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Grécia aposta em ilhas "livres da covid" para recuperar o turismo

Para se preparar para a temporada turística, da qual depende sua economia, a Grécia apostou na vacinação da população local e começou a abrir progressivamente escolas e comércios

As ilhas e o litoral grego são um dos principais destinos turísticos de verão da Europa (Allard Schager/Getty Images)

As ilhas e o litoral grego são um dos principais destinos turísticos de verão da Europa (Allard Schager/Getty Images)

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AFP

Publicado em 25 de abril de 2021 às 14h01.

Sentado em uma cadeira em frente ao dispensário de Elafonisos, Panagiotis Aronis, residente desta pequena ilha turística na ponta da península do Peloponeso, no sul da Grécia, espera sua vez de receber a segunda dose da vacina contra a covid-19.

A Grécia tem se esforçado para vacinar os habitantes de dezenas de pequenas ilhas nos mares Egeu (leste) e Jônico (oeste) antes de se concentrar nas maiores antes do início oficial da temporada turística, em meados de maio.

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Uma van transportando centenas de doses da vacina em caixas especiais está estacionada em frente ao dispensário. O veículo chegou na sexta-feira de manhã a bordo do ferry "Elafonisos", que liga a ilha ao porto vizinho de Pounta, na Grécia continental.

No final do dia, após terminar a vacinação no dispensário, ela se dirigiu a um lar de idosos para continuar sua tarefa.

A vacina "escudo"

A prefeita de Elafonisos, Efi Liarou, garante que "70% da população da ilha será vacinada até meados de maio, o que constitui uma espécie de escudo para os habitantes".

"É uma etapa muito importante que garante a abertura da temporada turística e passa uma mensagem de otimismo", frisa, satisfeita com a "identidade covid-free" da sua ilha de 18km2.

Elafonisos recebe 200.000 turistas anualmente, mas no ano passado foram poucos os visitantes devido à pandemia. A indústria do turismo sofreu um duro golpe.

"O ritmo de vacinação nas ilhas é rápido" porque o transporte das vacinas é complicado e a operação deve ser feita em pouco tempo, explica Marios Themistokleous, secretário-geral da Previdência Social, da ilha de Iraklia, no Egeu, onde viajou com a ministra da Saúde, Vassilis Kikilias, para fiscalizar o processo.

O país de 10,7 milhões de habitantes registrou quase 10.000 mortes desde o início da pandemia em março de 2020, a maioria delas nos últimos meses.

Um novo começo

Para se preparar para a temporada turística, da qual depende sua economia, como a maioria dos países do sul da Europa, a Grécia começou a abrir progressivamente escolas e comércios não essenciais em abril.

No dia 3 de maio, as áreas externas dos cafés e restaurantes vão reabrir.

A aviação civil suspendeu na última segunda-feira a quarentena obrigatória de sete dias - em vigor até então - para viajantes residentes permanentes de países membros da União Europeia, do espaço Schengen, Reino Unido, Estados Unidos, Israel, Sérvia e Emirados Árabes Unidos.

Os visitantes devem apresentar certificado de vacinação ou teste de coronavírus negativo de menos de 72 horas.

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