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Julio Iglesias é o latino que mais vendeu discos

Aos quase 70 anos e com mais de 300 milhões de discos vendidos, Julio Iglesias deixou claro que ainda não pensa em deixar os palcos

Julio Iglesias: apesar de sua eterna viagem pelo mundo, Julio Iglesias diz ser "muito espanhol, mas não o mais (espanhol). Longe disso". (Carlos Alvarez/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2013 às 17h24.

Pequim - Julio Iglesias recebeu nesta segunda-feira em Pequim o certificado do Guinness World Records ao artista latino que mais vendeu discos no mundo, prêmio com o qual inaugura uma viagem asiática na qual, a partir da próxima semana, estará acompanhado por sua mulher e por seus filhos.

"Trago para vocês na semana que vem", disse o cantor em entrevista à Agência Efe após receber seu prêmio das mãos do prestigiado pianista chinês Lang Lang, quem também o condecorou como o artista que mais vendeu discos na China, onde oferecerá três concertos: em Xangai, Shenzen, no sul do país, e Pequim.

Vestido com um traje preto e com seu inconfundível bronzeado, o artista dedicou belas palavras a sua família, que disse "amar mais do que a si mesmo", e ficou tímido ao lembrar ter dito que o "segredo da felicidade é a liberdade".

"Eu disse essas coisas? Que sem-vergonha!", brincou, mas reiterou que o "amor profundíssimo é o que aceita a liberdade. Não se pode amar ninguém se você não é livre".

Fiel a sua essência, o multifacetado cantor não titubeou ao responder que "continua pecando", mas admitiu que "já não tem muita graça para mim... Antes tinha mais, agora já não".

Aos quase 70 anos e com mais de 300 milhões de discos vendidos desde que entrou nas listas de sucessos mundiais com temas como "Gwendolyne", Julio Iglesias deixou claro que ainda não pensa em deixar os palcos.


Na viagem que o artista inicia agora pelo gigante asiático, sua esposa e seus filhos viajarão acompanhados de uma professora de chinês, já que o artista quer que "as crianças estudem mandarim", idioma em que ele se atreveu a cantar algumas canções.

O cantor garante ter "uma grande influência asiática" em sua vida, "não só pelo meu primeiro casamento", aponta, "mas pelo que aprendi de sua cultura" após viver em Hong Kong na década de 1970.

"É incrível o crescimento da China. Agora que vejo o progresso, me dou conta de que estavam certas as ideias que tinha sobre o futuro do país", comenta, embora nunca tenha previsto aonde chegaria hoje, 40 anos depois.

"Receber o prêmio de Lang Lang, um artistaço, é uma coisa que nunca imaginei em minha vida. Me enche de satisfação, porque eu amo muito esse país", ressaltou o cantor espanhol.

De suas palavras é possível perceber a paixão com que o músico se entrega ao trabalho, o que, garante, "não foi reduzida em minha vida", o que não lhe impede de impor certa disciplina em sua rotina.

"Se não tivesse (disciplina) - acrescenta - não poderia viajar para todos esses lugares", diz, prestes a iniciar uma turnê que também o levará a Coreia do Sul, Cingapura e Taiwan.


Apesar de sua eterna viagem pelo mundo, Julio Iglesias diz ser "muito espanhol, mas não o mais (espanhol). Longe disso".

Embora a princípio se mostre reticente para falar da crise da Espanha, argumentando que fazer isso "fora (do país) tem um certo grau de complicação, porque parece que é muito fácil", em seguida aborda o tema sem rodeios.

"Não entendo o que está havendo. Um país que pinta bem, que escreve bem, que canta bem, não merece famílias inteiras desempregadas", argumenta, e envolve números de desemprego com um tom quase poético.

"Como não vou lamentar que o povo tenha precisado partir em busca de uma nova pátria, que um país que foi feito por imigrantes se transforme em um de emigrantes".

Mesmo assim, o ídolo é otimista em relação ao potencial espanhol e sustenta que a "marca Espanha", da qual ele faz parte, "deve ser apoiada por todos os espanhóis".

"É muito atrativo que a Espanha ganhe sempre no futebol. É muito atrativo ter Rafa Nadal, o Real Madrid e o Barcelona... Mas é muito mais atrativo ver o povo espanhol forte e unido".

Entre brincadeiras, mas sem tirar a seriedade de suas declarações, exorta a retomar "diálogos profundos", a desenvolver "uma política não corrupta e saudável, já quase inexistente na Espanha".

O cantor lembrou seu passado de goleiro no Juvenil B do Real Madrid ao defender Iker Casillas como o "maior goleiro que a Espanha teve na história", embora pondere, diplomaticamente, que López "defendeu o gol lindamente".

