Grafite de Os Gêmeos é chamado de 'terrorista' nos EUA
Moradores de Boston pedem retirada do mural 'The Giant of Boston' da cidade
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2012 às 22h55.
São Paulo - Como muitas das obras de arte famosas que a precederam, o colorido mural que domina um parque em frente da principal estação ferroviária de Boston, na costa leste dos Estados Unidos, provoca alguma controvérsia.
A pintura de 21 metros por 21 metros, feita pelos gêmeos brasileiros Otávio e Gustavo Pandolfo, mostra uma figura usando roupas brilhantes que não combinam entre si e com o rosto envolto no que parece ser um véu, mostrando apenas seus olhos vesgos.
O trabalho, em exibição até novembro de 2013, se tornou motivo de polêmica quando a estação local da rede de TV Fox divulgou declarações de pedestres que passavam pelo local e criticavam a figura mascarada, que lembra um cartum. Alguns a consideraram ameaçadora e pediram que fosse removida do local.
O mural gigante de Os Gêmeos, grafitado na Praça Dewey, centro de Boston, é parte da primeira mostra solo deles nos Estados Unidos, em exibição no Instituto de Arte Contemporânea de Boston, que fica nas imediações.
A diretora do museu, Jill Medvedow, minimizou a controvérsia.
"Esta obra de arte é um alegre acréscimo ao horizonte de Boston. Com tremenda maestria de escala, habilidade na pintura e padronização vibrante, os Gêmeos trazem energia urbana e uma rica tradição de criatividade brasileira para a Praça Dewey, em Boston. Boa arte faz o povo falar", disse ela.
O prefeito de Boston, Thomas Menino, também tentou amenizar a questão.
"Nós não precisamos que alguém nos divida e nos diga que é uma coisa racista, que é contra a religião. Não é", disse ele. "Aquilo foi feito para mostrar um menino lá e é isso que eu acredito que seja."
O mural foi custeado pelo Instituto de Arte Contemporânea e doações privadas para a Rose Kennedy Greenway Conservancy, organização que cuida de cinco dos parques da cidade, incluindo o da Praça Dewey.
A maioria dos moradores que estava no parque nesta quarta-feira, onde a banda Receita do Samba dava um toque extra de tempero brasileiro, elogiou o trabalho por sua originalidade e beleza.
"É legal", disse Loreno St. Dubois, empregado do serviço postal, de 58 anos, que disse compreender as reações negativas ao mural.
O fotógrafo free lance Ben Gebo, de 27 anos, contratado pela Greenway Conservancy para documentar a criação do mural, disse que enquanto a obra era pintada seu significado mudava.
"Eu o vejo como um interessante trabalho de arte. Ainda não estou exatamente certo do que seria", disse Gebo. "Cabe realmente ao olho do observador. Certamente atrai a atenção e faz as pessoas falarem, o que considero ser o fato importante."
São Paulo - Como muitas das obras de arte famosas que a precederam, o colorido mural que domina um parque em frente da principal estação ferroviária de Boston, na costa leste dos Estados Unidos, provoca alguma controvérsia.
A pintura de 21 metros por 21 metros, feita pelos gêmeos brasileiros Otávio e Gustavo Pandolfo, mostra uma figura usando roupas brilhantes que não combinam entre si e com o rosto envolto no que parece ser um véu, mostrando apenas seus olhos vesgos.
O trabalho, em exibição até novembro de 2013, se tornou motivo de polêmica quando a estação local da rede de TV Fox divulgou declarações de pedestres que passavam pelo local e criticavam a figura mascarada, que lembra um cartum. Alguns a consideraram ameaçadora e pediram que fosse removida do local.
O mural gigante de Os Gêmeos, grafitado na Praça Dewey, centro de Boston, é parte da primeira mostra solo deles nos Estados Unidos, em exibição no Instituto de Arte Contemporânea de Boston, que fica nas imediações.
A diretora do museu, Jill Medvedow, minimizou a controvérsia.
"Esta obra de arte é um alegre acréscimo ao horizonte de Boston. Com tremenda maestria de escala, habilidade na pintura e padronização vibrante, os Gêmeos trazem energia urbana e uma rica tradição de criatividade brasileira para a Praça Dewey, em Boston. Boa arte faz o povo falar", disse ela.
O prefeito de Boston, Thomas Menino, também tentou amenizar a questão.
"Nós não precisamos que alguém nos divida e nos diga que é uma coisa racista, que é contra a religião. Não é", disse ele. "Aquilo foi feito para mostrar um menino lá e é isso que eu acredito que seja."
O mural foi custeado pelo Instituto de Arte Contemporânea e doações privadas para a Rose Kennedy Greenway Conservancy, organização que cuida de cinco dos parques da cidade, incluindo o da Praça Dewey.
A maioria dos moradores que estava no parque nesta quarta-feira, onde a banda Receita do Samba dava um toque extra de tempero brasileiro, elogiou o trabalho por sua originalidade e beleza.
"É legal", disse Loreno St. Dubois, empregado do serviço postal, de 58 anos, que disse compreender as reações negativas ao mural.
O fotógrafo free lance Ben Gebo, de 27 anos, contratado pela Greenway Conservancy para documentar a criação do mural, disse que enquanto a obra era pintada seu significado mudava.
"Eu o vejo como um interessante trabalho de arte. Ainda não estou exatamente certo do que seria", disse Gebo. "Cabe realmente ao olho do observador. Certamente atrai a atenção e faz as pessoas falarem, o que considero ser o fato importante."