Líder Payá é enterrado em Havana
Mais de 300 pessoas acompanharam o corpo nos últimos momentos depois do velório oficiado pelo cardeal cubano, Jaime Ortega, na igreja que Payá costumava frequentar
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2012 às 20h43.
Havana - O opositor cubano Oswaldo Payá, morto no domingo em um acidente de trânsito, foi enterrado nesta terça-feira no Cemitério Colón de Havana, onde a dissidência interna denunciou várias prisões após o funeral.
Mais de 300 pessoas acompanharam o corpo nos últimos momentos depois do velório oficiado pelo cardeal cubano, Jaime Ortega, na igreja que Payá costumava frequentar.
Após o ato religioso, quando os presentes começaram a ir para o cemitério, aconteceram várias detenções ao redor da igreja, entre elas a do jornalista independente Guillermo Fariñas, informou à Agência Efe Elizardo Sánchez, líder da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN).
O grupo registrou até o momento entre seis e dez detenções, embora não descarte que possa ter havido mais.
Já no Cemitério de Colón, familiares, amigos, religiosos e membros da dissidência acompanharam o cortejo fúnebre da entrada do cemitério até a câmara mortuária familiar, com cantos religiosos e rezas, enquanto alguns faziam sinais da liberdade.
Dezenas de pessoas reunidas na capela principal do cemitério despediram-se de Payá com um aplauso ao fim da breve cerimônia celebrada pelos bispos auxiliares de Havana monsenhor Alfredo Petit e monsenhor Juan de Dios Hernández, e pelos amigos da família.
A viúva de Payá, Ofelia Acevedo, agradeceu na despedida pela companhia e colaboração dos 'irmãos da oposição' do ex-líder do Movimento Cristão de Libertação (MCL), assim como aos companheiros na organização e aos colegas de trabalho do marido.
'Seu trabalho silencioso com o povo de Cuba tornou possível o Projeto Varela, fez acontecer o Projeto Heredia e continuará dando frutos até conseguir finalmente que os cubanos conquistemos nossos direitos', afirmou Ofelia.
O opositor, que morreu aos 60 anos, foi levado ontem de Bayamo, onde no domingo aconteceu o acidente de trânsito, até Havana. Harold Cepero, de 31 anos, também cubano e membro do MCL, foi a outra vítima morta no acidente.
Payá foi o primeiro opositor cubano que recebeu o prêmio Sájarov do Parlamento Europeu em 2002 após lançar o Projeto Varela, uma proposta de transição democrática na ilha que o líder levou ao Parlamento com milhares de assinaturas.
Havana - O opositor cubano Oswaldo Payá, morto no domingo em um acidente de trânsito, foi enterrado nesta terça-feira no Cemitério Colón de Havana, onde a dissidência interna denunciou várias prisões após o funeral.
Mais de 300 pessoas acompanharam o corpo nos últimos momentos depois do velório oficiado pelo cardeal cubano, Jaime Ortega, na igreja que Payá costumava frequentar.
Após o ato religioso, quando os presentes começaram a ir para o cemitério, aconteceram várias detenções ao redor da igreja, entre elas a do jornalista independente Guillermo Fariñas, informou à Agência Efe Elizardo Sánchez, líder da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN).
O grupo registrou até o momento entre seis e dez detenções, embora não descarte que possa ter havido mais.
Já no Cemitério de Colón, familiares, amigos, religiosos e membros da dissidência acompanharam o cortejo fúnebre da entrada do cemitério até a câmara mortuária familiar, com cantos religiosos e rezas, enquanto alguns faziam sinais da liberdade.
Dezenas de pessoas reunidas na capela principal do cemitério despediram-se de Payá com um aplauso ao fim da breve cerimônia celebrada pelos bispos auxiliares de Havana monsenhor Alfredo Petit e monsenhor Juan de Dios Hernández, e pelos amigos da família.
A viúva de Payá, Ofelia Acevedo, agradeceu na despedida pela companhia e colaboração dos 'irmãos da oposição' do ex-líder do Movimento Cristão de Libertação (MCL), assim como aos companheiros na organização e aos colegas de trabalho do marido.
'Seu trabalho silencioso com o povo de Cuba tornou possível o Projeto Varela, fez acontecer o Projeto Heredia e continuará dando frutos até conseguir finalmente que os cubanos conquistemos nossos direitos', afirmou Ofelia.
O opositor, que morreu aos 60 anos, foi levado ontem de Bayamo, onde no domingo aconteceu o acidente de trânsito, até Havana. Harold Cepero, de 31 anos, também cubano e membro do MCL, foi a outra vítima morta no acidente.
Payá foi o primeiro opositor cubano que recebeu o prêmio Sájarov do Parlamento Europeu em 2002 após lançar o Projeto Varela, uma proposta de transição democrática na ilha que o líder levou ao Parlamento com milhares de assinaturas.