Indicados do Emmy revelam diversidade maior do que Oscar
Cerca de 21 atores de todo o espectro étnico receberam indicações aos principais prêmios da televisão dos Estados Unidos neste ano
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2016 às 12h03.
Seis meses depois de a campanha #Oscarssowhite ( Oscar tão branco, em inglês) abalar a maior premiação de cinema do mundo, os indicados do Emmy estão contando uma história diferente --e muito mais colorida.
Cerca de 21 atores de todo o espectro étnico receberam indicações aos principais prêmios da televisão dos Estados Unidos neste ano.
Pela primeira vez nos 68 anos de história do Emmy, homens negros foram indicados em todas as seis categorias de melhor ator.
E isso não é tudo. Os organizadores do Emmy foram pródigos em indicações a séries como "Mr. Robot", protagonizada pelo egípcio-norte-americano Rami Malek no papel de um hacker sem traquejo social e a cômica "black-ish", sobre uma família afro-norte-americana.
Há também "Master of None", criada pelo ator Aziz Ansari e seu parceiro de roteiro asiático-norte-americano Alan Yang, e a criação do julgamento de O.J. Simpson por duplo assassinato em 1995 do canal FX vista pelo prisma das relações raciais modernas do país em "O Povo contra O.J. Simpson".
"Parabéns à Academia de Televisão e à indústria da TV como um todo por mostrarem o caminho ao restante da indústria", disse Gil Robertson, presidente da Associação de Críticos de Cinema Afro-Norte-Americana.
"Elas estão respondendo às suas plateias. Está claro que elas prestaram atenção e que estão mostrando respeito pelos grupos diversos da população que servem. Isso é um bom negócio", acrescentou Robertson.
Parte da diversidade maior na TV se deve ao número impressionante de programas roteirizados --cerca de 400 no momento-- hoje disponíveis nos principais canais abertos e a cabo e em plataformas de streaming como Amazon, Netflix e Hulu.
A televisão também tem um tempo de produção menor do que os filmes, que podem demorar anos entre o desenvolvimento e a estreia.
Livres das exigências de anunciantes nas novas plataformas, os produtores estão assumindo riscos no conteúdo e no elenco, e a TV tradicional está tomando nota tanto diante quanto, principalmente, atrás das câmeras.
Entre as novas atrações da temporada 2016-17, que começa na próxima semana, estão a série "Insecure", da HBO, sobre a amizade entre duas afro-norte-americanas criada e estrelada pela ex-YouTuber Issa Rae; "24:Legacy", da Fox, que traz o ator negro Corey Hawkins no papel principal vivido no passado por Kiefer Sutherland; "Still Star-Crossed", história pós-Romeu e Julieta da ABC que transcende raças, e "Emerald City", da rede NBC.
As atrizes latinas Jennifer Lopez e America Ferrara são produtoras e protagonistas da série policial "Shades of Blue", da NBC, e da comédia multiétnica "Superstore", respectivamente.
Mas ainda há muito a ser feito. Um relatório desta semana do Sindicato de Diretores da América revelou que as minorias étnicas só dirigiram 19 por cento dos episódios de 299 seriados de TV que o estudo examinou durante a temporada de 2015, um aumento de só 1 por cento em relação ao ano anterior.
Seis meses depois de a campanha #Oscarssowhite ( Oscar tão branco, em inglês) abalar a maior premiação de cinema do mundo, os indicados do Emmy estão contando uma história diferente --e muito mais colorida.
Cerca de 21 atores de todo o espectro étnico receberam indicações aos principais prêmios da televisão dos Estados Unidos neste ano.
Pela primeira vez nos 68 anos de história do Emmy, homens negros foram indicados em todas as seis categorias de melhor ator.
E isso não é tudo. Os organizadores do Emmy foram pródigos em indicações a séries como "Mr. Robot", protagonizada pelo egípcio-norte-americano Rami Malek no papel de um hacker sem traquejo social e a cômica "black-ish", sobre uma família afro-norte-americana.
Há também "Master of None", criada pelo ator Aziz Ansari e seu parceiro de roteiro asiático-norte-americano Alan Yang, e a criação do julgamento de O.J. Simpson por duplo assassinato em 1995 do canal FX vista pelo prisma das relações raciais modernas do país em "O Povo contra O.J. Simpson".
"Parabéns à Academia de Televisão e à indústria da TV como um todo por mostrarem o caminho ao restante da indústria", disse Gil Robertson, presidente da Associação de Críticos de Cinema Afro-Norte-Americana.
"Elas estão respondendo às suas plateias. Está claro que elas prestaram atenção e que estão mostrando respeito pelos grupos diversos da população que servem. Isso é um bom negócio", acrescentou Robertson.
Parte da diversidade maior na TV se deve ao número impressionante de programas roteirizados --cerca de 400 no momento-- hoje disponíveis nos principais canais abertos e a cabo e em plataformas de streaming como Amazon, Netflix e Hulu.
A televisão também tem um tempo de produção menor do que os filmes, que podem demorar anos entre o desenvolvimento e a estreia.
Livres das exigências de anunciantes nas novas plataformas, os produtores estão assumindo riscos no conteúdo e no elenco, e a TV tradicional está tomando nota tanto diante quanto, principalmente, atrás das câmeras.
Entre as novas atrações da temporada 2016-17, que começa na próxima semana, estão a série "Insecure", da HBO, sobre a amizade entre duas afro-norte-americanas criada e estrelada pela ex-YouTuber Issa Rae; "24:Legacy", da Fox, que traz o ator negro Corey Hawkins no papel principal vivido no passado por Kiefer Sutherland; "Still Star-Crossed", história pós-Romeu e Julieta da ABC que transcende raças, e "Emerald City", da rede NBC.
As atrizes latinas Jennifer Lopez e America Ferrara são produtoras e protagonistas da série policial "Shades of Blue", da NBC, e da comédia multiétnica "Superstore", respectivamente.
Mas ainda há muito a ser feito. Um relatório desta semana do Sindicato de Diretores da América revelou que as minorias étnicas só dirigiram 19 por cento dos episódios de 299 seriados de TV que o estudo examinou durante a temporada de 2015, um aumento de só 1 por cento em relação ao ano anterior.