Casual

Juliana Pereira, CEO da Montblanc, compartilha os planos da maison para o país

Perto de comemorar 30 anos da primeira butique no Brasil, a Montblanc anuncia Juliana Pereira como CEO da maison no país

Juliana Pereira: investimento em inovação e sustentabilidade (Leandro Fonseca/Exame)

Juliana Pereira: investimento em inovação e sustentabilidade (Leandro Fonseca/Exame)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 2 de agosto de 2024 às 10h58.

Última atualização em 5 de agosto de 2024 às 15h28.

Tudo sobreMontblanc
Saiba mais

A centenária Montblanc é uma marca bastante conhecida pelos brasileiros. A primeira butique da marca alemã nas Américas foi inaugurada em São Paulo em 1995, antes mesmo de Nova York, conta Juliana Pereira, CEO da Montblanc no Brasil. Quase 30 anos depois, pela primeira vez uma CEO mulher e latino-americana está no comando da operação brasileira, desde abril passado.

Há 13 anos trabalhando com a marca, anteriormente como líder na área de comunicação e marketing, Pereira continuará investindo em inovação e sustentabilidade enquanto fortalece sua presença e seu relacionamento com os clientes. “Estamos sempre buscando novas oportunidades para otimizar nossas operações e adaptá-las às mudanças do mercado”, diz.

Além do e-commerce, a maison conta atualmente com nove butiques no Brasil, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, Campinas e São Paulo. Entre os segmentos de atuação da Montblanc estão instrumentos de escrita, relógios, artigos de couro e gadgets.

Em sua primeira entrevista no novo cargo, Pereira compartilha sua visão sobre os desafios, a trajetória da marca e suas estratégias para o futuro.

Qual é a percepção do mercado brasileiro em relação aos produtos Montblanc?

O brasileiro gosta de novidade e diferenciação, mas também valoriza o clássico e o atemporal. Atender a essas demandas é um desafio, mas temos conseguido com a ajuda do nosso diretor criativo, Marco Tomasetta, que traz frescor e funcionalidade aos nossos produtos.

O Brasil sempre foi um mercado intrigante e desafiador. Quais são os maiores obstáculos da Montblanc no país?

O maior desafio é tornar a marca mais presente e sustentável no Brasil, considerando a economia e a tributação, que estão em constante mudança. Precisamos organizar nossos esforços para acompanhar as reformas econômicas sem grandes flutuações no negócio. Empresas internacionais enfrentam o agravante das margens de importação, mas o objetivo é otimizar operações e continuar investindo no país.

A Montblanc tem uma longa trajetória no Brasil. Como está sendo essa jornada?

A Montblanc está no Brasil desde os anos 1990, inicialmente com distribuição por meio de dealers. A primeira butique das Américas foi inaugurada aqui em 1995, antes mesmo de Nova York. Nosso desafio é continuar essa história de forma sustentável.

Como a Montblanc tem atraído um público mais jovem?

As cores e os novos formatos têm ajudado a atrair um público mais jovem e também as mulheres. Embora a Montblanc sempre tenha tido um fluxo grande- de mulheres comprando para dar de presente, agora vemos mais compras para uso pessoal.

Como a Montblanc equilibra tradição e inovação?

Nosso desafio é rejuvenescer uma marca centenária sem destruir sua tradição. Tomasetta tem feito isso muito bem, trazendo uma modernidade que mantém a essência da Montblanc. Celebramos 100 anos da Meisterstück com uma edição especial inspirada em um protótipo antigo. As cores usadas eram autênticas e traziam uma modernidade que respeita nossa história.

Você é a primeira mulher e brasileira a ocupar a posição de CEO no país. Como foi essa transição?

Foi muito gratificante receber a reação positiva de todos, tanto interna quanto externamente. Sinto uma grande responsabilidade por ser a primeira mulher e brasileira no cargo, mas também levo isso com tranquilidade. Conheço bem a equipe, a marca e o mercado, o que facilita a transição e me dá segurança para agregar ao negócio.

O que você vê para o futuro da Montblanc no Brasil?

Queremos continuar investindo em inovação e sustentabilidade, enquanto fortalecemos nossa presença e nosso relacionamento com os clientes. Estamos sempre buscando novas oportunidades para otimizar nossas operações e adaptá-las às mudanças do mercado, garantindo que a Montblanc continue sendo uma referência no setor.

Acompanhe tudo sobre:MontblancCEOsRelógiosLuxo

Mais de Casual

Conheça o hotel de luxo com diárias de R$ 180 mil em que Gabigol está hospedado no Japão

"João Fonseca pode chegar muito mais longe do que eu”, diz Guga Kuerten

História e inovação: Tommy Hilfiger Watches renova coleção TH85

A mansão mais cara do Brasil será demolida para construção de condomínio de luxo; veja os detalhes