jurisdição sobre ele por não ser cidadão americano e que, além disso, não tem relação com a US Postal desde 2003.
"Durante esses dias, meu representante legal entrou em contato com o representante da USADA, que ofereceu o acordo".
Na nota, del Moral diz que em nenhum momento participou de práticas ilegais durante seu trabalho como médico na US Postal, no período entre 1999 e 2003.
"Minha incumbência era a de preservar a saúde dos ciclistas e o staff técnico e o controle do rendimento físico dos ciclistas", disse.
Além disso, explica del Moral, "não houve, durante esses anos, nenhum caso de doping na equipe, nem lesões ou menos ainda doenças derivadas da minha atuação como médico, nem na época e nem posteriormente".
"Durante os anos em que atuei como médico da equipe US Postal, nunca fui testemunha de uso de substâncias ilegais no esporte. Nunca promovi ou facilitei algo relacionado com isso", ressaltou del Moral.
Perante os fatos que a USADA denuncia, nos quais também envolve o médico Pedro Celaya e o preparador José Martí, a Agência Espanhola Antidoping (AEA) está realizando um estudo a fim de determinar se as denúncias têm fundamento.