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Johnny Depp diz ter buscado mal interior para viver gângster

O ator disse que não teve que cavar fundo para buscar seu lado mau na interpretação do gângster irlandês-americano James "Whitey" Bulger em filme


	O ator Johnny Depp: "encontrei o mal em mim muito tempo atrás e o aceitei, somos velhos amigos"
 (Getty Images)

O ator Johnny Depp: "encontrei o mal em mim muito tempo atrás e o aceitei, somos velhos amigos" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2015 às 17h01.

Veneza - O ator Johnny Depp afirmou que não teve que cavar fundo para buscar seu lado mau na interpretação do gângster irlandês-americano James "Whitey" Bulger no filme "Aliança do Crime", exibido nesta sexta-feira fora da competição no Festival Internacional de Cinema de Veneza.

"Encontrei o mal em mim muito tempo atrás e o aceitei, somos velhos amigos", disse Depp quando indagado sobre como trocou o fanfarrão Capitão Jack Sparrow de "Piratas do Caribe" pelo criminoso de Boston.

Bulger, de 86 anos, que foi capturado na Califórnia em 2011 após passar 16 anos foragido, está cumprindo duas penas de prisão perpétua por ordenar ou cometer 11 assassinatos nos anos 1970 e 80.

Depp, que usou lentes de contato azuis para disfarçar os olhos escuros no papel, declarou que, embora Bulger tenha se recusado a ajudar o ator a retratá-lo, trabalhou com o pressuposto de que o condenado não se vê como fundamentalmente mau.

"Acho que você tem que simplesmente abordá-lo como um ser humano, no sentido de que ninguém se levanta de manhã e faz a barba ou escova os dentes e olha no espelho e pensa 'sou mau' ou 'vou fazer algo mau hoje'", disse Depp em entrevista coletiva.

"Acho que, no contexto de seu negócio... a violência não só era parte do trabalho, digamos, mas também era uma espécie de linguagem que as pessoas às quais ele se associou e às quais se opôs... entendiam." "Aliança do Crime" explora o reinado de Bulger como chefe do submundo irlandês-americano e as conexões íntimas que ele forjou com a polícia federal dos Estados Unidos (FBI), que o usou como informante pago para deter a máfia ítalo-americana rival, mas ao mesmo tempo fez vista grossa às suas próprias atividades criminosas.

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