Incerteza e esperança são as palavras de Cuba em Londres
A delegação cubana terá 110 atletas disputando 14 modalidades, uma equipe menor que a de Pequim, que contou com 162 competidores em brigando
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2012 às 19h54.
Havana - Depois de ter obtido em Pequim o menor número de medalhas desde os Jogos Olímpicos de 1980, em Moscou, Cuba desembarca em Londres vivendo um misto de incertezas e esperanças, apostando no ouro em esportes como boxe, luta e atletismo.
A delegação cubana terá 110 atletas disputando 14 modalidades, uma equipe menor que a de Pequim, que contou com 162 competidores em brigando por medalhas em 18 modalidades.
Uma das justificativas para a redução da equipe olímpica é que pela primeira vez em meio século Cuba não conseguiu vaga nos esportes coletivos.
O astro cubano nos Jogos de Londres é o corredor Dayron Robles, ouro nos 110 metros com barreiras em Pequim. 'Por ser campeão olímpico, minha expectativa é sempre renovar os títulos. Estamos trabalhando para estar na melhor forma possível em Londres', disse Robles à Agência Efe, em janeiro passado.
Dono do recorde mundial, Robles espera superar um ciclo olímpico 'complicado', em uma temporada que seis corredores superaram seus melhores tempos. Seu grande rival é o chinês Liu Xiang, que igualou sua marca, mas não teve tempo homologado devido ao vento.
O atletismo é o carro-chefe do país caribenho, comn 47 atletas divididos em 25 provas. O presidente da Federação Cubana de Atletismo, Alberto Juantorena, que fez história em Montreal-1976, com ouros nos 400 e 800 metros, disse à Efe que o país terá vários atletas que estão na elite mundial, mas que é muito difícil fazer qualquer tipo de prognóstico.
Além de Robles, Juantonera mencionou outros candidatos a conquistar medalha na capital britânica, como o lançador de dardo Guillermo Martínez, a de martelo Yipsy Moreno, o decatleta Leonel Suárez e David Giralt, do salto triplo.
Outra das modalidades em que Cuba é competitiva e sempre favorita é o boxe. Ao todo, oito pugilistas estarão em Londres. A expectativa do técnico Rolando Acebal é que todos consigam pelo menos subir ao pódio.
Julio César la Cruz, capitão da seleção cubana e favorito ao ouro, prometeu uma melhor atuação em comparação Pequim, quando oito medalhas vieram, mas nenhuma delas douradas - foram quatro pratas e quatro bronzes.
Outra das esperanças de medalha é o porta-bandeira da delegação cubana na capital britânica, Mijaín López, campeão olímpico e quatro vezes melhor do mundo na luta greco-romana para atletas de até 120 quilos.
Cuba ainda espera somar medalhas em esportes onde tem tradição, como judô, taekwondo, canoagem, ciclismo e saltos ornamentais.
É significativo que na esgrima, esporte no qual acumula cinco ouros, cinco pratas e seis bronzes, Cuba não conseguiu vagas em categoria alguma pela primeira vez desde Helsinque 1952.
Ainda assim, o que teve maior repercussão é a ausência de Cuba nos esportes coletivos, inclusive no vôlei feminino. Tricampeã olímpica (1992, 1996 e 200), a seleção do país disputou as últimas 10 edições dos Jogos. A última medalha foi o bronze em Atenas-2004.
Nas modalidades masculinas, a ausência dos Jogos começou já em Sydney-2000 e só aumentou devido a deserção de atletas, problema que causou danos irreparáveis, inclusive, à seleção de basquete.
As autoridades esportivas cubanas admitiram recentemente que 27 atletas do país, de diferentes modalidades deixaram o país.
No quadro geral de medalhas, os melhores resultados olímpicos de Cuba nos últimos 40 anos foram registrados em Moscou-1980, com o quarto lugar, apesar do baixo número de medalhas - 20 no total, com oito ouros, sete pratas e cinco bronzes.
Após os boicotes às edições de 1984, em Los Angeles, e 1998, em Seul, veio o quinto lugar em Barcelona-1992, com 14 ouros, seis pratas e 11 bronzes.
Em Pequim, os números foram considerados muito abaixo do potencial cubano, já que o país foi o 28º no quadro geral de medalhas, com duas medalhas douradas, 11 de prata e 11 de bronze.