Voltando ao tom romântico, que cativou as massas com temas emblemáticos como "Me va, me va", Julio Iglesias conclui que a Espanha precisa de "uma revolução pessoal". "De todos os espanhóis, na alma".

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Pequim - Julio Iglesias recebeu nesta segunda-feira em Pequim o certificado do Guinness World Records ao artista latino que mais vendeu discos no mundo, prêmio com o qual inaugura uma viagem asiática na qual, a partir da próxima semana, estará acompanhado por sua mulher e por seus filhos.

"Trago para vocês na semana que vem", disse o cantor em entrevista à Agência Efe após receber seu prêmio das mãos do prestigiado pianista chinês Lang Lang, quem também o condecorou como o artista que mais vendeu discos na China, onde oferecerá três concertos: em Xangai, Shenzen, no sul do país, e Pequim.

Vestido com um traje preto e com seu inconfundível bronzeado, o artista dedicou belas palavras a sua família, que disse "amar mais do que a si mesmo", e ficou tímido ao lembrar ter dito que o "segredo da felicidade é a liberdade".

"Eu disse essas coisas? Que sem-vergonha!", brincou, mas reiterou que o "amor profundíssimo é o que aceita a liberdade. Não se pode amar ninguém se você não é livre".

Fiel a sua essência, o multifacetado cantor não titubeou ao responder que "continua pecando", mas admitiu que "já não tem muita graça para mim... Antes tinha mais, agora já não".

Aos quase 70 anos e com mais de 300 milhões de discos vendidos desde que entrou nas listas de sucessos mundiais com temas como "Gwendolyne", Julio Iglesias deixou claro que ainda não pensa em deixar os palcos.


Na viagem que o artista inicia agora pelo gigante asiático, sua esposa e seus filhos viajarão acompanhados de uma professora de chinês, já que o artista quer que "as crianças estudem mandarim", idioma em que ele se atreveu a cantar algumas canções.

O cantor garante ter "uma grande influência asiática" em sua vida, "não só pelo meu primeiro casamento", aponta, "mas pelo que aprendi de sua cultura" após viver em Hong Kong na década de 1970.

"É incrível o crescimento da China. Agora que vejo o progresso, me dou conta de que estavam certas as ideias que tinha sobre o futuro do país", comenta, embora nunca tenha previsto aonde chegaria hoje, 40 anos depois.

"Receber o prêmio de Lang Lang, um artistaço, é uma coisa que nunca imaginei em minha vida. Me enche de satisfação, porque eu amo muito esse país", ressaltou o cantor espanhol.

De suas palavras é possível perceber a paixão com que o músico se entrega ao trabalho, o que, garante, "não foi reduzida em minha vida", o que não lhe impede de impor certa disciplina em sua rotina.

"Se não tivesse (disciplina) - acrescenta - não poderia viajar para todos esses lugares", diz, prestes a iniciar uma turnê que também o levará a Coreia do Sul, Cingapura e Taiwan.


Apesar de sua eterna viagem pelo mundo, Julio Iglesias diz ser "muito espanhol, mas não o mais (espanhol). Longe disso".

Embora a princípio se mostre reticente para falar da crise da Espanha, argumentando que fazer isso "fora (do país) tem um certo grau de complicação, porque parece que é muito fácil", em seguida aborda o tema sem rodeios.

"Não entendo o que está havendo. Um país que pinta bem, que escreve bem, que canta bem, não merece famílias inteiras desempregadas", argumenta, e envolve números de desemprego com um tom quase poético.

"Como não vou lamentar que o povo tenha precisado partir em busca de uma nova pátria, que um país que foi feito por imigrantes se transforme em um de emigrantes".

Mesmo assim, o ídolo é otimista em relação ao potencial espanhol e sustenta que a "marca Espanha", da qual ele faz parte, "deve ser apoiada por todos os espanhóis".

"É muito atrativo que a Espanha ganhe sempre no futebol. É muito atrativo ter Rafa Nadal, o Real Madrid e o Barcelona... Mas é muito mais atrativo ver o povo espanhol forte e unido".

Entre brincadeiras, mas sem tirar a seriedade de suas declarações, exorta a retomar "diálogos profundos", a desenvolver "uma política não corrupta e saudável, já quase inexistente na Espanha".

O cantor lembrou seu passado de goleiro no Juvenil B do Real Madrid ao defender Iker Casillas como o "maior goleiro que a Espanha teve na história", embora pondere, diplomaticamente, que López "defendeu o gol lindamente".

Voltando ao tom romântico, que cativou as massas com temas emblemáticos como "Me va, me va", Julio Iglesias conclui que a Espanha precisa de "uma revolução pessoal". "De todos os espanhóis, na alma".

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