Marilyn e a nudez inesquecível
A musa negou o fotógrafo Bert Stern, mas permitiu que ele assinasse alguns dos seus retratos mais eróticos
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 07h14.
Paris - Na suíte 261 do Hotel Bel-Air de Los Angeles, Bert Stern fotografou 2.571 vezes uma loira de 1,66m de altura e 53 quilos.
A menina tinha uma pinta na bochecha esquerda, sorria e bebia champanhe. Se deixou retratar nua, muitas vezes. Inclusive mostrou à câmera uma cicatriz de sete centímetros no abdômen; uma marca que a humanizava.
A modelo era Marilyn Monroe . Aquela sessão de fotos memorável, que durou três dias e é conhecida como "The Last Sitting", aconteceu no final de junho de 1962. Algumas dessas imagens estão agora à venda em uma galeria parisiense.
Marilyn tinha 36 anos e seis semanas depois morreria por uma overdose de barbitúricos que o legista qualificou de "provável suicídio", que ainda é relacionada ao presidente americano John Fitzgerald Kennedy e seu irmão Bobby.
Durante as fotos, Stern combatia o cansaço com dextroanfetamina. O fotógrafo tinha conduzido a sessão com vodca e champanhe até acomodá-la em um território mais sensual. Ele queria fotografias carnais do mito e também dormir com Marilyn Monroe. Conseguiu só o primeiro.
Quase às três da manhã a atriz entrou no jogo. Agarrou um lençol de seda transparente, olhou através da tela e perguntou se gostaria de fazer fotos nuas.
Para o fotógrafo, que tinha 32 anos, se abriram as portas do céu. Era consciente que ter Marilyn nua em um quarto de hotel à mercê de sua câmera era "uma experiência única na vida", contaria depois.
Mas ele tinha algumas questões: tinha receio por causa da cicatriz que uma recente operação de vesícula tinha deixado. Stern disse que retocariam as imagens para apagá-la e Marilyn consultou seu cabeleireiro, George.
"O que você acha sobre fazer nus com cicatrizes?", perguntou a estrela. "Divino", respondeu George.
Stern não dormiu com Marilyn. A dextroanfetamina tirou seu apetite sexual, segundo contou na versão oficial. Ela flertou com o fotógrafo e depois o rejeitou, diz a versão sem cortes.
A musa o negou, mas permitiu que assinasse alguns dos retratos mais eróticos de Marilyn Monroe, um nome que rima com desejo.
O fotógrafo, o cabeleireiro, a atriz e os Kennedy estão mortos. Mas alguns desses nus, uma reportagem que a revista "Vogue" levou duas décadas para publicar, estarão a partir desta terça-feira e até o dia 25 de fevereiro nas paredes da Galerie de l"Instant, que celebra seu 10º aniversário com a exposição "Inoubliable Marilyn".
A mostra começa com retratos tirados em 1946 por Andre de Dienes, com uma Marilyn de 20 anos se escondendo em blusa de lã, e termina com a sugestiva sessão de Stern.
Entre instantâneas e fotos posadas assinadas por Sam Shaw, Philippe Halsman, Carl Perutz, George Barris, Ted Baron, Milton Greene, Laurence Schiller e Weegee ressuscitam a loira mais célebre do século XX.
A atriz aparece recostada em seu segundo marido, o dramaturgo Arthur Miller, lançando um impetuoso beijo à câmera, com um florido chapéu branco, deixando-se acariciar pelas ondas na beira do mar, ou sorrindo diante de um bolo de aniversário com estrelinhas.
"Marilyn não deixa de nos emocionar, nos fascinar. Sua aura atravessa o tempo e as gerações como se fosse mágica", resume a galerista Julia Gragnon, que estima que as o valor das fotografias variará entre 300 euros e 100 mil euros.
Paris - Na suíte 261 do Hotel Bel-Air de Los Angeles, Bert Stern fotografou 2.571 vezes uma loira de 1,66m de altura e 53 quilos.
A menina tinha uma pinta na bochecha esquerda, sorria e bebia champanhe. Se deixou retratar nua, muitas vezes. Inclusive mostrou à câmera uma cicatriz de sete centímetros no abdômen; uma marca que a humanizava.
A modelo era Marilyn Monroe . Aquela sessão de fotos memorável, que durou três dias e é conhecida como "The Last Sitting", aconteceu no final de junho de 1962. Algumas dessas imagens estão agora à venda em uma galeria parisiense.
Marilyn tinha 36 anos e seis semanas depois morreria por uma overdose de barbitúricos que o legista qualificou de "provável suicídio", que ainda é relacionada ao presidente americano John Fitzgerald Kennedy e seu irmão Bobby.
Durante as fotos, Stern combatia o cansaço com dextroanfetamina. O fotógrafo tinha conduzido a sessão com vodca e champanhe até acomodá-la em um território mais sensual. Ele queria fotografias carnais do mito e também dormir com Marilyn Monroe. Conseguiu só o primeiro.
Quase às três da manhã a atriz entrou no jogo. Agarrou um lençol de seda transparente, olhou através da tela e perguntou se gostaria de fazer fotos nuas.
Para o fotógrafo, que tinha 32 anos, se abriram as portas do céu. Era consciente que ter Marilyn nua em um quarto de hotel à mercê de sua câmera era "uma experiência única na vida", contaria depois.
Mas ele tinha algumas questões: tinha receio por causa da cicatriz que uma recente operação de vesícula tinha deixado. Stern disse que retocariam as imagens para apagá-la e Marilyn consultou seu cabeleireiro, George.
"O que você acha sobre fazer nus com cicatrizes?", perguntou a estrela. "Divino", respondeu George.
Stern não dormiu com Marilyn. A dextroanfetamina tirou seu apetite sexual, segundo contou na versão oficial. Ela flertou com o fotógrafo e depois o rejeitou, diz a versão sem cortes.
A musa o negou, mas permitiu que assinasse alguns dos retratos mais eróticos de Marilyn Monroe, um nome que rima com desejo.
O fotógrafo, o cabeleireiro, a atriz e os Kennedy estão mortos. Mas alguns desses nus, uma reportagem que a revista "Vogue" levou duas décadas para publicar, estarão a partir desta terça-feira e até o dia 25 de fevereiro nas paredes da Galerie de l"Instant, que celebra seu 10º aniversário com a exposição "Inoubliable Marilyn".
A mostra começa com retratos tirados em 1946 por Andre de Dienes, com uma Marilyn de 20 anos se escondendo em blusa de lã, e termina com a sugestiva sessão de Stern.
Entre instantâneas e fotos posadas assinadas por Sam Shaw, Philippe Halsman, Carl Perutz, George Barris, Ted Baron, Milton Greene, Laurence Schiller e Weegee ressuscitam a loira mais célebre do século XX.
A atriz aparece recostada em seu segundo marido, o dramaturgo Arthur Miller, lançando um impetuoso beijo à câmera, com um florido chapéu branco, deixando-se acariciar pelas ondas na beira do mar, ou sorrindo diante de um bolo de aniversário com estrelinhas.
"Marilyn não deixa de nos emocionar, nos fascinar. Sua aura atravessa o tempo e as gerações como se fosse mágica", resume a galerista Julia Gragnon, que estima que as o valor das fotografias variará entre 300 euros e 100 mil euros.