Na história, em 18 participações olímpicas, o país caribenho conquistou 67 ouros, 64 pratas e 63 bronzes, totalizando 194 medalhas.
Havana - Depois de ter obtido em Pequim o menor número de medalhas desde os Jogos Olímpicos de 1980, em Moscou, Cuba desembarca em Londres vivendo um misto de incertezas e esperanças, apostando no ouro em esportes como boxe, luta e atletismo.
A delegação cubana terá 110 atletas disputando 14 modalidades, uma equipe menor que a de Pequim, que contou com 162 competidores em brigando por medalhas em 18 modalidades.
Uma das justificativas para a redução da equipe olímpica é que pela primeira vez em meio século Cuba não conseguiu vaga nos esportes coletivos.
O astro cubano nos Jogos de Londres é o corredor Dayron Robles, ouro nos 110 metros com barreiras em Pequim. 'Por ser campeão olímpico, minha expectativa é sempre renovar os títulos. Estamos trabalhando para estar na melhor forma possível em Londres', disse Robles à Agência Efe, em janeiro passado.
Dono do recorde mundial, Robles espera superar um ciclo olímpico 'complicado', em uma temporada que seis corredores superaram seus melhores tempos. Seu grande rival é o chinês Liu Xiang, que igualou sua marca, mas não teve tempo homologado devido ao vento.
O atletismo é o carro-chefe do país caribenho, comn 47 atletas divididos em 25 provas. O presidente da Federação Cubana de Atletismo, Alberto Juantorena, que fez história em Montreal-1976, com ouros nos 400 e 800 metros, disse à Efe que o país terá vários atletas que estão na elite mundial, mas que é muito difícil fazer qualquer tipo de prognóstico.
Além de Robles, Juantonera mencionou outros candidatos a conquistar medalha na capital britânica, como o lançador de dardo Guillermo Martínez, a de martelo Yipsy Moreno, o decatleta Leonel Suárez e David Giralt, do salto triplo.
Outra das modalidades em que Cuba é competitiva e sempre favorita é o boxe. Ao todo, oito pugilistas estarão em Londres. A expectativa do técnico Rolando Acebal é que todos consigam pelo menos subir ao pódio.
Julio César la Cruz, capitão da seleção cubana e favorito ao ouro, prometeu uma melhor atuação em comparação Pequim, quando oito medalhas vieram, mas nenhuma delas douradas - foram quatro pratas e quatro bronzes.
Outra das esperanças de medalha é o porta-bandeira da delegação cubana na capital britânica, Mijaín López, campeão olímpico e quatro vezes melhor do mundo na luta greco-romana para atletas de até 120 quilos.
Cuba ainda espera somar medalhas em esportes onde tem tradição, como judô, taekwondo, canoagem, ciclismo e saltos ornamentais.
É significativo que na esgrima, esporte no qual acumula cinco ouros, cinco pratas e seis bronzes, Cuba não conseguiu vagas em categoria alguma pela primeira vez desde Helsinque 1952.
Ainda assim, o que teve maior repercussão é a ausência de Cuba nos esportes coletivos, inclusive no vôlei feminino. Tricampeã olímpica (1992, 1996 e 200), a seleção do país disputou as últimas 10 edições dos Jogos. A última medalha foi o bronze em Atenas-2004.
Nas modalidades masculinas, a ausência dos Jogos começou já em Sydney-2000 e só aumentou devido a deserção de atletas, problema que causou danos irreparáveis, inclusive, à seleção de basquete.
As autoridades esportivas cubanas admitiram recentemente que 27 atletas do país, de diferentes modalidades deixaram o país.
No quadro geral de medalhas, os melhores resultados olímpicos de Cuba nos últimos 40 anos foram registrados em Moscou-1980, com o quarto lugar, apesar do baixo número de medalhas - 20 no total, com oito ouros, sete pratas e cinco bronzes.
Após os boicotes às edições de 1984, em Los Angeles, e 1998, em Seul, veio o quinto lugar em Barcelona-1992, com 14 ouros, seis pratas e 11 bronzes.
Em Pequim, os números foram considerados muito abaixo do potencial cubano, já que o país foi o 28º no quadro geral de medalhas, com duas medalhas douradas, 11 de prata e 11 de bronze.
Na história, em 18 participações olímpicas, o país caribenho conquistou 67 ouros, 64 pratas e 63 bronzes, totalizando 194 medalhas.