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Instituto expõe peças de jovens com transtornos psicológicos

As peças em madeira, esculpidas manualmente, têm temáticas voltadas a objetos presentes no cotidiano desses jovens

Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, mostra peças produzidas por jovens com transtornos psicológico (Divulgação/Instituto Tomie Ohtake)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2015 às 07h39.

São Paulo - Uma mostra em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, na zona oeste da capital paulista, expõe trabalhos feitos por um grupo de 40 adolescentes com transtornos psicológicos .

As peças em madeira, esculpidas manualmente, têm temáticas voltadas a objetos presentes no cotidiano deles, como casinhas, mesinhas, bonecos e carrinhos de rolimã.

De acordo com o psiquiatra William Luiz Aoqui, coordenador do Centro de Atenção Psicossocial (CAPSi) Vila Maria, a inclusão desses jovens no ambiente das artes proporcionou um salto de qualidade no tratamento.

“A gente tinha adolescente que ficava na rua e usuários de substâncias que, depois que vieram para cá, conseguiram aderir melhor ao tratamento. Porque tem aquela questão do estigma, de ir ao Capsi, o adolescente tem um pouco de receio. Só de a gente trabalhar num ambiente fora, já traz outra perspectiva”, disse William.

Os principais transtornos apresentados por esses adolescentes, segundo Aoqui, são autismo, depressão , déficit de atenção, hiperatividade, esquizofrenia, transtornos psicóticos, uso de drogas, além de sequelas por serem vítimas de violência, abusos e negligência.

“Muitas vezes, eles estão incapacitados de ter o desenvolvimento pleno, muitas vezes não conseguem ir para a escola, ser alfabetizadas, não conseguem brincar, sair de casa, desenvolver autonomia”, explica o médico. Ele ressalta que o principal obstáculo ao tratamento desses jovens ainda é o preconceito e a negação da condição.

Luís Soares, coordenador do Projeto Marcenaria do Tomie Ohtake, desenvolvido em parceria com a prefeitura de São Paulo , diz que os adolescentes têm idade entre 11 e 15 anos.

Alguns dos jovens artistas fazem tratamento em dois centro de Atenção Psicossocial (CAPSi), dos bairros Vila Maria e Lapa. Outra parte do grupo cumpriu medida socioeducativa na Fundação Casa ou mora em abrigos da prefeitura.

“Esse curso é feito por meio de leis de incentivo, mas o instituto arca com os custos de transporte, lanches e materiais”, disse Luis. As aulas ocorrem semanalmente em oficina dentro do próprio Tomie Ohtake, em Pinheiros.

Alcino Bastos, engenheiro aposentado, visitou a exposição esta semana e aprovou a iniciativa. “Vi essa parte de marcenaria, achei legal, são trabalhos simples, mas muito interessantes. Gostei de ver, ainda mais sabendo que são pessoas com problemas mentais”, afirmou.

A mostra começou no dia no último dia 16 e pode ser visitada até 10 de janeiro. O instituto Tomie Ohtake está localizado na Rua Coropés, número 88.

Funciona de terça a domingo, das 11h às 20h, com entrada permitida até as 19h. Os ingressos custam R$ 10. Crianças com até 10 anos e portadores de necessidades especiais têm entrada gratuita.

Às terças-feiras, a entrada é gratuita mediante a retirada de senhas na bilheteria do local.

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São Paulo - Uma mostra em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, na zona oeste da capital paulista, expõe trabalhos feitos por um grupo de 40 adolescentes com transtornos psicológicos .

As peças em madeira, esculpidas manualmente, têm temáticas voltadas a objetos presentes no cotidiano deles, como casinhas, mesinhas, bonecos e carrinhos de rolimã.

De acordo com o psiquiatra William Luiz Aoqui, coordenador do Centro de Atenção Psicossocial (CAPSi) Vila Maria, a inclusão desses jovens no ambiente das artes proporcionou um salto de qualidade no tratamento.

“A gente tinha adolescente que ficava na rua e usuários de substâncias que, depois que vieram para cá, conseguiram aderir melhor ao tratamento. Porque tem aquela questão do estigma, de ir ao Capsi, o adolescente tem um pouco de receio. Só de a gente trabalhar num ambiente fora, já traz outra perspectiva”, disse William.

Os principais transtornos apresentados por esses adolescentes, segundo Aoqui, são autismo, depressão , déficit de atenção, hiperatividade, esquizofrenia, transtornos psicóticos, uso de drogas, além de sequelas por serem vítimas de violência, abusos e negligência.

“Muitas vezes, eles estão incapacitados de ter o desenvolvimento pleno, muitas vezes não conseguem ir para a escola, ser alfabetizadas, não conseguem brincar, sair de casa, desenvolver autonomia”, explica o médico. Ele ressalta que o principal obstáculo ao tratamento desses jovens ainda é o preconceito e a negação da condição.

Luís Soares, coordenador do Projeto Marcenaria do Tomie Ohtake, desenvolvido em parceria com a prefeitura de São Paulo , diz que os adolescentes têm idade entre 11 e 15 anos.

Alguns dos jovens artistas fazem tratamento em dois centro de Atenção Psicossocial (CAPSi), dos bairros Vila Maria e Lapa. Outra parte do grupo cumpriu medida socioeducativa na Fundação Casa ou mora em abrigos da prefeitura.

“Esse curso é feito por meio de leis de incentivo, mas o instituto arca com os custos de transporte, lanches e materiais”, disse Luis. As aulas ocorrem semanalmente em oficina dentro do próprio Tomie Ohtake, em Pinheiros.

Alcino Bastos, engenheiro aposentado, visitou a exposição esta semana e aprovou a iniciativa. “Vi essa parte de marcenaria, achei legal, são trabalhos simples, mas muito interessantes. Gostei de ver, ainda mais sabendo que são pessoas com problemas mentais”, afirmou.

A mostra começou no dia no último dia 16 e pode ser visitada até 10 de janeiro. O instituto Tomie Ohtake está localizado na Rua Coropés, número 88.

Funciona de terça a domingo, das 11h às 20h, com entrada permitida até as 19h. Os ingressos custam R$ 10. Crianças com até 10 anos e portadores de necessidades especiais têm entrada gratuita.

Às terças-feiras, a entrada é gratuita mediante a retirada de senhas na bilheteria do local.

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